Em 21 de abril de 2020, Douglas Belan lia no tablet mensagens de WhatsApp enviadas por telespectadores do “Bom Dia Mato Grosso”, reproduzidas no telão do estúdio, quando surgiu a foto de um pênis ereto.
A imagem não chegou a carregar completamente, mas ficou reconhecível. O âncora, obviamente, foi surpreendido.
“Ai, caramba, deixa eu pular isso aqui! Não sei o que que é. Tirou a tempo? Ai, ai, só no programa ao vivo”, disse. Em seguida, riu, constrangido.
A gafe repercutiu nas redes sociais, gerou matérias na imprensa e teve uma consequência impensável: o jornalista foi demitido pela direção da TV Centro América, afiliada na Globo no MT.
Belan recebeu o apoio de colegas de profissão e do público. Ele não teve culpa. Alguém da produção do telejornal deveria ter filtrado as mensagens e excluído eventual conteúdo impróprio.
Sozinho no estúdio, ao vivo, o apresentador não tinha como prever a entrada de uma foto erótica no dispositivo. Situações semelhantes aconteceram em outras emissoras.
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Há males que vêm para o bem. Seis meses depois da demissão, Douglas Belan foi contratado pela TV Tem, uma das maiores redes regionais de televisão do País, sediada em Sorocaba. É a principal afiliada da Globo no interior paulista.
De lá saíram jornalistas hoje com projeção nacional, a exemplo de Eliana Marques, apresentadora do boletim meteorológico do “Jornal Nacional”, e Giuliana Girardi, repórter especial do “Fantástico”.
Competente e carismático, Douglas Belan se divide entre as matérias de rua e a apresentação dos telejornais “Tem Notícia”.
Já apareceu em reportagens no “Bom Dia SP”, “Bom Dia Brasil”, “Jornal Hoje”, “Globo Esporte”, “Globo Rural” e “Fantástico”. Conquistou uma visibilidade bem maior do que na época da TV Centro América.