A chilena Iris Fontbona, de 81 anos, é considerada a mulher mais rica da América Latina, com uma fortuna avaliada em US$ 27,7 bilhões (R$ 149,7 bilhões), conforme levantamento da Forbes.
Fontbona leva uma vida discreta, blindada da imprensa por seu círculo íntimo. As poucas informações sobre ela provêm de terceiros, que preferem manter o anonimato, de acordo com o jornal El País.
Fontbona tornou-se uma das pessoas mais ricas da América Latina após a morte de seu marido, Andrónico Luksic Abaroa, em 2005.
De acordo com a Forbes, ela e seus filhos controlam a Antofagasta Plc, uma das maiores produtoras de cobre do mundo, além de deterem participação majoritária na Quiñenco, um conglomerado que abrange desde bancos até indústrias como a de cerveja.
Fontbona é filha única de Luis Fontbona Buxallen e Emma González Morales, ambos de Valparaíso. Segundo o El País, após estudar comércio, a família de Iris mudou-se para Antofagasta, situada no meio do deserto do Atacama, que na época tinha cerca de 50 mil habitantes e ainda não era a potência de produção de cobre que é hoje. Atualmente, a cidade portuária possui quase 390 mil habitantes.
A atual matriarca da família Fontbona estudou em uma escola católica para meninas. No início dos anos 1960, conheceu Andrónico, 16 anos mais velho que ela, de acordo com o El País.
Já empresário da mineração, Andrónico era viúvo e tinha dois filhos pequenos, Andrónico e Guillermo. Após o casamento, Iris e o empresário tiveram mais três filhos: Paola, Jean Paul e María Gabriela.
Mulher mais rica da América Latina evita os holofotes
Nos anos 1960, a família mudou-se para Santiago, capital do Chile. Fontbona sempre evitou a imprensa. Um dos poucos que falam sobre ela é seu filho, Andrónico.
“Tenho duas mães. Uma que morreu em 1959, quando eu tinha quatro anos, e outra que cuidou de mim desde os sete, que é minha mãe até hoje, que amo, respeito e adoro acima de tudo”, disse ele ao El País.
Após a morte do patriarca, os três filhos homens assumiram as diversas empresas de Andrónico. Segundo o jornal chileno La Segunda, Fontbona controla o conselho de administração da fundação criada por seu marido, mas não está diretamente envolvida nos conselhos de administração das empresas do grupo listadas na bolsa.
Conforme o jornal chileno, é por meio desta fundação que ela controla todo o império da família e os diversos negócios que mantêm em países da América Latina (Chile, Argentina, Uruguai) e da América do Norte (Canadá e Estados Unidos), além da Croácia.
Veja a lista das cinco pessoas mais ricas da América Latina
O empresário mexicano Carlos Slim Helú, do setor de telecomunicações, lidera novamente a lista da Forbes das pessoas mais ricas da América Latina. No ranking global, Slim ocupa a 17ª posição, com uma fortuna avaliada em US$ 91,6 bilhões, proveniente da América Móvil, a maior operadora de telefonia móvel da região.
Recentemente, o brasileiro Eduardo Saverin, que estava em segundo lugar, foi ultrapassado pela chilena Iris Fontbona.
A seguir, apresentamos os cinco maiores bilionários da América Latina, de acordo com o ranking de bilionários em tempo real da Forbes, atualizado em 14 de junho de 2024:
1. Carlos Slim Helú e Família
- País: México
- Fortuna: US$ 91,6 bilhões
Slim controla a América Móvil e possui participações em diversas empresas mexicanas nos setores de construção, bens de consumo, mineração e imóveis. Ele e sua família são donos de 76% do Grupo Carso, um dos maiores conglomerados da América Latina.
2. Iris Fontbona e Família
- País: Chile
- Fortuna: US$ 27,9 bilhões
Após a morte de seu marido, Andrónico Luksic, Iris e seus filhos herdaram vastos negócios, incluindo minas de cobre no Chile e participação majoritária na Quiñenco, um conglomerado que atua em setores como bancário, cervejeiro e industrial.
3. Eduardo Saverin
- País: Brasil
- Fortuna: US$ 27,9 bilhões
Cofundador do Facebook junto com Mark Zuckerberg e outros colegas de Harvard, Eduardo reside em Singapura e dirige a B Capital, uma empresa de investimentos em startups.
4. Germán Larrea Mota Velasco e Família
- País: México
- Fortuna: US$ 27,5 bilhões
Germán é o principal acionista do Grupo México, a maior mineradora de cobre do país, que também opera no Peru e nos EUA. O grupo atua ainda nos setores de transporte e infraestrutura. Em 2014, um vazamento de uma mina do grupo em Sonora, México, contaminou dois rios, resultando em investigações.
5. Vicky Safra e Família
- País: Brasil
- Fortuna: US$ 19 bilhões
Vicky e seus quatro filhos herdaram a fortuna do falecido banqueiro Joseph Safra. A família controla o Banco Safra no Brasil, o J. Safra Sarasin na Suíça e o Safra National Bank of New York.
Em 2019, Alberto Safra deixou o Banco Safra após desentendimentos familiares e, em 2023, processou sua mãe e irmãos em Nova York, alegando diluição ilegal de sua participação no Safra National Bank. A família nega essas acusações.
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