Muito se fala de energia negativa. Espíritos do mal. Encostos. Pessoas que vampirizam. Mas muito pouco ou quase nada se fala sobre o nosso poder. Que sim, somos nós que nos conectamos a uma frequência, ou melhor, a um sentimento mais deprê, assim como também somos nós mesmos que podemos sair dele. Somos imãs ou rádio de ondas de tudo ao nosso redor na grande cadeia a vida e da energia. Basta girar o botão!
Eu nunca fui sensitiva para ver coisas do além, mas sempre fui absolutamente desperta o suficiente para me assistir e perceber o que ocorre dentro de mim. Na companhia de algumas pessoas me canso e me irrito facilmente, às vezes começo a bocejar ininterruptamente. Já com outras fico mais ansiosa e posso até sentir dor de cabeça ou de estômago. Essas coisinhas que acontecem dentro e que só nós percebemos são os sinais enviados pelo nosso corpo e emoções.
Desde que descobri que há relacionamentos e lugares que sim, é melhor evitar do que acumular alguns sintomas dentro de mim deixei de ser “a esponja” porque passei a girar meu próprio botão. Como? Me observando e compreendendo meus próprios limites. Antes de entenderder isto, eu pensava: ah, pobre de mim! Um ser tão sensível em um mundo tão cruel cheio de energias ruins. Vivo com doenças psicossomáticas porque sou frágil demais. Mas não! Não tem nada disso. Sou eu com a minha forma de pensar e encarar as pessoas e situações que decido até que ponto aquilo me fará bem ou não. Se não me faz bem, corto! Quando você enxerga isto, começa a centralizar o poder em você mesmo e sua vida passa a ter mais leveza.
Gosto de saber o que está acontecendo no mundo, mas sei que se eu ficar mais de dez minutos assistindo um noticiário de desgraças, posso levar dias para ficar bem novamente. Assim, como não me faz bem olhar para acidentes na rua ou então conviver com pessoas que só reclamam da vida.
Saber que na presença de uma pessoa você gera pensamentos tóxicos porque ao encontrá-la você ativa este botão interno, então é melhor só a encontrar quando estiver bem ancorado na sua fonte. Aí sim, tudo o que a pessoa fala passa reto por você e não há identificação com aqueles sentimentos indesejados. Casais que brigam, pessoas que convivem com chefes que odeiam, famílias que alimentam críticas e fofocas,… tudo isso gera e alimenta a nossas emoções destrutivas que são extremamente tóxicas.
Quanto mais as pessoas estão presentes no que estão falando, vibrando e pensando sobre a mesma coisa, mais intenso é. Para o bem ou para o mal. Não dizem que orações feitas por um grupo tem muito mais força do que feita por uma pessoa só? O termômetro do que está ressoando ao nosso redor se reflete no nosso corpo e nas nossas emoções. Por isso a arte de se observar é tão importante. Se você nunca prestou atenção em suas reações e se deixa esgotar por acreditar que é uma esponja, mude já! Perceba constantemente como está sua respiração, o oxigênio estimula o fluxo da vida dentro de nós. Como está se sentindo, no que está pensando, como estão seus ombros, tensos ou relaxados. O maxilar da boca e a testa também alertam quando estamos tensos.
Não precisa de benzedeiro nenhum. Se observar e encontrar formas de trazer sua mente para dentro do seu centro é trazer o poder para si mesmo, porque pensar e alimentar pensamentos destrutivos ou críticos é o maior encosto que você pode alimentar dentro de si mesmo. Nós criamos o céu ou o inferno dentro de nós.
Particularmente, quando entro em um ambiente que ficarei sozinha e não me sinto confortável, ou por algum motivo me dá medo, primeiro sento e respiro. Nossa imaginação é sempre fértil, quantos monstros imaginamos quando somos crianças? Observo o que sinto, como está meu corpo, minha cabeça e o fluxo de pensamentos. O que é que está passando pela minha mente que está gerando este medo ou desconforto, me pergunto. Depois da reflexão com muita respiração, se minha aflição permanecer, geralmente acendo uma vela ou um incenso e peço por luz em voz alta. Para mim, é sempre o suficiente para me sentir bem porque acredito que são “ferramentas” que me ajudam.
Se fosse para receitar elementos “neutralizores de mente” que funcionam para mim eu diria que eles são: banho quente com um sabonete deliciosamente cheiroso, banho de mar ou cachoeira, sentar-me ao pé de uma árvore, ouvir músicas instrumentais, mantras, ou minhas favoritas; acender incensos ou velas, uma noite de sono bem dormida, ficar concentrada no momento presente (o famoso aqui e agora), ouvir os sons do momento (pássaros, chuva, ondas), e por fim, respirar, respirar, respirar. Tudo o que genuinamente acreditamos que nos faz bem, certamente, nos fará bem. Agir com esta intenção, amplifica seu poder. Cuide de si mesmo e busque em todos os dias da sua vida alimentar sua mente com coisas que te fazem bem e estimulam sensações boas e prazerosas. Esta certamente é a melhor mandinga!