Após 27 anos do fim da novela, Lucinha Lins segue sendo um ícone artístico, e fala abertamente sobre envelhecimento feminino e outros temas considerados tabus para a idade.
A cena artística brasileira não acontece apenas sob os holofotes ou na frente das câmeras que transmitem as imagens para as emissoras de televisão. Por mais que as novelas sejam um catalisador importante para a carreira de atores e atrizes, o teatro, a arte de rua e outros movimentos contribuem diretamente para o cenário do país.
Foi justamente assim com Lucinha Lins, hoje aos 69 anos, que integrou o Movimento Artístico Universitário (MAU) logo no início dos anos 1970, onde deu início à sua carreira profissional como cantora, onde conheceu o músico Ivan Lins, que se tornou seu primeiro marido. Em questão de poucos anos, ela acabou se tornando musa brasileira, aparecendo em diversas produções no teatro, na televisão e nas produções musicais, imortalizando canções e virando referência nas profissões.
Uma das produções que Lucinha Lins se tornou muito conhecida foi “A Viagem”, novela escrita por Ivani Ribeiro e que foi ao ar em 1994. A telenovela era um remake da Rede Tupi, e recebeu a direção de Ignácio Coqueiro, Maurício Farias e Wolf Maya, além das participações de Christiane Torloni, Antônio Fagundes, Guilherme Fontes, Maurício Mattar, Andréa Beltrão, Cláudio Cavalcanti, Miguel Falabella e a própria Lucinha, que interpretou Estela Toledo Novaes.
Mas Lucinha já era conhecida por grande parte do público por suas notáveis interpretações em “Sítio do Pica-pau Amarelo”, “Pirlimpimpim”, “Casa de Brinquedos”, “Rabo-de-saia”, “Roque Santeiro”, “Lupu Limpim Clapa Topo” e “Fera Ferida”. No cinema, ela também já tinha feito parte de “Os Saltimbancos Trapalhões”, “Amor Voraz”, “O Quebra-Nozes” e “Assim na Tela Como no Céu”.
“A Viagem”
A telenovela aborda questões espíritas, como a vida após a morte, e Ivani Ribeiro se baseou nos livros “E a Vida Continua…” e “Nosso Lar”, psicografados pelo médium Chico Xavier e publicados em 1968 e 1944, respectivamente. A produção homônima, exibida na Rede Tupi entre 1975 e 1976, também foi escrita pela autora.
Lucinha Lins interpretou Estela, personagem que foi abandonada pelo marido, Ismael Novaes (Jonas Bloch), e que criou a filha única sozinha, Bia (Fernanda Rodrigues). Ela acaba se envolvendo com o Dr. Alberto (Cláudio Cavalcanti), um médico espiritualista muito amigo de Dona Maroca.
Produções e carreira após telenovela
Lucinha não parou em “A Viagem”, para aqueles que seguiram acompanhando seu trabalho, a atriz ainda apareceu em produções como “Sangue do Meu Sangue”, “Malhação”, “Corpo Dourado”, “Esplendor”, “Estrela-Guia”, “Chocolate com Pimenta”, “Esmeralda”, “Vidas Opostas”, “Chamas da Vida”, “Vidas em Jogo” e outras telenovelas.
Além disso, a famosa ainda seguiu atuando no teatro, em peças como “Aldir Blanc – Um Cara Bacana”, “A Ópera do Malandro”, “Na Batucada da Vida”, “Rock in Rio – O Musical” e, seu último e atual trabalho, “As Meninas Velhas”, onde interpreta Zuleika. E não é apenas na dramaturgia que Lucinha se destacou, como cantora ela chegou até mesmo a conquistar importantes prêmios, como o primeiro lugar no Festival MPB Shell, quando cantou “Purpurina”, mas acabou sendo vaiada no Maracanãzinho porque o público presente tinha preferido “Planeta Água”, de Guilherme Arantes.
Para os curiosos, Lucinha segue quebrando tabus e fala abertamente sobre sexo, envelhecimento da mulher, além de seguir assumindo trabalhos e lutando pela melhoria da cultura do país. Confira abaixo algumas fotos da atriz, que também se mantém muito ativa nas redes sociais, publicando não apenas imagens dos trabalhos atuais, mas muitas lembranças de tudo aquilo que já fez.
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