O abrigo Animal Rescue League, de El Paso (Texas, EUA), soou o alarme na sua página no Facebook: Bailey estava desaparecida havia 36 horas e precisava que os moradores ficassem atentos e notificassem o abrigo se ela fosse vista.
Muitos se juntaram à buscas pela cadela. O seu tutor vasculhou a cidade, e nada do seu animal de estimação, que ele havia adotado do Animal Rescue League. Todos sabiam que cada segundo que passava diminuía a probabilidade de ela ser encontrada viva.
Bailey permaneceu à solta, correndo o risco de ser atropelada, devorada por um animal selvagem ou vítima de algum horror desconhecido no implacável deserto do oeste do Texas.
Então, no meio da segunda noite após seu desaparecimento, os funcionários do abrigo de animais foram notificados de que alguém estava pressionando a campainha da câmera que fica na porta. Eles abriram o aplicativo, que mostrava o exterior do abrigo de animais e seu chamador noturno: era Bailey!
As imagens da câmera da campainha encerraram as buscas. Bailey sabia para onde estava indo e viajou cerca de 15km para chegar lá. Mas agora ela enfrentava um obstáculo que não conseguia superar. Sem uma chave ou polegares opositores, ela precisava de alguém para deixá-la entrar, contou reportagem do “Washington Post”.
Bailey veio pela primeira vez para a Animal Rescue League de El Paso há mais de um ano, transferida de outro abrigo. A cadela definhou na entidade por mais de um ano por causa de “algumas peculiaridades que não eram fáceis para as pessoas superarem“, incluindo ser hiperativa, destreinada e um pouco “artista da fuga“, de acordo com a diretora do Animal Rescue League, Loreta Hyde.
“Ela passou a maior parte da sua vida num abrigo“, acrescentou Loreta.
Bailey fez um curso de obediência durante seu tempo na entidade acolhedora. Uma primeira pessoa adotou a cadela. Mas Bailey acabou devolvida três dias depois, após fugir e destruir uma peça de arte de decoração. Um segundo tutor apareceu. Mas, em 29 de janeiro, Bailey conseguiu novamente escapar durante um passeio.
Até que Bailey voltou ao abrigo. O tutor foi chamado. Ele aceitou levá-la para passear usando duas coleiras e obter um rastreador.
“Tivemos sorte de ela ter atravessado todas essas ruas supermovimentadas e não ter sido esmagada. Ela é esperta”, declarou Loreta, que precisou cruzar uma rodovia interestadual para regressar ao abrigo e tocar a campainha.
“Ela morou no abrigo por muuuuito tempo, este era o lar dela“, escreveu o abrigo no Facebook, anunciando que Bailey havia sido encontrada. “Ela se sente segura aqui. Quando ela se soltou, ela estava em uma missão para voltar para casa“, completou.