Os craques da seleção sofreram críticas pela carne luxosa. Confira!
Os jogadores da seleção brasileira tiveram um jantar de luxo no Catar, anres da última partida da fase de grupos, contra Camarões. No último dia 29, Gabriel de Jesus, Ronaldo Fenômeno, Vini Jr., Eder Militão e outros boleiros curtiram a sua folga em um restaurante Doha, do popular chef Nusret Gökçe, o “Salt Bae”, e experimentaram a carne folheada a ouro 24 quilates.
O preço da iguaria chamou a atenção dos internautas. Segundo informado pelo R7, um único pedaço do Golden Ottoman Steak custa, em média, R$ 3.000. Já o Golden Steak, que é o prato regado a ouro 24 quilates, varia entre R$ 1.000 e R$ 1.500. As peças são servidas sem acompanhamento.
Curtindo o jantar, os jogadores também aproveitaram a oportunidade para tietar o chef de fama mundial, que se tornou conhecido por sua maneira nada convencional de salgar as peças de carne. Foi daí que surgiu o apelido “Salt Bae” para o chef/influenciador.
Jogadores são criticados e rebatem
No entanto, o momento de diversão dos jogadores não agradou a todos. O padre Julio Lancellotti fez uma crítica ao gasto excessivo dos jogadores em seu jantar.
Em seu perfil no Twitter, o padre publicou um vídeo dos jogadores no restaurante, ao lado da palavra “vergonha“.
Várias pessoas saíram em defesa dos craques, afirmando que “é o dinheiro é deles, eles fazem com o dinheiro que eles querem“, ou que “eles têm merecimento, é o dinheiro que eles ganharam honestamente, eles podem usar no que eles querem“, o e padre questionou esse posicionamento, dizendo: “É a forma de pensar meritocrática, é a forma de pensar do pensamento neoliberal e individualista. O que nós temos que trabalhar é um senso ético“.
Ele ainda continou: “É escandaloso num país onde 33 milhões de pessoas vivem a fome, em um mundo onde há milhões de pessoas que passam fome e que morrem vítimas da desnutrição e num país como o Qatar, onde há uma imensa pobreza e grande desigualdade. É um acinte tamanha ostentação“, critica ele.
Várias outras pessoas apoiaram o pensamento de Lancellotti e uma polêmica foi gerada acerca desse tema. Apesar disso, nem todos os jogadores pareceram se incomodar ou se sentir intimidados.
Vini Jr se pronunciou publicamente sobre as críticas. O camisa 20 do Brasil afirmou que, desde que cumpra com as suas obrigações dentro de campo, ele é livre para fazer o que bem entender.
“Na folga, acredito que eu possa fazer o que bem entender, isso é sempre importante. Eu tento me distrair ao máximo, estar com meus amigos e família e fazer o que acho que é melhor para mim. Acredito que não devam falar sobre o que a gente faz ou não, e sim cobrar o que fazemos dentro de campo“, disse o jogador em conversa com a imprensa no último dia 7.
Ronaldo também minimizou os ataques ao afirmar que “não tem nada de errado” com o consumo do prato, e acrescentou que inclusive pode ser inspirador para outras pessoas.
Como é feita a ‘carne de ouro’
Segundo informações compartilhadas pelo portal G1, a carne escolhida pelos jogadores brasileiros se trata de um prime-rib coberto com folha de ouro. No Catar, como mencionado anteriormente, o preço equivale a cerca de R$ 3.300, mas em outros lugares do mundo os preços podem ser diferentes. Em Londres, uma peça de Wagyu custa cerca de R$ 4.360 sem as folhas de ouro.
No entanto, não é preciso uma carne tão cara para preparar a peça. De acordo com o chef Paulo Zegaib, entrevistado pelo G1, é possível fazer o processo para “banhar” a carne em outro com qualquer carne que desejar.
Ele ainda contou que o processo é muito simples, bastante apenas colocar as folhas de ouro em cima da peça de carne quente. Quando elas derretem, dão o visual elegante à peça.