Engraçado como a gente tem uma mania feia de complicar aquilo que deveria ser simples. Conhecer alguém, descobrir os seus gostos, seus desejos, sonhos e também os defeitos deveria ser algo leve, mas transformamos em um jogo onde as chances são distribuídas de maneira desigual.
Ao invés de ir descobrindo o outro aos pouquinhos, vibrando a cada ponto em comum e tentando ajustar o que não é tão comum assim, a gente prefere transformar as pequenas diferenças – aquelas que dão equilíbrio ao relacionamento – em grandes montanhas que acabam se tornando um empecilho para seguir em frente como se isso fosse algo ruim quando na verdade só complementa aquilo que tinha tudo para dar certo, mas que acaba dando errado antes mesmo de começar e com razão. Pois, ao invés de começar aos poucos a descobrir se ele prefere o açaí com leite em pó ou condensado, se ela prefere brigadeiro ou pudim de sobremesa, se ele gosta mais de praia ou montanha. Se ela dorme pro lado esquerdo ou direito da cama, preferimos cancelar qualquer possível futuro com alguém que poderia ter muita coisa interessante pra nos mostrar.
A moça é linda, mas não é inteligente o suficiente. O cara é inteligente, mas não é bonito o suficiente. A moça é gostosa, mas não é interessante. O cara é interessante, mas não tem barriga tanquinho. Ele ama animais, mas não tem o mesmo gosto musical. Ela ama cerveja, mas mora longe demais…a lista de impedimentos só aumenta e a nossa frustração também. Quando a gente pára de colocar barreiras na a nossa felicidade a vida flui sem pesar.
Pra fazer dar certo é só tentar sem medo de se arriscar. Que as melhores coisas da vida vem para aqueles que não perdem a oportunidade de aproveitar os momentos mais simples e sabe que eles são os que reservam as grandes e belas surpresas. Vem cá, só confia e não complica! Deixa estar, deixa fluir que a vida se encarrega de trazer o que é teu e o que não for pra ser ela leva embora. Só abre a porta pra deixar a felicidade entrar que pra descomplicar é só começar…Porque não tentar?