Apesar de 16 anos como contratado da Record, Rodrigo Faro enfrenta um momento delicado em sua carreira.
A glória dos tempos em que competia com a Globo na audiência parece distante, e hoje ele luta para se manter relevante, enfrentando uma crise de imagem e rejeição do público.
O programa “Hora do Faro”, outrora um rival de peso para Eliana no SBT, ainda não conseguiu vencer a apresentadora nenhuma vez em 2024.
As raras vitórias do ano passado se deram graças à participação de ex-participantes de “A Fazenda”, como Rachel Sheherazade, que inclusive impulsionou os maiores índices de audiência do programa em 2023.
Na tentativa de reverter a situação, a Record aposta em Sheherazade, que terá seu próprio programa dominical a partir de julho, substituindo os desenhos infantis da faixa matinal.
A ideia é fortalecer o “Hora do Faro” ao entregar um público já aquecido para a atração, especialmente após a saída de Eliana do SBT.
O problema, no entanto, reside no próprio Rodrigo Faro. Em três das últimas quatro semanas, o “Hora do Faro” teve menos audiência do que o “Cine Maior”, que o precede na grade. Ou seja, os espectadores estão na Record, mas mudam de canal quando Faro aparece.
O “Canta Comigo”, apesar de ter números melhores que o “Hora do Faro”, também apresenta sinais de desgaste. A divisão entre a versão com adultos e a versão com adolescentes, implementada ao longo do ano, não parece ter sido uma boa estratégia.
A sexta temporada, iniciada em abril, ainda não alcançou a vice-liderança em nenhum domingo. A comparação com o “Campeonato Paulista”, que era exibido na mesma faixa horária anteriormente, torna o desempenho ainda mais preocupante: a média do “Canta Comigo” está 47% abaixo da audiência do futebol.
A situação se agrava com a perda de público do “Canta Comigo” desde que Faro assumiu o comando da competição em 2021. De lá para cá, a audiência caiu 28%.
Na primeira temporada com Faro no lugar de Gugu Liberato, o reality tinha média de 7,5 pontos na Grande São Paulo. Em 2022, caiu para 7,0 pontos, e em 2023, para 6,4 pontos. Atualmente, a média parcial é de 5,4 pontos, com tendência de queda.
Diante da crise de audiência e da imagem negativa, o futuro de Rodrigo Faro na Record se torna incerto. As apostas da emissora em Sheherazade e na mudança de horário do “Hora do Faro” demonstram a busca por soluções para reverter o quadro, mas a responsabilidade de reconquistar o público também recai sobre o próprio apresentador.
Crise na imagem do Rodrigo Faro
As dificuldades enfrentadas por Rodrigo Faro na Record não se limitam à queda de audiência. Fontes da emissora revelam ao Notícias da TV que o apresentador também está sendo rejeitado pelo mercado publicitário. O departamento comercial da Record enfrenta obstáculos para vender cotas de patrocínio no “Hora do Faro”.
Em maio, Faro fechou um contrato milionário com uma casa de apostas, um setor que investe pesado em publicidade na televisão para driblar questões éticas. No entanto, essa medida pontual não é suficiente para amenizar o problema geral.
A situação é ainda mais preocupante porque Faro sempre teve bom desempenho na venda de espaços publicitários. Sua capacidade de atrair anunciantes poderia compensar a queda de audiência.
No entanto, sem público e sem retorno financeiro, a situação do apresentador na Record se torna cada vez mais delicada.
Em 2023, Faro revelou que ainda tinha mais um ano de contrato com a Record, ou seja, o acordo atual vence em 2024.
Diante da crise, não seria surpresa se uma eventual renovação viesse acompanhada de uma nova redução salarial, como já aconteceu no último acordo, quando o valor foi cortado pela metade.
Segundo agências de publicidade, a imagem de Rodrigo Faro ainda não se recuperou de um episódio ocorrido em novembro de 2019.
Durante uma homenagem ao vivo a Gugu Liberato, que havia falecido dias antes, Faro questionou a audiência de seu programa, demonstrando mais preocupação com números do que com o luto.
O público não perdoou a atitude do apresentador, e a mancha em sua imagem permanece afetando sua carreira até hoje.
A combinação de queda de audiência, rejeição do público e do mercado publicitário coloca o futuro de Rodrigo Faro na Record em xeque.
As medidas tomadas pela emissora, como a aposta em um novo programa para Sheherazade e a mudança de horário do “Hora do Faro”, demonstram a busca por soluções para reverter o quadro.
No entanto, a responsabilidade de reconquistar a confiança do público e dos anunciantes também recai sobre o próprio apresentador.