Jorge Luiz Souza Lima, mais conhecido como Jorge Lafond ou Vera Verão foi um artista brasileiro que fez história e é lembrado com carinho pelos fãs até hoje. Sua trajetória artística foi marcada por risos, irreverência e muita autenticidade.
Neste post, falaremos não apenas a causa de sua morte, mas também sua importância na cultura televisiva do Brasil. Prepare-se para conhecer tudo sobre o ícone que deixou saudades.
Qual foi a causa da morte de Jorge Lafond?
Jorge Lafond morreu em 11 de janeiro de 2003, aos 50 anos. Ele tinha problemas renais e complicações cardíacas. A causa de sua morte foi um infarto fulminante, decorrente de falência múltipla de órgãos.
Em dezembro de 2002, ele havia sofrido uma parada cardiorrespiratória que o levou a ser hospitalizado no Hospital Cepaco, em São Paulo.
Jorge nasceu em 29 de março de 1952, em Nilópolis, Rio de Janeiro.
O que o padre Marcelo Rossi fez com Jorge Lafond?
Jorge Lafond teve uma experiência traumatizante com o famoso padre brasileiro. Segundo a UOL, durante a gravação de um programa do Gugu, o humorista teria sido convidado a deixar o palco para que o padre Marcelo pudesse se apresentar.
O padre Marcelo Rossi negou que tivesse algo a ver com o acontecido. Mas a realidade é que isso afetou muito Lafond, que entrou em um estado de depressão e crises de hipertensão.
Para quem ficou a herança de Jorge Lafond?
A herança de Jorge Lafond, avaliada em quase R$ 2 milhões, virou motivo de uma longa disputa judicial envolvendo o empresário Marcelo Padula e a família de Jorge.
Padula alegou ter mantido uma relação estável com Jorge Lafond e apresentou documentos para comprovar seu vínculo com o intérprete de “Vera Verão”. No entanto, embora tenha ganhado parcialmente o caso em um primeiro momento, a família do humorista acabou vencendo.
Após dois anos de processo, a Justiça de São Paulo derrubou a decisão que reconhecia a união de Marcelo com o ator. Os três primos de Lafond ficaram com o dinheiro.
A herança de Jorge Lafond consistia em uma casa em Mairiporã, São Paulo, e três seguros de vida no valor total de aproximadamente R$ 800 mil.
Quem foi o amante de Jorge Lafond?
Marcelo Padula, citado no tópico anterior, foi a pessoa com quem Jorge Lafond se relacionou por mais de duas décadas. Não há informações de que ele teria sido amante do humorista.
Após a morte de Lafond, Padula passou por um longo processo de luta na Justiça para que o seu relacionamento com o humorista fosse reconhecido, mas não deu certo. Em fevereiro de 2020, Marcelo Padula também faleceu, vítima de um infarto, ainda durante o processo. Sua mãe passou a ser a sua representante no Tribunal
Qual o significado de Vera Verão?
Não se sabe exatamente a origem do nome, e o que teria motivado a sua escolha. Mas o nome tão conhecido pela população brasileira representada o de um soldado “machão” que fez uma viagem ao exterior e voltou ao Brasil “diferente”.
Como surgiu Vera Verão?
A icônica personagem Vera Verão surgiu nos bastidores do humor brasileiro. Jorge Lafond recebeu a incrível oportunidade de fazer participações no programa “Trapalhões”, que era adoro pelo público brasileiro.
Foi exatamente nesse programa que a inspiração para o personagem ganhou vida. Vera Verão era uma figura que desafiava as convenções e o seu potencial foi reconhecido.
Carlos Alberto de Nóbrega convidou Lafond para se juntar ao elenco de “A Praça É Nossa”, o que colocou o humorista carioca de vez no palco do entretenimento brasileiro.
Curiosidades sobre Jorge Lafond
Jorge Lafond é lembrado por seu talento no humor, mas sua vida foi muito além dos palcos. A seguir, te contaremos diversas curiosidades sobre esse ícone do humor brasileiro que merecem ser lembradas.
Romance com um jogador da seleção
Jorge Lafond manteve um romance secreto com um jogador da Seleção Brasileira de Futebol. Em seu livro “Bofes e Babados”, lançado em 1998, ele revelou detalhes desse relacionamento, mantendo a identidade do jogador em segredo até o fim.
