Na infância, todos tivemos o hábito de sonhar acordados. Em qualquer altura do dia, a nossa mente vagueava. Tínhamos visões de como as coisas poderiam ser, talvez numa dimensão paralela ou num futuro próximo.
A criatividade estava em alta. Podíamos transmitir essas visões e ideias para os nossos desenhos, brincadeiras, falar com os nossos amigos.
Era normal ser assim. Sonhar, inventar, criar. É natural nas crianças e não é visto como algum tipo de distúrbio mental ou alucinação.
Então fomos crescendo. Na adolescência tínhamos que nos preocupar mais com as notas escolares do que com sonhar acordados e explorar o nosso lado criativo.
Finalmente, na idade adulta a criatividade morre. Glorifica-se o “estar ocupado” e os tempos livres não passam de um luxo.
Quem sonha demais é anormal – um lunático, irrealista. Vive numa realidade à parte.
Mas uma coisa que a sociedade se esquece é que os sonhos são a base para a realidade. E se a pessoa descarta as suas idealizações, não passa de um instrumento para os sonhos dos outros.
A mente governa os acontecimentos. Os pensamentos dão o tom do que nos acontece. E como há tanto o apelo para pensar igual, parece que quase toda a gente vive uma vida igual, ou pelo menos muito parecida.
O nosso cérebro é uma arma poderosa: pode abençoar-nos ou destruir-nos, e há pessoas que passam a vida inteira sem ter consciência disso.
A imaginação é uma ferramenta que é equivocada como um mero acessório, mas é fundamental para a nossa existência. Sem ela, não teríamos propósito de vida. Não pensaríamos nas diferentes possibilidades, não veríamos por outra perspectiva senão aquela que nos apresentam.
Mesmo assim, esta tem sido usada – incorretamente. Usamos-a para as preocupações. Ocupamos as nossas mentes antes de um acontecimento com cenários possíveis, mas negativos. O pessimismo é nada mais que usar a nossa imaginação para criar acontecimentos que não nos servem.
Não tem a ver com ser realista ou não, mas com aquilo que ocupa a nossa mente.
Estamos a desperdiçar tempo e energia com cenários e ideias que nos põem para baixo, que diminuem a nossa frequência e podem ser até viciantes. Quem está habituado a este padrão de pensamento dificilmente consegue imaginar situações positivas.
É por isso que os sonhadores são chamados de lunáticos – porque a frequência a que a cultura nos treina é tão baixa, que parece que essa é que é a única realidade que existe. Mas nós é que criamos a nossa própria realidade.
O primeiro passo é sempre o mais difícil, porque primeiro parece que temos de eliminar os velhos pensamentos para substituir por novos.
Mas vivemos num Universo de inclusão, de expansão, por isso energias não são controladas por nós, nem passam por um processo de eliminação.
Trata-se apenas de uma escolha que fazemos. A partir do momento que decidimos ser conscientes daquilo que estamos a pensar e sentir, gradualmente vamos escolhendo pensamentos cada vez mais positivos e a nossa frequência vai mudando.
O que se passa com a sociedade é que a maior parte das pessoas tem esta consciência dormente – a de que criam a sua própria realidade e que o que pensam e sentem é sempre remetido pelo Universo.
Usamos sempre a nossa imaginação, porque estamos sempre a pensar e criamos sempre a nossa realidade a cada momento que estamos acordados.
Podemos escolher ser artistas da nossa experiência e usar esta ferramenta com que nascemos a nosso favor. Cria as experiências que desejas visualizando o que te faz sentir bem.
Quem sonha acordado com certeza é mais desperto, porque tem a sabedoria de que cria o futuro acreditando no que ainda não vê com os olhos, mas que consegue imaginar com a mente.