Há coisas que minha foto de perfil não conta. Eu sou péssima com matemática, não tenho uma vida muito organizada e fazer um bom mousse de maracujá ainda é um mistério para mim. Tenho urticária nervosa, tendências hipocondríacas e uma leve claustrofobia, o que quer que isso signifique. Detesto dividir xícara, portanto nunca me peça um gole do meu café, vai ser chato eu te dizer “não”, mas eu vou dizer. Sou feita de curvas, dobras e linhas. Meu corpo é mapa de cada passo que dei, é uma tela em branco que está sendo rabiscada pela vida e me orgulho dela.
Eu nem sempre estou bem humorada, especialmente pela manhã, detesto acordar cedo e cedo para mim é qualquer horário antes das dez. Tenho problemas com muito sol e realmente prefiro dias nublados. Não eu não sou triste ou deprimida, como já perguntaram, mas gosto da calma e do aconchego que esses dias me trazem. Eu não sei beber! Meia cerveja, se tomada muito rápido, já me deixa “zonza”. Mas, vivo embriagada de vida, sou um porre completo, homérico e dantesco. Sem exageros!
Talvez você esteja assustado, correndo em direção contrária agora. Mas, caso não esteja, já sabemos que você não é qualquer um. Então, mantenha a calma e não desista antes das próximas linhas. Ok!?
Apesar da negligência com receitas de sobremesas, eu faço omeletes excelentes, o que sempre vai vir a calhar naqueles dias em que perdermos a hora do breakfast e almoço, consecutivamente. Aliás, não tenho o menor problema em inverter as horas e esticar nosso tempo na cama, definitivamente não funciono de acordo com os horários do mundo. Eu posso te contar boas histórias, caso você esteja entediado na fila do dentista, sobre coisas que eu li, vi, ouvi e inventei. Também sou ótima em cafunés na nuca, especialmente naqueles domingos de chuva, pós futebol. Ah, e levo a sério maratonas no Netflix acompanhadas de pizza e pipoca.
Eu gosto de sentir e de estar ao ar livre. Topo qualquer programa que envolva por do sol e café, não saio nada caro no orçamento. Aliás. Eu costumo rachar a conta, inclusive. Ando de skate, bato um pênalti, costuro meias e até corto seu cabelo se precisar. Faço a boa moça para conhecer sua mãe e perco o pudor assim que cruzarmos a porta do nosso quarto. Não vou encrencar se você quiser sair com os caras para um futebol e algumas cervejas, já passei dessa fase de implicar feio, aprendi a respeitar meu espaço e o do outro. Contanto que você volte inteiro, claro e com todas as costelas, ficamos bem.
Eu danço enquanto lavo a louça, enquanto caminho ou tomo banho. Eu danço. Sempre. E gosto de esquecer a porta do chuveiro aberta, então, fique a vontade para entrar e me ver dançando. Posso ser sua enfermeira, vou te tratar bem naquele resfriado medonho, fazer chá e canja. E eu te protejo, também. até mato baratas caso você tenha nojo/medo/pavor e não conto para ninguém, prometo. Eu posso ser sua melhor amiga, sua parceira de congestionamento, de vídeo game, sua amante tarada e sua conselheira… Só não consigo, de jeito algum, não ser eu. Portanto, não ignora minhas pequenezas, meus detalhes, minhas manias e reticências, são delas que sou feita.
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Eu conseguiria te fazer rir no meio de um funeral, ou de um furacão e faria qualquer coisa para manter seu sorriso. Eu encobriria suas regras quebradas e organizaria malas rapidamente, caso você precisasse fugir para outro país. Trocaríamos de identidades e usaríamos perucas, sem problemas, seria sua cúmplice para as maiores loucuras. Estaria sempre ao seu lado, dando o apoio necessário para a execução de planos mirabolantes. Eu definitivamente não tenho medo de aventura, em contrapartida, mantenho um pé atrás com a tal da rotina, ela me apavora um pouco, confesso. Mas, mesmo que ela chegasse, e ela chega, ficaria com você e não arredaria o pé.
Eu juro encarar numa boa, caso a gente se perca um do outro, sem drama. Sem crise. Só não me pede para ficar no raso. Porque eu não sou assim, vou fundo e não consigo permanecer na superfície. Você sabe, eu não sei mergulhar, então, caso eu precise me jogar nesta relação, fique comigo. Apenas me segure firme e não me solte quando os pés não tocarem mais no chão, me faça nadar em águas desconhecidas mas, não tire os braços de mim, não desenlace minha cintura, mantenha os olhos nos meus… Se você fizer isso, eu vou confiar, eu vou me entregar e eu prometo não tirar meus dias de você. Eu sou oito ou oitenta. Ou você me leva para o oceano, ou me deixa segura na praia.
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Por: Louizzeh Kelly – Via: Superela – (Superela é uma plataforma capaz de fazer as mulheres mais felizes, tudo de especial sobre Amor, Sexo, Vida, Beleza e Estilo! Mais textos incríveis em: Superela.com)