Com uma carreira rica e repleta de notáveis trabalhos, a atriz Aracy Balabanian, cujo falecimento ocorreu em 7 de agosto de 2023, escolheu não constituir uma família.
Durante seus 83 anos de vida, ela nunca contraiu matrimônio nem deu à luz; contudo, formou uma extensa família, “adotando” e acolhendo diversas pessoas como netos e sobrinhos de coração.
Aracy Balabanian nunca teve filhos, mas não lhe faltou família na vida
Ao decorrer de sua vida, Aracy Balabanian manteve vários vínculos afetivos com homens, incluindo figuras públicas e indivíduos desconhecidos, porém nunca formalizou um casamento. Em relação à esfera pessoal, ela preservava discrição, porém, no que tange aos filhos, foi franca ao esclarecer que a decisão de não tê-los foi consciente, não resultando de ausência de oportunidades, uma vez que concebeu duas vezes.
Em sua obra biográfica intitulada “Nunca Fui Anjo”, Aracy relatou que, por razões distintas, decidiu interromper duas gestações no momento em que ocorreram. Na primeira situação, a atriz não considerava estar em um cenário financeiramente propício para assumir o papel de mãe solteira, enquanto na segunda ocasião, ela optou por não ter um filho do indivíduo que a concebera.
“Meu filho teria um pai que não desejaria para ninguém”, expressou ela.
No entanto, nada a impediu de construir uma bela família. Tendo seis irmãos, a atriz desfrutou de abundantes crianças para brincar e cuidar amorosamente. Ao todo, ela contou com 13 sobrinhos e 14 sobrinhos-netos. De fato, ela até expandiu sua moradia para acomodar sempre aqueles que optaram por estudar no Rio de Janeiro. Nas palavras da atriz, uma de suas sobrinhas recebeu parcialmente sua criação.
Para além da família de laços sanguíneos, Aracy também acolheu numerosos outros “pupilos”, aos quais dedicou cuidados de sobrinha, neta e filha. De acordo com o ator Sérgio Malheiros, colega de cena de Aracy na primeira telenovela de sua trajetória, “Da Cor do Pecado”, ela desempenhava um papel de “avó na vida e na arte”, sempre oferecendo orientação, afeição e o peso da vivência. Além disso, ela mantinha uma relação próxima com Claudia Raia, que a considerava uma figura materna e amiga.
Após o falecimento da artista, a apresentadora Patrícia Poeta também expressou a profunda ligação que Aracy mantinha com muitas pessoas. Durante o programa “Encontro” (Rede Globo), ela revelou sua proximidade com a veterana, considerando-a um membro de sua própria família.
“Chamava ela de dinda, meu filho chamava ela de dinda… Era uma mulher muito especial”, afirmou a apresentadora do programa, ecoando as palavras de Gogoia Sampaio, comadre de Aracy, que igualmente se referia a ela como “dinda”.
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Taís Araujo também fez parte das “apadrinhadas” de Aracy durante sua vida. Enquanto interpretava Helena em “Viver a Vida”, a atriz enfrentou muitos desafios, e foi a experiente colega que lhe estendeu ajuda. Como relatou Taís em uma entrevista à revista “Piauí”, Aracy a recebia todas as manhãs em sua casa, apesar de não ser fã de acordar cedo.
Em sua homenagem a Aracy, Taís também se uniu àqueles que a consideravam como parte da família.
“Dinda, que bom que pude te olhar nos olhos e reafirmar tudo o que você sempre soube antes de você nos deixar. Eu te amo, Lázaro te ama, nossos filhos te amam. Você era, é e sempre será minha família. De mãos dadas até depois do fim. Vai em paz. Seu legado é eterno, nosso amor por você, também”, escreveu a atriz.