Aos 22 anos, Giulia Costa não esconde as inseguranças em relação ao corpo e como os padrões de beleza impactam sua autoestima.
Inclusive, a atriz sofre críticas de haters que estão eternamente insatisfeitos, seja qual for a aparência de qualquer celebridade, e que chegam a compará-la com a própria mãe, Flávia Alessandra.
Consciente de como a pressão estética abala as estruturas de qualquer mulher, Giulia já compartilhou algumas reflexões sobre sua relação com o próprio corpo e comportamentos enraizados na sociedade.
Com isso, reunimos quatro lições da artista sobre a liberdade de nossos corpos.
Autoestima é um processo
Em outubro de 2020, Giulia usou as redes sociais para responder um seguidor que a questionou sobre estar malhando. Ao dizer que não estava fazendo academia naquele momento, ela desabafou sobre estar mal com isso por conta da pressão estética e que acabou sendo impactada pela chuva de procedimentos estéticos e padrões surreais de corpos nas redes sociais.
Na sequência, a atriz refletiu sobre a autoaceitação se construir com o tempo. “Isso de a gente se aceitar e amar é um processo longo. Eu, claramente, ainda tenho problemas de autoestima e aceitação”, pontuou ao dizer que já estava evitando usar filtros do Instagram nos stories por conta da dismorfia. “Eu ia me ver sem filtro e me achava feia. Comecei a me viciar em filtro”, relatou.
Padrão é inalcançável
Giulia contou aos seguidores em agosto de 2022, que passou por uma crise de ansiedade após provar roupas numa loja e acabou sendo criticada com julgamento de que estaria “dentro” do padrão de beleza. No entanto, a atriz refletiu sobre o tal padrão ser um mito inalcançável.
“Quando eu falo das minhas inseguranças, muita gente vem me criticar, falando que eu tenho o corpo padrão e que por isso não posso reclamar ou vou gerar mais gatilhos em outras pessoas. Mas este corpo padrão é inalcançável. Talvez para algumas pessoas eu esteja no corpo padrão, mas para outras e para mim eu não estou. Esse é o grande problema”, desabafou.
Não compare mãe com filha (e com nenhuma mulher)
Filha de uma das musas globais das últimas décadas, Giulia Costa expôs que é alvo de comparações de seguidores com a própria mãe e questionou a problemática disso.
No comentário compartilhado, uma internauta apontou o fato da atriz ter engordado como algo pejorativo e proferiu ofensas sem medida. “Mulher tu tá muito inchada. Teu corpo pede uma dieta, uma reeducação alimentar. Tua mãe tão linda e tu nessa gordura horrível”, escreveu.
Em seu perfil do Instagram, a atriz relacionou a comparação a uma rivalidade feminina e apontou como isso pode ser doentio, já que nenhum corpo será igual ao outro.
“De fato, eu tenho muito mais gente legal, do bem, bacana porque eu acho que a gente atrai o que a gente emana, mas eu vou mentir se eu disser que não me afeta sabe… Quando a gente lê isso. Óbvio que afeta e é muito ruim”, afirmou. “Pra mim, o mais doentio é as pessoas fazerem comparação entre mãe e filha. Isso é rivalidade feminina no seu auge e eu acho muito doentio, outro nível”, completou.
Culto à magreza ainda é um problema
Com a volta da cultura dos anos 2000, com a moda da cintura baixa, Giulia confessou se preocupar com o impacto dessa nostalgia no culto à magreza.
“Acho que essa cultura de anos 2000, de cintura baixa, sempre vai ratificar muito essa magreza extrema que era dos anos 2000 e que eu achava que a gente estava abandonando agora por justamente chegar nesse movimento de corpo livre que a nova geração tanto defende. Mas tenho a impressão que estamos regredindo cada vez mais para essa magreza extrema”, contou.
Na sequência, ela ponderou como a genética não é um problema, já que cada corpo é único, mas a busca pela magreza a qualquer custo é a grande questão.
“Cada um tem um biotipo e é isso que faz o ser humano individual. Seria muito chato se todo mundo fosse igual. Mas a magreza inalcançável gera distúrbio alimentares, de imagem e de ansiedade”, refletiu.