Estudo mostra se pessoas religiosamente ativas estão em melhor situação do que as demais.
Cada um tem uma forma de ser feliz. Alguns preferem praticar esportes, trabalhar, construir uma família ou ser adepto de uma religião. Estudo explica se pessoas religiosas costumam ser mais felizes.
Não importa qual seja sua crença. A fé, por si só, fortalece o ser humano e o ajuda nos momentos difíceis. Já nos alegres, faz enxergar que valeu a pena acreditar que dias melhores chegariam para ficar.
O conceito de felicidade é algo muito discutido por pesquisadores, filósofos, mestres, dentre outros estudiosos. É difícil definir o que ela representa e como alcançá-la. Na realidade, se trata de um termo muito relativo, pois os motivos para alguém ser feliz, não necessariamente são os mesmos para outra pessoa.
É uma questão bastante singular que só pode ser definida por quem está sentindo na pele essas emoções. Contudo, é fato que todos já enfrentaram ou vão enfrentar a tristeza. Mesmo assim, você pode ser feliz e estar triste naquela situação, sendo que logo depois o sentimento passa.
De acordo com a Gazeta do Povo, um centro especializado em análises sociais e pesquisa de opinião pública realizou um estudo com 26 países. O Pew Research Center (PRC) quis verificar se realmente as pessoas religiosamente ativas costumam ser mais felizes do que aquelas sem qualquer tipo de vínculo religioso, por exemplo.
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![As pessoas religiosas são mais felizes? Assunto virou tema de novo estudo global!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/02/IMAGEM-1-As-pessoas-religiosas-sao-mais-felizes-Assunto-virou-tema-de-novo-estudo-global-1.jpg)
Diversos relatos e artigos apontam que aqueles que professam sua fé apegados em alguma religião, são mais felizes. A iniciativa de avaliar a veracidade dessa informação partiu desse contexto.
Os entrevistados ficaram divididos em alguns grupos, sendo eles: religiosos ativos, aqueles que participam das atividades eclesiásticas mensalmente, pelo menos uma vez; não-afiliados, ou seja, os que não se identificam com nenhuma religião, e os religiosos inativos, pessoas que se identificam com alguma denominação.
Vale frisar que o México lidera o ranking da PRC. Conhecido por ser um país onde o catolicismo predomina, 71% da população que se considera religiosamente ativa se diz muito feliz. Entre os não-afiliados, apenas 61%, enquanto somente 64% dos inativos têm esse sentimento.
O Brasil ocupou a nona posição com números não muito altos. Em torno de 38% dos religiosos ativos se considera feliz, 27% dos não-afiliados e 35% dos religiosos inativos. Em relação a outros países como Colômbia, 58% dos religiosos ativos consideram-se muito felizes, não-afiliados com 53% e os inativos, 55%.
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A porcentagem do Equador ficou em 56%, 58% e 62%; Austrália 45%, 32% e 33% e o Japão com 45%, 34% e 31%. Nota-se que entre os que se consideram praticantes de alguma religião, a maioria se sente mais feliz do que os outros grupos analisados.
Estudo da felicidade
Conforme a revista Galileu, os resultados de um estudo que utiliza dados da Pesquisa Mundial de Valores, sugerem que budistas, católicos romanos e protestantes são mais felizes se comparados a adeptos de outras religiões, como hindus, muçulmanos, judeus e não-religiosos. Já os cristãos ortodoxos possuem baixo nível de satisfação com suas vidas.
Para além da religião, existem inúmeros fatores capazes de fazer com que os indivíduos se sintam melhores consigo mesmos. A renda dentro de casa, o estado de saúde e até mesmo a liberdade de escolha impactam no sentimento de cada um.
Status de relacionamento e prestígio social também acabam falando mais alto nessas horas. Ter uma família, tempo de qualidade, boas companhias de amigos e uma prática religiosa influenciam no bem-estar. Por outro lado, a falta disso tudo somada ao desemprego e dificuldades financeiras, trazem consigo uma constante insatisfação e frustração.
Qual a explicação para alguns grupos religiosos serem mais felizes que outros?
Talvez alguns estejam se perguntando como é possível ter a plena certeza de que alguns religiosos são mais felizes que outros. A explicação disso consiste no fato de que a maioria das denominações reprovam certos tipos de conduta, como fumar, beber, transar antes do casamento, usar determinados tipos de roupas, evitar comer alguns alimentos, e assim por diante. Essas restrições acabam refletindo na saúde mental e qualidade de vida dos praticantes.