Depois de inúmeras dificuldades na infância e ter trabalhado como empregada doméstica, hoje a mulher é juíza no Acre.
É ciente que a educação é uma das coisas mais importantes do ser humano, ajudando-o a evoluir como pessoa e alcançando novos patamares de vida. Infelizmente, porém, ainda não são todos que conseguem ter acesso à educação, especialmente aqueles que vivem no interior e que têm poucas condições de vida.
A história desta juíza, porém, é um exemplo claro de esforço e dedicação, que fez de tudo para transformar sua realidade. Segundo o Razões Para Acreditar, quando Rosilene de Santana Souza era pequena, sua família chegou a se alimentar de restos de ossos que conseguia em um açougue, além de também já ter dormido várias vezes na cozinha da casa onde trabalhava, enquanto estudava.
A mulher até hoje se lembra das vezes em que precisou dividir o tênis com sua irmã para ir à escola, depois de terem se mudado para outro município da Bahia, dormindo na cozinha da casa de uma família amiga de seus pais. Quando tinha 10 anos, parou de estudar por falta de professores na região. Aos 12 anos, porém, Rosilene precisou começar a trabalhar para ajudar em casa, atuando como empregada doméstica em casas familiares.
![“Nem tudo foi em vão”: Ela comia restos de ossos na infância, foi empregada e lutou para ser juíza!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/05/whatsapp-image-2022-12-29-at-14.56.29.webp)
Filha de trabalhadores rurais, aos 19 anos ela decidiu abandonar o sertão da Bahia, no município de Oliveira dos Brejinhos, e a casa humilde onde vivia para procurar novas oportunidades de estudo e trabalho junto com a irmã, com apenas um sonho em mente: cursar a faculdade de Direito. De acordo com o jornal A Gazeta, Rosilene de Santana Souza foi rumo a Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, onde continuou trabalhando como doméstica até conseguir finalmente retornar aos seus estudos.
- Pessoas inspiradoras: Aos 100 anos, idoso ganha ingresso para a Disney e se diverte
![“Nem tudo foi em vão”: Ela comia restos de ossos na infância, foi empregada e lutou para ser juíza!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/05/mujer-se-convirtio-jueza-empleada.jpeg.webp)
Ao jornal A Gazeta, a mulher contou que o seu sonho sempre foi ser juíza, lembrando também do hábito que tinha com seus irmãos quando brigavam, atuando como tal. Seus pais, inclusive, chegaram a apelidá-la de “juíza da casa”, e aos poucos, este desejo foi crescendo dentro dela. No Espírito Santo, Rosilene ganhava um salário baixo para pagar a faculdade, mas logo conseguiu a oportunidade de fazer um curso técnico gratuito de edificações, oferecido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) de Colatina.
![“Nem tudo foi em vão”: Ela comia restos de ossos na infância, foi empregada e lutou para ser juíza!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/05/listadois-1-.webp)
Após a conclusão do curso, Rosilene conseguiu um trabalho melhor, com uma remuneração mais alta, e pôde finalmente ingressar na universidade, chegando a ganhar uma bolsa de estudo com
desconto na mensalidade. A baiana disse em entrevista ainda que sua rotina era puxada, trabalhando das 8h às 18h, e estudando das 19h às 22h. O único horário que lhe sobrava para estudar era nas madrugadas, por isso, o período foi realmente um desafio do corpo e da mente.
- Pessoas inspiradoras: Homem vende todos os seus pertences para cuidar de 800 cachorros
Finalmente, em 2012, depois de tanto esforço e dedicação, Rosilene de Santana Souza conquistou o seu diploma em Direito, quando conseguiu abrir um escritório e atuar como advogada. Seu sonho, porém, não deixou de impulsioná-la, e ela continuou estudando e participando de concursos públicos para realizá-lo. Após 5 anos de muita dedicação, ela foi aprovada em primeiro lugar para uma vaga de juiz de Direito no Acre, com o direito de escolher em qual cidade irá atuar.
![“Nem tudo foi em vão”: Ela comia restos de ossos na infância, foi empregada e lutou para ser juíza!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/05/tjm-1243-1.webp)
Ainda segundo o A Gazeta, ela conta com emoção que a ficha ainda não caiu, no entanto, é muito gratificante ver que nem tudo foi em vão. A família, que chorou muito quando soube da novidade, agora, irá se mudar para Rio Branco, a capital do Acre. A nova juíza afirma que irá levar a sua história como exemplo, para inspirar outras pessoas que passam pelos mesmos problemas, e ainda destaque que a educação é a única ponte que salva aqueles que não tem a quem recorrer.
![“Nem tudo foi em vão”: Ela comia restos de ossos na infância, foi empregada e lutou para ser juíza!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/05/WhatsApp-Image-2023-05-04-at-16.39.19.jpeg.webp)