As únicas dicas sobre quem seria o atleta são: ele fazia parte da defesa da seleção e o romance começou anos antes da Copa de 1998.
Esse caso cativou a imaginação do público, e várias pessoas têm teorias sobre quem seria o jogador.
O talento de Jorge Lafond não se limitou aos palcos de comédia. O humorista desfilou como madrinha de bateria da escola de samba Unidos de São Lucas durante o Carnaval de São Paulo.
Essa honra veio em 2002, quando a agremiação homenageou o comediante com o enredo “Humor, Humoral, Humorizado. Manuel de Nóbrega e os Filhos do Riso.” Manuel de Nóbrega, apresentador de “A Praça é Nossa”, teve uma importância muito grande na vida de Lafond.
Essa foi uma das últimas experiência especiais que o comediante teve antes de seu falecimento.
Desentendimento com Clodovil
Apesar de sua admiração inicial por Clodovil, a relação entre os dois teve uma reviravolta nada agradável.
Lafond contou que, em 1992, durante uma entrevista no programa “Clodovil Abre o Jogo”, foi alvo de “ironias e alfinetadas” que abalaram sua admiração pelo apresentador.
Depois desse episódio, ele deixou de admirar o ícone que o inspirou a se aceitar como um homem gay durante sua juventude.
Lafond ainda contou que dias depois da gravação recebeu um bilhete do diretor do programa dizendo que a entrevista não iria ao ar por falhas técnicas.
Profissão cabeleireiro
Antes de conquistar o estrelato no mundo do humor, Jorge Lafond ganhou a vida como cabeleireiro.
Foi nesse ramo que ele descobriu sua paixão pela arte da transformação, inicialmente como uma drag queen em eventos de moda e beleza. Essa parte de sua vida deu origem a uma das personalidades mais icônicas da comédia brasileira.
Careca e orgulhoso
Enquanto muitas pessoas são carecas pela genética, Lafond escolheu manter esse visual. O humorista raspou a cabeça pela primeira vez ao ser aprovado no vestibular de educação física. Mas acabou gostando do resultado e resolveu manter.
Nome artístico
O nome artístico “Jorge Lafond” tem uma história especial. O comediante escolheu esse sobrenome em homenagem à atriz Monique Lafond, que era de suas maiores inspirações. Antes de adotar o nome, ele buscou a autorização da própria Monique Lafond, que aceitou a homenagem e autorizou o uso.
Um grande dançarino
Ao contrário do que muita gente pensa, a trajetória de Jorge Lafond não começou nos palcos da comédia, mas nas salas de aula de balé.
Aos 9 anos, ele deu os primeiros passos na dança, estudando balé clássico e dança contemporânea africana. A dança o motivou a conquistar o diploma em artes cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, o que abriu grandes portas em sua carreira.
Encarando o preconceito de frente
A vida de Jorge Lafond foi uma jornada de luta contra o preconceito. Negro e gay, ele era alvo de discriminação constantemente, mas não permitiu que isso abalasse.
Mesmo enfrentando ofensas ao longo de sua vida, Lafond não hesitava em reagir. Ele costumava dizer que “metia a mão na cara” de quem o insultava, mostrando sua coragem em enfrentar a intolerância.
Apesar disso, entendia a situação das pessoas que não conseguiam fazer o mesmo.
Mecânico?
O primeiro emprego do ícone da comédia foi como mecânico, mesmo sem ter qualquer conhecimento sobre veículos. Por algum tempo, ele trabalhou em uma oficina, antes de se dedicar completamente à arte.
Despedida comovente
O falecimento do ator demonstrou de uma maneira muito especial o quanto ele era querido pelos brasileiros. Seu velório, realizado no cemitério do Irajá, no Rio de Janeiro, reuniu uma multidão. Estima-se que cerca de 5 mil pessoas compareceram, levando cartazes com mensagens de carinhos à inesquecível Vera Verão.
Entre os presentes estavam famosos como Alcione e Emílio Santiago.
Jorge Lafond é um exemplo de personalidade e de artista. Que a sua história siga inspirando gerações a sempre lutarem em favor da autenticidade.
Se interessou por este conteúdo? Leia mais sobre famosos clicando aqui.