A bióloga brasileira Neiva Guedes tem impactado significativamente o Brasil. Ela conseguiu retirar a Arara Azul da lista de animais em perigo de extinção e está sendo reconhecida internacionalmente por seus esforços, inclusive conquistando um lugar no hall da fama da ONU para meninas e mulheres cientistas.
No entanto, essa não foi uma tarefa simples, pois Neiva dedica-se a essa missão há mais de 3 décadas.
Tudo teve início em 1989, quando a bióloga e sua equipe notaram o declínio das araras-azuis. Desde então, Neiva tem se empenhado na conservação da arara-azul no Pantanal Grande.
Determinada a preservar a espécie em seu ambiente natural, Neiva assumiu como sua missão proteger o animal, criando o Projeto Arara Azul no Pantanal Grande.
![Cientista que salvou a Arara Azul da extinção](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2024/02/2-Cientista-que-salvou-a-Arara-Azul-da-extincao.jpg.webp)
Os principais elementos que ameaçam a bela ararinha são o desmatamento e a caça ilegal. Por essa razão, a bióloga tem colaborado com a comunidade, destacando a importância dessa ave, promovendo sua proteção e impedindo que seja alvo de caça para venda ilegal.
Pode não ser óbvio, mas a ave tem grande relevância no ecossistema pantaneiro, pois auxilia na dispersão das sementes de seu alimento, contribuindo assim para o crescimento de novas plantas e árvores.
Neiva também criou a técnica de colocação de ninhos artificiais na natureza para incentivar a reprodução das araras:
Na época das cheias, alguns ninhos ficam isolados pela água. Nessas ocasiões usamos tratores, barcos, cavalos, ou se necessário vamos a pé, levando todo o equipamento necessário em mochilas por até vários quilômetros, dependendo da localização do ninho esclareceu Neiva.
Regularmente, a equipe faz a monitoração dos ninhos para verificar se tudo está ocorrendo conforme o esperado.
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Felizmente, todo o esforço árduo produziu resultados, e a arara saiu da lista de “perigo de extinção”. No entanto, há ainda muito trabalho pela frente, pois a Arara Azul foi classificada como “estado vulnerável”, indicando que ainda enfrenta riscos.