A vida vai passando e, um dia, eu me deparo com as coisas, aparentemente, no lugar, ou, de repente, totalmente, fora dele.
E bate aquele sentimento: – O que está faltando? É assim que quero minha vida? Qual é o sentido disso tudo?
Uma busca incessante pela resposta se inicia à espera de uma fórmula mágica. E paro, e penso, e observo e pergunto. Corro!
Um dia acho que descobri, pois fiz algo bom que me trouxe sentimento de realização. Imediatamente questiono – isso não é muito pouco? Deve ter algo maior, afinal a vida é muito complexa, não é?
Exijo mais, quero ENTENDER onde chegar. Quero criar um passo a passo com começo, meio e fim. Quero estratégias mirabolantes e um momento de clímax para que o cenário seja perfeito.
Mais dúvidas se multiplicam, mais ideias se emaranham e menos perto da resposta eu estou. E aquilo que era intuição virou ansiedade.
No meio de tanta informação, não paro para SENTIR o que preenche meu corpo, coração e alma.
Não estou vivendo, de fato, os meus valores, só exijo que as pessoas os respeitem.
Aliás eu sei quais são meus valores, o que me move?
E quando eu me dou conta,não percebi os momentos simples de paz que poderia ter. Não vivi o momento presente, pois estava sempre a busca do que é ideal, ou do que deveria ter sido.
Racionalizando: tudo o tempo todo. Porque não estava SUFICIENTE.
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