Jair Bolsonaro aposta na vitória de Rogério Marinho na disputa pela presidência do Senado para sua vendeta pessoal contra o ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes.
A expectativa de Bolsonaro é que, com Marinho tendo o poder de aceitar um pedido de impeachment, o Senado instale um processo para cassar o mandato de Moraes.
Embora a aprovação do impeachment seja mais difícil, bolsonaristas acreditam que a mera abertura de um processo contra Moraes já enfraqueceria o ministro do STF.
Bolsonaro articula apoio a Rogério Marinho para Presidência do Senado
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), tem articulado pessoalmente, junto com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), o nome do senador eleito e ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL), para concorrer à Presidência do Senado Federal em 2023.
A ideia é que o nome de Marinho conte com o apoio do PP para tentar ser eleito.
Em troca, segundo interlocutores ouvidos pela CNN, o PL de Bolsonaro apoiaria a reeleição de Arthur Lira (PP) para a presidência da Câmara dos Deputados.
O acordo foi debatido entre o presidente da República e Lira em conversas no Palácio do Alvorada nesta semana.
Apesar disso, Marinho enfrenta resistências entre senadores e deputados dentro do próprio PL.
Parlamentares que criticam o nome defendido pelo presidente Bolsonaro acreditam ser importante dar espaço a outros senadores do partido que estão no Congresso Nacional há mais tempo.
Isso porque, o ex-ministro ainda tomará posso em fevereiro do ano que vem e já teria de chegar fazendo sua campanha.