Quantas vezes deixamos o orgulho falar mais alto e temos dificuldade em admitir que a culpa seja toda nossa?
Percebo que eu mesma fico inventando desculpas ou achando os mínimos detalhes para que eu justifique o meu orgulho de não procurar, de não ceder, de ter razão. Isso não tem muita serventia quando você quer que sua vida mude. De que me adianta ficar postergando a dor de ambas as pessoas se eu posso simplesmente dizer: A culpa foi toda minha.
Não que eu precise assumir a parcela de culpa do outro, mas a minha eu posso mudar. E se para o outro é tão difícil reconhecer suas dificuldades aponta-las não vai ajudar, muito pelo contrario, só vai criar uma defesa ainda maior.
O que eu quero dizer é que eu posso mudar a minha atitude perante o que ele tem dificuldade de mudar. Se o outro é violento com as palavras que eu releve as duras criticas e passe a ser mais dócil, talvez ele só precise aprender a ser dócil também.
O importante é não deixar que as pequenas dores e magoas cresçam dentro de nos e consuma relações que poderiam ser exuberantes. Que a luta pela união possa ser também daqueles que pensam e age diferente de você.
Aprenda que em algum aspecto a atitude grosseira, violenta e até infeliz da outra pessoa irá contribuir para o seu desenvolvimento. Para que você possa melhorar e que as criticas sejam encaradas com a leveza que tem, porque elas estão ali somente para nos mostrar o que não queremos ver e por menor que seja a relevância em algum momento você será o acusador de alguém. E não adianta dizer que não, ou que faz diferente porque somos reflexos daquilo que sofremos e em algum momento vamos fazer semelhante com alguém, ele merecendo ou não.
E cabe a cada um de nós a pequena mudança que desejamos no outro. É o espelho faça para as pessoas não aquilo que gostaria que fizesse com você, mas aquilo que faz bem a ela. Se ela gosta de chocolate leve chocolate para alegrar seu dia e mesmo que você não goste de chocolate em algum momento ela vai lhe trazer as flores que tanto gosta em retribuição ao chocolate que você a entregou porque sabe que isso a agradaria.
A lei da retribuição não é fazer pelos outros aquilo que gostaríamos que fizessem com a gente, é despertar nos outros a felicidade que ele desperta em nós ou que gostaríamos que ele despertasse, mas com as coisas que ele gosta. Tente! Vale a pena fazer alguém feliz hoje.