Em busca do proprietário da mochila, Enry se deparou com duas pessoas que tentaram se passar pelos donos, mas ele as desmascarou rapidamente.
A alta nos preços e o alto índice de desemprego têm acompanhado grande parte dos países da América Latina, que enfrentaram a pandemia com grande dificuldade, como o Brasil. Na Argentina, por exemplo, uma inflação que ultrapassa 50% e uma crise cambial gravíssima fazem com que o país precise lutar contra as baixas reservas em moeda estrangeira, além de impor controles de capital.
Ainda assim, o ano passado ainda pode ser considerado um bom ano para os hermanos, já que a economia do país registrou crescimento de 10,3% em 2021 e o desemprego caiu para 7%, um número bem abaixo do esperado para o período, índice mais baixo desde 2015. Esses números trazem esperança aos argentinos, assim como nos demais residentes latinos, mas sabemos que ainda existe um longo caminho a percorrer para que a população possa respirar um pouco mais aliviada.
Justamente por conta da crise econômica e sanitária, da qual muitas pessoas têm falado abertamente sobre as dificuldades que enfrentam, como fome, inadimplência e dificuldade de arcar com despesas básicas, como moradia, higiene e saúde, por exemplo. Esse é um problema que muitos países vêm enfrentando.
Em ocasiões como esta, sabemos muito bem que o desespero para pagar as contas ou alimentar a família pode ser maior do que qualquer coisa. Mesmo assim, para o eletricista Enry Reynoso, nenhuma dificuldade seria capaz de impedi-lo de agir corretamente. Segundo reportagem do jornal Villa Maria Ya!, o morador de Córdoba, na Argentina, encontrou uma mochila cheia de dinheiro em fevereiro deste ano, mas a única coisa que passou por sua cabeça foi entregá-la ao dono.
![Eletricista encontra mochila com mais de R$ 22 mil e devolve ao dono. Dinheiro era para pagar salários!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/2-Eletricista-encontra-mochila-com-mais-de-RS22-mil-e-devolve-ao-dono-Dinheiro-era-para-pagar-salarios.jpg)
Dentro da mochila jogada no cruzamento das ruas Santa Fé e Chile, havia mais de R$ 22 mil em espécie, aguardando o momento em que alguém atentaria para o seu conteúdo. Ele conta que tinha ido ao centro da cidade para resolver um problema burocrático para a filha, quando se deparou com a mochila.
Assim que pegou a mochila, duas pessoas se apressaram em dizer que era delas. “Eu não sabia quem era o dono, mas não eram aquelas pessoas, porque eu apenas disse que conhecia o dono da mochila. Existem pessoas que querem se apropriar do que não lhes pertence”, disse o pai.
Enry resolveu pensar na situação com um pouco mais de calma, e levou a mochila até as instalações de um de seus clientes para ver qual era seu conteúdo, deparando-se com maços de dinheiro que ultrapassavam R$ 22 mil, para surpresa do rapaz. Ele continuou procurando na mochila até descobrir a quem pertencia todo aquele dinheiro.
Em um dos bolsos, alguns documentos do proprietário forneceram a informação de que tanto precisava. Um nome, um número de documento para confirmar que a pessoa era quem dizia ser e o número de um telefone.
“Ele não sabia que tinha perdido o dinheiro, só descobriu quando contamos a ele. ‘É a minha vida’, ele me disse, e eu o tranquilizei para que ele soubesse que todo o dinheiro estava lá”, disse o jovem. Cumprindo sua palavra, ele devolveu a mochila e tudo que havia nela para o dono, um comerciante, que lhe disse que aquele dinheiro era para pagar o salário dos seus funcionários.
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![Eletricista encontra mochila com mais de R$ 22 mil e devolve ao dono. Dinheiro era para pagar salários!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/3-Eletricista-encontra-mochila-com-mais-de-RS22-mil-e-devolve-ao-dono-Dinheiro-era-para-pagar-salarios.jpg)
“No começo, ele não acreditou que estávamos com a mochila dele, mas quando ele confirmou, ele me agradeceu e disse que queria me convidar para comer. Ele até me disse para me mandar um almoço, mas eu já tinha um ensopado que minha esposa fez”, disse o humilde eletricista. Ele ainda disse que as pessoas precisam fazer aquilo que é certo e que o empresário sentiu vontade de presenteá-lo, mas que um “obrigado” era mais do que suficiente.