Muitas pessoas dizem que os animais de estimação têm um sexto sentido: conseguem prever o futuro. A jovem Alhanna Butler parece ter razões de sobra para acreditar nisso. Ela mora com Keola, uma akita americana, que salvou a vida da tutora grávida.
Pressentimentos estão ligados a crenças que podem ou não ser compartilhadas, mas os cães, devido principalmente ao olfato e audição excepcionais, conseguem detectar certas condições. Alguns caninos foram treinados para auxiliar no diagnóstico de doenças, desde a covid-19 até certos tipos de câncer.
A gravidez de Alhanna
Ao conhecer seu atual parceiro, Alhanna pensou que tinha encontrado sua alma gêmea. Em poucos meses, ela e Ricky já estavam morando juntos e fazendo planos para o futuro, que envolviam uma grande família.
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Por fim, a grande notícia chegou e foi recebida com alegria não só pelos futuros pais, familiares e amigos, mas também por uma amiga especial: Keola. Ela sempre foi uma cachorra agitada, mas, mesmo antes do resultado dos testes, tornou-se mais delicada e ainda mais dedicada aos tutores.
Os akitas americanos são cães molossoides (os machos atingem mais de 70 cm de altura). Os antepassados da raça eram utilizados em rinhas no Japão, o que faz com que muitos cães hoje em dia demonstrem possessividade e dominância.
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Keola não segue o temperamento típico da raça. Ela é uma cadela calma e amigável. Conforme relatado por Alhanna, ao saber que teria um irmãozinho, a pelagem ficou ainda mais carinhosa e protetora.
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Os problemas
O casal vivia a rotina de recém-casados, cheios de felicidade e muita esperança no futuro. No entanto, ao completar quatro meses de gestação, Alhanna começou a sentir dores. Acabara de retornar do trabalho e estava deitada no sofá com Keola.
De repente, a akita começou a cheirar insistentemente a barriga da tutora e até passou as patas, como se estivesse tentando cavar. Alhanna, já se sentindo mal, levantou-se rapidamente do sofá; foi nesse momento que percebeu que as dores eram intensas.
O aviso do cão chamou Ricky para a sala. Alhanna tinha dificuldades para respirar e precisava se dobrar para suportar as dores. O casal correu para o serviço de emergência.
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Alhanna foi atendida imediatamente. O médico de plantão, após um breve exame, assegurou que ela e o bebê estavam bem. A jovem grávida precisava apenas diminuir o ritmo de trabalho e evitar esforços bruscos, mas a gestação estava ocorrendo de forma normal.
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As dúvidas
Aliviado, o casal voltou para casa. Ricky ajudou Alhanna a se deitar e Keola se acomodou ao lado, protegendo a tutora. As dores persistiam, mas a jovem acreditava que, se conseguisse dormir um pouco, tudo estaria bem pela manhã. Ela fez uma publicação nas redes sociais para tranquilizar os amigos e a família, que estavam ansiosos por notícias.
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A jovem usou a postagem para relatar a mudança de comportamento de Keola naquela noite. Vários contatos de Alhanna expressaram alívio por ter sido apenas um susto, mas alguns sugeriram que a jovem consultasse outro médico para se certificar de que tudo estava realmente bem.
A mãe de Alhanna estava entre os que ainda não estavam satisfeitos com o diagnóstico. Ela acreditava que as dores súbitas e o comportamento de Keola não eram simples coincidência. A gestante ficou indecisa, mas adormeceu esperando sentir-se melhor pela manhã.
Alhanna despertou ainda com dores, mas decidiu que manteria sua rotina. Nos dias seguintes, evitou voltar ao médico, acreditando já estar diagnosticada e que tudo estava bem com o bebê. No entanto, o desconforto persistia.
Sua mãe e alguns amigos continuavam insistindo para que Alhanna buscasse uma segunda opinião médica. Em uma manhã, ela acordou como de costume, preparou-se para o trabalho, mas encontrou um obstáculo.
Keola continuava vigilante, mantendo-se muito próxima da tutora. Naquele dia, talvez ela tenha percebido algo mais urgente, pois não permitiu que Alhanna saísse de casa. A akita posicionou-se diante da porta e parecia inflexível.
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Enquanto tentava persuadir Keola, Alhanna sentiu dores ainda mais intensas, a ponto de quase desmaiar. A akita fez um barulho ensurdecedor para chamar a atenção, e Ricky prontamente se aproximou para socorrer a companheira.
O casal regressou rapidamente ao hospital. Desta vez, o médico realizou uma avaliação clínica minuciosa e solicitou exames de imagem. Uma ressonância magnética revelou que Alhanna estava com uma infecção renal grave e havia um grande risco de evoluir para sepse (uma infecção generalizada). A jovem e o feto estavam em perigo.
Alhanna foi autorizada a retornar para casa, mas o tratamento demandou as semanas seguintes. Felizmente, ela conseguiu superar a infecção sem complicações. A segunda metade da gravidez foi preenchida por longos períodos de descanso, a preparação do quarto do bebê e a atenta companhia de Keola.
A família aumentou
Finalmente, no final do outono, Alhanna deu à luz a Lincoln, um bebê lindo e saudável. Poucos dias depois, quando mãe e bebê foram liberados do hospital, chegou a hora de apresentar o recém-nascido à cachorra da família.
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Se existia alguma preocupação sobre o comportamento de Keola, ela logo se transformou em admiração assim que a cachorra avistou o irmãozinho. Delicada e gentil, ela cheirou o pequeno bebê e aconchegou-se à tutora, como se quisesse transmitir que tudo estava bem naquele momento.
Keola se tornou uma babá admirável. Para quem ocupou o posto de “filha única” por anos, a cachorra não teve nenhum problema em dividir as atenções com o novo irmãozinho. Apesar do tamanho avantajado, Lincoln está crescendo sem nenhum medo da melhor amiga, que sempre se mostra dócil e atenciosa
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Alhanna e Ricky tiveram que admitir que o comportamento peculiar de Keola desde a primeira crise que levou a jovem ao hospital era um sinal de que algo estava errado e precisava ser corrigido com urgência. Assim que voltaram da maternidade, a akita retomou o comportamento de sempre: ativa, alegre e despreocupada.
As fotos ilustram que Lincoln não poderia ter encontrado uma companheira tão perfeita quanto Keola: eles brincam, se divertem, descansam e tiram sonecas sempre juntos. A akita está feliz, mas ciente de que é a guardiã da família; por isso, está sempre pronta, caso surjam outras emergências.