Que não tenhamos medo das nossas capacidades… do nosso SUCESSO!
Dias atrás assisti a um filme de romance. E um dos personagens principais fez uma pergunta inocentemente boba, mas que ecoou dentro de mim buscando por respostas: “Do que você tem mais medo: do fracasso ou do sucesso?
Confesso que o vazio persistiu e o questionamento nada tolo reverberou no meu ser por vários dias. Como quem diz: “Vai! Responde logo! Cadê as palavras?” Depois de muito incômodo, percebi algo interessante. Desde pequenos somos acostumados com os fracassos. Pois para nossas mentes são totalmente previsíveis e toleráveis. Ouvimos muito de nossos pais: “Está vendo? É assim a vida! Cheia de derrotas para aprendermos com elas!” Entretanto, por que não aprendermos com nossos talentos que nos conduzirão para um caminho de luz… De desenvolvimento pessoal… De SUCESSO?
E já respondendo à pergunta “cabulosa” do tal personagem: sim, tenho mais medo do sucesso! Afinal… Não estamos habituados com ele.
E o vemos quase sempre bem distante. Só que o nosso dom já é um sucesso dentro de nós que precisa ser exteriorizado. Mas muitos nem sabem disto. Pois buscam um sucesso irreal e fora de suas próprias competências.
Nas escolas, nossos talentos ficam na maioria das vezes incubados dentro do nosso coração, precisando serem eclodidos para fazerem diferença no mundo. Mas nossas individualidades são castradas desde cedo para seguirmos os padrões educacionais. O ensino é fragmentado por disciplinas e somos obrigados a vermos os conhecimentos de forma separada. Ao invés de fazermos uso da encantadora transdisciplinaridade (Integração/unidade de conhecimentos), estimulando-nos a pensamentos complexos e a nossa própria criatividade. Como também, provavelmente, fazendo-nos entrar em contato com qualidades pessoais positivas. Valorizando assim, implicitamente, a inteireza do nosso ser. Só que quando crescemos e chegamos ao vestibular, as disciplinas continuam divididas… Agora por áreas (saúde, humanas ou exatas). E daí somos forçados a escolhermos algumas destas já citadas. Mas… E se houver pessoas que não se adequem à nenhuma delas? E se houver pessoas que se adequem à comunhão das três áreas?
A verdade é que muitos terminam escolhendo “qualquer coisa” por uma única pressão cultural: entrar a todo custo e rapidamente numa Universidade. E assim, gestando, na maioria das vezes, profissionais frustrados por não seguirem suas reais habilidades. Quantos músicos iguais ou melhores que Caetano Veloso que nem sabem que são músicos? Quantos escritores à la Machado de Assis que nem sabem que são escritores? Quantos pintores que superariam Frida Kahlo que nem sabem que são pintores? Quanta gente que nunca teve a oportunidade de descobrir seus próprios dons por se concentrarem nos fracassos em busca de sucessos incompatíveis com suas verdadeiras aptidões?
Portanto, enquanto a transdisciplinaridade não chega nas escolas, precisamos entrar em nossos corações e visitar a nossa criança interior. Ela certamente nos mostrará através de lembranças do passado o que sabemos fazer de melhor. Um sonho de criança tem muita ligação com nossos dons. Pois nesta fase de nossas vidas não somos dominados por nossas mentes e sim conduzidos pelo nosso coração.
Não tenham medo e prossigam com a voz de seus corações. Não deixem que mais ninguém roube seu tempo de realizações.
O fracasso só existe quando estamos insistindo em algo que não nos cabe… Que não nos encaixa. Seus dons… Por mais que os achem tolos ou de pouco lucro para os outros, quando extravazarem para o mundo, verão seu grande valor. E assim, o sucesso virá naturalmente e sem esforço algum. Pois, seus dons são únicos e intransferíveis. Não há mais ninguém que saiba fazer melhor que você! SÓ VOCÊ!
Que não tenhamos medo das nossas capacidades, do nosso SUCESSO! Pois, só assim não seremos escravos dos nossos fracassos.
Como já dizia Platão: “[…] A real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.”