A Saraiva encerrou suas operações presenciais nesta quarta-feira (20) e dispensou todos os funcionários de suas lojas físicas, conforme relatado pelo jornal O Globo.
O que aconteceu:
Após o encerramento das lojas físicas, a Saraiva seguirá operando exclusivamente por meio de e-commerce.
Anteriormente a maior livraria do Brasil, a empresa mantinha somente cinco unidades em funcionamento, sendo quatro em São Paulo e uma em Campo Grande (MS).
Queda no faturamento e lucro modesto no e-commerce. Segundo informações do jornal, a receita das lojas físicas da Saraiva no segundo trimestre de 2023 foi de R$ 7,2 milhões. Já as vendas no site ao longo de três meses totalizaram R$ 128 mil.
Conforme informado pelo jornal O Globo, a empresa tem enfrentado dificuldades em honrar adequadamente as verbas rescisórias dos funcionários demitidos.
Na última postagem da empresa no Instagram, ex-funcionários expressam suas queixas e exigem o pagamento de seus direitos trabalhistas.
A Saraiva entrou em processo de recuperação judicial em 2018, declarando dívidas de R$ 675 milhões com mais de mil credores.
Tendência é de livrarias menores
O padrão atual do mercado é de lojas menores. Ao contrário da estratégia adotada pela Saraiva, que optou por manter lojas de grande dimensão e fez um significativo investimento na comercialização de produtos eletrônicos, a tendência predominante nas livrarias atualmente é a criação de unidades mais compactas, com custos reduzidos, e um foco mais acentuado em livros e artigos de papelaria.
A Livraria Cultura adotava o mesmo padrão de lojas amplas. A empresa também atravessou um período de dificuldades, chegando a ter sua falência declarada em fevereiro deste ano, mas conseguiu suspender tal determinação mediante uma decisão judicial. A companhia está passando por um processo de recuperação judicial há quatro anos.