Caramelo, apelido dado ao equino resgatado de um telhado em Canoas, Rio Grande do Sul segue em recuperação com sinais clínicos estáveis.
De acordo com a veterinária Marisangela da Costa Allgayer, do complexo veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), o tratamento consiste em fluidoterapia equina, essencial para combater os efeitos da desidratação após o animal ficar quatro dias sem água potável.
O resgate de Caramelo foi realizado pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo e envolveu uma operação complexa que foi transmitida ao vivo para todo o país. A missão contou com a colaboração de veterinários e foi coordenada pelos bombeiros paulistas.
Capturado ontem enquanto se mantinha sobre o telhado de uma residência quase completamente inundada, o salvamento do equino mobilizou 11 pessoas e cinco botes.
Conforme informado pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, na parte da manhã, equipes foram enviadas para a área onde o cavalo estava isolado, utilizando duas embarcações. O ponto de resgate estava a quatro quilômetros de distância do início da inundação.
A primeira medida tomada foi a aproximação cautelosa ao cavalo para sedá-lo, minimizando riscos de ferimentos ou estresse por conta da intervenção humana. Um veterinário aplicou a sedação, conforme relatado pela SSP.
Quando chegamos encontramos o animal em uma situação debilitada. Tentamos nos aproximar de maneira calma, fizemos a contenção física, os veterinários vieram com os medicamentos, após a sedação, deitamos o cavalo numa balsa de salvamento e fizemos a extração em segurança disse o capitão Franco
O animal, que pesa 350 quilos, foi acomodado em um bote e transportado por quase meia hora ao longo de quatro quilômetros até um ponto seguro da cidade.
Uma viatura do Corpo de Bombeiros de São Paulo rebocou o bote até um caminhão da Brigada Militar. Sedado, o cavalo foi encaminhado à Ulbra para receber os tratamentos necessários.