As atrizes Sheron Menezzes e Bella Campos chamaram a atenção do público pelos papéis de mãe e filha na novela da Globo.
A nova novela das 19h da Globo, “Vai na Fé”, escrita por Rosane Svartman, que estreou no dia 16 de janeiro deste ano, conta com as atrizes Sheron Menezzes e Bella Campos, que interpretam mãe e filha, respectivamente. As duas, apesar de terem personalidades opostas na trama, com os mesmos ideais, impressionaram os internautas principalmente pela diferença de idade entre as duas.
Enquanto Sheron Menezzes tem 39 anos na vida real, e faz o papel da dançarina Sol, Bella Campos é uma jovem estudante chamada Jenifer, que tem 24 anos. Ou seja, as atrizes têm apenas 15 anos de diferença na vida real. Caso suas personagens da novela tivessem a idade das atrizes, a protagonista teria tido a filha antes dos 15 anos de idade.
Apesar da diferença de idade das atrizes, em “Vai na Fé” não se diz a idade da personagem de Sheron Menezzes, muito menos se engravidou da filha durante a adolescência. Sendo assim, isso sugere que Sol tem mais de 40 anos na novela, visto que sua filha é descrita como uma jovem que recém saiu da escola e acaba de entrar na faculdade, sendo a primeira da família a cursar o nível superior, de acordo com o UOL.
Vale lembrar que a atriz Bella Campos, tem se destacado cada vez mais desde que participou do elenco do remake de “Pantanal”, no ano passado. Além de se dar bem com todo o elenco da trama, a jovem também ficou feliz em contracenar pela primeira vez com o namorado, MC Cabelinho, que também é ator. Segundo o Folha de São Paulo, a atriz comentou que como artistas, é legal poder construir algo junto com o namorado.
“Vai na Fé” tem público evangélico
A novela conta a história de Sol, uma mulher negra, evangélica e batalhadora, representando a maioria dos evangélicos do Brasil, que são negros e do sexo feminino. A mulher luta diariamente
para sustentar sua família, trabalhando como dançarina para o funkeiro Lui Lorenzo, interpretado pelo José Loreto. Enquanto isso, sua filha Jenifer estuda e se torna a primeira da família a entrar na universidade, após conquistar uma bolsa na faculdade privada de Direito.
De acordo com o Splash, a autora Rosane Svartman explicou que a novela conta com pesquisadores e consultores de roteiros evangélicos e negros, visto que estes são os temas principais abordados. Segundo Svartman, eles não poderão contar de tudo, mas querem tentar trazer maior representatividade e histórias diferentes do que as novelas costumam trazer. O elenco, inclusive, foi escolhido a dedo, para representar as famílias negras, evangélicas e multigeracionais do subúrbio do Rio de Janeiro.
Além disso, ainda segundo o Splash, a história para o público evangélico se deve à aproximação deles com a emissora, pois o número de evangélicos tem crescido significativamente a audiência da Globo nas últimas décadas. Segundo o UOL, os dados apontam um crescimento de 61% no número de evangélicos entre 2000 e 2010, além de ter projeções que sugerem que o número de evangélicos passem o de católicos já no final da década de 2030.
Apesar da Globo tentar se aproximar do público evangélico, não é a primeira vez que eles tentam inserir a religião como um dos temas centrais de suas tramas. O tema já foi visto anteriormente nas novelas “Avenida Brasil” e “Cheias de Charme”, ambas reproduzidas em 2012, por exemplo. Ademais, em “Babilônia”, que foi líder de audiência, rendeu os menores índices da história da emissora, onde eles traziam debates sobre pessoas LGBTQIA + e racismo.