As brasileiras apaixonadas pela Coreia do Sul falam sobre como é viver no país. Confira!
A Coreia do Sul tem alcançado uma grande popularidade a nível mundial nos últimos anos, especialmente devido ao kpop e à divulgação de sua cultura nas redes sociais. No entanto, para algumas brasileiras, o amor ao país asiático é antigo.
Uma matéria da BBC mostrou algumas brasileiras que são apaixonadas pelo país e tiveram a experiência de viver por lá. Entre elas estão a influencer Thais Midori, de 27 anos e Amanda Gomes, de 30 anos.
Thais começou a se identificar com a Coreia do Sul há cerca de 16 anos por conta de bandas k-pop, e aos 20 resolveu fazer seu primeiro intercambio para o país, e aprender mais a língua e a cultura. Ela nunca mais parou e vive voltando ao país.
Amanda Gomes, também foi ao país para estudar. Cearense, ela aproveitou uma bolsa de estudos que recebeu na faculdade e ficou na Coreia do Sul por um ano.
As duas se apaixonaram pelo local, e por perceberem que a hospedagem no país é muito cara, resolveram recorrer ao goshiwon.
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Goshiwon: o que é isso
Goshiwon nada mais é do que microapartamentos com cerca de três a cinco metros quadrados. Eles são cada vez mais populares no país. Foram pensados para serem mais baratos do que apartamentos de tamanho normal, e costumam ser procurados por estudantes que desejam focar em concursos ou mesmo para a terceira idade que não têm como bancar alugueis mais caros.
O goshiwon é democrático e se adapta às necessidades de cada inquilino, que pode escolher apartamentos com ou sem janele, e com banheiro particular ou compartilhado. Como os apartamentos não suportam cozinha e lavanderias, as mesmas são coletivas.
A Amanda que morou no modelo mais em conta de goshiwon, e que em seu quarto tinha aenas um cama, um mini armário, uma mesa e uma cadeira. A cearense, que tem 1,69 de altura, relatou que a cama era menor do que ela.
As roupas ficavam penduradas em cima dela e era preciso ficar deitada, para não bater a cabeça nas peças do quarto. Como seu quarto não tinha ar condicionado, apenas aquecedor, ela usava ventilador.
![Coreia do Sul: Brasileiras relatam vida em microapartamento de 3m²](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Screenshot_614.jpg.webp)
Thais contou à BBC que o seu goshiwon era um pouco mais completo, com banheiro interno, uma cama e uma escrivaninha.
![Coreia do Sul: Brasileiras relatam vida em microapartamento de 3m²](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Screenshot_608.jpg.webp)
Goshiwon: Vantagens e desvantagens
As duas brasileiras concordaram que uma das principais vantagens é não precisar pagar “alugueis calção” e nem mesmo contrato de um ano.
Como desvantagem, Amanda citou a falta de conforto, e relatou que não deseja voltar a morar nos microapartamentos, pois além de tudo não oferecem muita privacidade, sendo possível ouvir conversas e brigas dos vizinhos.
![Coreia do Sul: Brasileiras relatam vida em microapartamento de 3m²](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Screenshot_615.jpg.webp)
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Já Thais falou sobre a circulação de ar. Segundo ela, são os donos do imóvel que ficam no comando do ar condicionado e o aquecedor, o que dificulta ao inquilino ficar como realmente deseja.
![Coreia do Sul: Brasileiras relatam vida em microapartamento de 3m²](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Screenshot_612.jpg.webp)
Levando os prós e contras em consideração, ambas concordam que os valores são razoáveis para se viver na Coreia do Sul por períodos curtos, em comparação aos imóveis.
No entanto, embora os goshiwons sejam muito populares e fácies de achar, por placas nas suas e até mesmo sites de hospedagem, elas revelam que é muito importante visitar o local antes de fazer a locação, porque alguns microapartamentos podem apresentar problemas de mofo.
Além disso, a higiene pode ser um problema. Elas falam que há casos de encontrar cabelo no banheiro, e lençóis sujos, que foram usados por outras pessoas. Por isso é importante, além de fazer uma boa pesquisa, ter a consciência de que esse tipo de perrengue pode existir. Isso tudo fora a claustrofobia.
Para quem prefere um pouco mais de espaço, elas contam que existem miniapartamentos maiores do que os goshiwons. Conhecidos como one room (um quarto), são similares a kitnets e seu tamanho pode variar de 10 ou 16 metros quadrados.
No entanto, essas moradias só estão disponíveis através de contrato de um ano, com depósito.