Gabrielle publicou uma foto na avaliação da refeição em um aplicativo que chocou os clientes, chegando a cair na internet.
A internet veio para revolucionar nossas interações sociais, e o que era impensável há alguns anos, tornou-se real, concreto. Os smartphones foram outro grande salto da era conectada, possibilitando outras formas de existência. Os aplicativos substituíram grande parte das nossas interações sociais, por exemplo, hoje conseguimos pedir refeições completas com poucos cliques na tela de um celular.
O serviço delivery ou de entregas se popularizou com a promessa de que tornaria ainda mais simples algumas partes do dia. Para pessoas atarefadas, com rotina de trabalho extensa, que detestam cozinhar e até as que querem comemorar alguma situação, não é mais preciso se deslocar ou ligar para um restaurante em busca de um cardápio interessante.
Ao mesmo tempo que a conexão mudou nossas relações sociais, impactou diretamente em pequenos negócios familiares, que se sustentavam com a fidelidade dos clientes da própria região. Como o investimento em propaganda é feito majoritariamente por grandes e solidificadas marcas, muitos pequenos restaurantes tiveram de fechar as portas.
Isso mostrou também a impessoalidade no atendimento e na própria produção das refeições, que passou a ser em série para conseguir atender à demanda do público. Em busca de uma refeição na grande rede estadunidense de fast-food KFC (Kentucky Fried Chicken), especializada em receitas com frango frito, uma cliente compartilhou uma experiência nada agradável com o serviço de delivery.
Por um aplicativo de entregas de comida, Gabrielle pediu uma porção de frango frito para receber no conforto de casa, mas assim que abriu a embalagem, teve uma péssima surpresa: dentre os cortes de frango, encontrou uma cabeça de frango empanada. A sensação de repulsa chegou a muitos clientes e usuários que viram a foto nas redes sociais, principalmente porque nos dias atuais já não existe mais a compreensão ou aceitação de que os animais sejam vendidos ou expostos com partes, como cabeça e pés.
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A cliente Gabrielle resolveu entrar em contato com a rede KFC, fazendo uma avaliação sobre sua experiência com o serviço. Dando duas estrelas, ela comentou que encontrou uma cabeça de galinha em sua refeição de asinhas fritas, enfatizando que sentiu nojo e preferiu não comer o restante da comida.
Quem republicou a foto foi a conta Take Away Trauma, algo como “trauma para levar”, em tradução livre, no Twitter e no Instagram. Rapidamente a imagem viralizou, e muitos usuários se sentiram horrorizados com o que estavam vendo, sem acreditar que uma grande rede de comida, como o KFC, presente em 120 países, com 5 mil lojas e mais de 14 milhões de clientes por dia.
![Cliente encontra cabeça de galinha empanada em lanche do KFC](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/01/2-Cliente-encontra-cabeca-de-galinha-empanada-em-lanche-do-KFC-1-400x333.jpg)
Como resposta à publicação, uma usuária afirmou que os indivíduos carnívoros são “desconectados do que comem”, referindo-se ao fato de a cabeça de frango fazer parte do mesmo animal do qual comem asas e demais cortes. Outro usuário, também fazendo piada da situação, disse que o “primeiro mundo” estava indignado porque uma cliente encontrou um pedaço de frango em uma refeição de frango.
O ativista pelo direito dos animais e advogado John Oberg perguntou o que deixou as pessoas horrorizadas, já que a cabeça, a perna ou qualquer outra parte do frango “de aparência anônima” era perturbadora de qualquer maneira. Ele ainda indicou que comessem frango à base de plantas para que isso não voltasse a acontecer.
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Dois dias depois da publicação, o KFC respondeu com um comunicado institucional, afirmando que estava “perplexo” com a cabeça do frango na refeição de Gabrielle e ainda brincou que a cliente tinha sido muito generosa em dar duas estrelas ao restaurante. Mesmo assim, os funcionários da rede podiam se sentir orgulhosos por servir “frango de verdade” e, a partir daquele momento, a rede seria mais rigorosa no controle dos produtos adquiridos de fornecedores, bem como com os serviços de parceiros e equipes envolvidas na produção de alimentos.
Buscando tranquilizar o público, o comunicado ainda dizia que o que ocorreu era extremamente raro, mas não mudava a experiência de Gabrielle. Em contato com a cliente, eles afirmaram que ela aceitou receber “um pouco de KFC grátis”. Além disso, convidaram tanto a cliente como sua família a entrar no restaurante para conferir a preparação, assegurando que mais nenhuma cabeça de galinha apareceria nos baldes.