Filha do rei espanhol Carlos IV, Carlota Joaquina já estava predestinada a ser da realeza.
Devido a pretensões políticas, ela passa a conspirar contra o próprio marido, afirmando que ele não teria capacidade mental para governar Portugal.
Foi bastante gananciosa e além do controle de Portugal, almejava a coroa espanhola para sua família, já que toda sua família foi despojada por José Bonaparte, irmão de Napoleão Bonaparte.
Infância
Carlota Joaquina de Bourbon, nasceu em Aranjuez, na Espanha, em 25 de abril de 1775. Ela era filha de Carlos IV da Espanha e de sua esposa Maria Luísa de Parma.
Ainda criança, recebeu educação do Padre Scio, e passou a dominar geografia, história, latim, francês, português e espanhol. Também tinha uma facilidade incrível para se expressar e tinha boa escrita.
Segundo a Wikipedia, com somente 10 anos, ela se casa com o Duque de Beja, com 18 anos, que viria a ser o rei João VI de Portugal, filho de Dona Maria I. De acordo com os registros de Albert Saviné, Dona Carlota carecia de beleza: era baixinha, sua aparência era bastante delicada, e tinha uma cabeça que era considerada desproporcional, com feições que careciam de finura.
Já na corte portuguesa, ela não conseguiu se adaptar à rotina. Enquanto em muitos países tinham princípios iluministas, Portugal resistia e ainda era comandada pela Igreja Católica, que restringiu todo tipo de divertimento.
As constantes festas que Carlota dava nos jardins do Palácio de Queluz provocavam ojeriza e horrorizavam os súditos portugueses.
Importância na história
Dona Carlota e Dom João VI tiveram nove filhos. Após o nascimento da última filha do casal, ambos passaram a morar em palácios separados, o que foi mantido, inclusive, com a chegada da corte ao Brasil.
Entre suas grandes qualidades, é possível destacar sua grande inteligência e educação, além do que, era uma grande mãe para seus filhos, tendo educado a todos pessoalmente. Interessava-se por política e pelos assuntos de Portugal e da Espanha.
As tentativas de fazê-la ser reconhecida como infiel se devem a que Carlota teria elaborado um golpe para derrubar o próprio marido e tomar o trono para si. Nessa época, Dom João VI teria se tornado príncipe regente.
Dom João VI teria descoberto a conspiração quando ainda estava em Portugal, em 1805. Dona Carlota teria o apoio de nobres da corte portuguesa e alguns eclesiásticos que queriam dar o rei como incapaz, mas o plano não deu certo.
Com a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte, Dona Carlota tentou resistir a partida para o Brasil, mas não teve outra saída: durante longos 2 meses, ela precisou enfrentar o desconforto do navio, que estava repleto de gente. Entre os problemas gerados, a escassez de comida e água foram um dos maiores atritos durante a viagem da corte.
Ao chegar no Brasil, ambos passaram a morar em palácios diferentes, dado todo o conhecimento da conspiração tramada por Carlota contra seu próprio marido. Os dois só apareciam juntos em eventos públicos.
Ela ainda tentou tirar seu marido do poder em outras ocasiões, até que foi mandada para o exílio. Após o falecimento de Dom João VI, em 1826, Dona Carlota voltou a reivindicar o trono, mas não conseguiu apoio.
Vida pessoal
Segundo o site Aventuras na História, a má fama de Dona Carlota a fez ser conhecida por promíscua e adúltera, como seria sua mãe, Maria Luísa de Parma, que teria traído também seu marido, o Rei Carlos IV da Espanha, com o primeiro-ministro Manuel Godoy.
Alguns historiadores colocam em dúvida a paternidade de um dos filhos de Dom João VI com Carlota. Dom Miguel não seria herdeiro legítimo, mas sim filho do Marquês de Mirialva. Dona Maria da Assunção seria filha de Carlota com João dos Santos. No entanto, não há nada que comprove essa tese.
Falecimento
Após as tentativas de golpe, que foram fracassadas, Dona Carlota terminou morrendo totalmente isolada e sem aliados. Ficou no Palácio de Queluz até sua morte, em 7 de janeiro de 1830.