O Prêmio Nobel é uma das maiores premiações existentes a nível mundial. Iniciado no ano de 1901, consiste na concessão de seis prêmios internacionais anuais em diversas categorias como Química, Literatura, Paz, Física e Fisiologia e Medicina por instituições suecas e norueguesas, que têm como objetivo reconhecer o trabalho de pessoas ou instituições que realizaram pesquisas, descobertas ou contribuições notáveis para a humanidade no ano imediatamente anterior ou no curso de suas atividades.
Nosso país ainda não conquistou um Prêmio Nobel, mas recentemente uma notícia incrível está deixando muitas pessoas animadas e esperançosas para o futuro do Brasil na premiação.
Juliana Davoglio Estradioto se tornou a primeira jovem brasileira da história a ser selecionada para acompanhar uma cerimônia do Prêmio Nobel.
Vencedora do prêmio Jovem Cientista de 2018 com o plástico feito a partir da sobra de Maracujá, a jovem gaúcha dá um grande exemplo de trabalhos científicos e coleciona premiações, mesmo com apenas 18 anos. Já são 11 prêmios científicos nacionais e internacionais, mais de 30 menções e votos de congratulações, além da presença em feiras de ciência nos Estados Unidos.
Seu estudo sobre a transformação da casca de macadâmia em substrato para microorganismos com o intuito de produzir energia e celulose foi apresentado no 33ª MOSTRATEC, maior feira de ciências de escolas da América Latina, e rendeu à jovem uma vaga para representar o Brasil no Seminário Internacional de Jovens Cientistas de Estocolmo, Suécia.
Além da participação no Seminário, Juliana também poderá conhecer faculdades suecas, a família real sueca e também comparecer ao Prêmio Nobel.
O plástico de maracujá
A jovem criou um filme plástico biodegradável (FPB) feito a partir de cascas de maracujá que substitui embalagens plásticas das mudas de plantas. A criação da jovem é inovadora e extremamente necessária para a preservação do meio-ambiente, um tema que se faz cada vez mais importante para nós, humanos.
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O plástico de maracujá de Juliana foi desenvolvido sob a orientação de sua professora Flávia Santos Twardowski Pinto e demora apenas de 20 dias para entrar em decomposição. Na cerimônia de premiação do prêmio Jovem Cientista de 2018, a jovem mostrou toda a sua alegria e gratidão ao falar sobre a vitória:
“Foi indescritível. Não é fácil fazer pesquisa, ainda mais quando tu estás no ensino médio e não tem nenhum recurso destinado para isso (…) Precisa de muito esforço e dedicação. O reconhecimento mostra que valeu a pena e que estou no caminho certo.”
Não deixou de agradecer à professora Flávia e também à mãe:
“Ela (professora Flávia) é brilhante! Sempre me estimulou muito. Minha mãe também é incrível e inspiradora! Uma verdadeira guerreira!”.
Juliana está tão orgulhosa de sua conquista que dedicou uma tatuagem à ela. A jovem fez uma tatuagem de flor de maracujá, no braço esquerdo.
“Esse projeto foi um divisor de águas, transformou a minha percepção de mundo (…) O maracujá é uma das minhas frutas favoritas. Adoro o suco, pois sou uma pessoa elétrica e tomo para me acalmar.”
Apesar de ainda se tratar de um experimento e precisar de testes e avaliações quanto à possibilidade de patentear a criação, o plástico de maracujá já é um grande orgulho tanto para a jovem quanto para o nosso país, que certamente tem um grande potencial para a área de pesquisa.
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Parabéns à Juliana, desejamos muito sucesso em sua caminhada!
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