Apesar de possuir uma carreira com 24 anos de experiência, a jogadora Marta, camisa 10 da Seleção Feminina de futebol, ainda enfrenta uma disparidade salarial em relação ao jogador mais bem pago do Brasil, Neymar Jr. De acordo com o jornal Marca, Marta é a jogadora mais bem remunerada na Copa do Mundo Feminina, recebendo US$ 13 milhões (R$ 63 milhões, na cotação atual).
Segundo a mesma fonte, a estrela do futebol feminino recebe US$ 400 mil por ano (R$ 1,94 milhão) atuando pelo Orlando Pride. No entanto, mesmo com esse valor considerável, Marta ainda ganha significativamente menos do que muitos jogadores de futebol masculinos, cujos salários são os mais altos no mundo esportivo.
Um exemplo disso é Neymar, que, de acordo com o jornal L’Équipe, ganha 36 milhões de euros por temporada no Paris Saint-German, o que equivale a 100 vezes mais do que a artilheira feminina recebe nos Estados Unidos. Além disso, é importante considerar que o salário do jogador é ampliado significativamente por meio de contratos publicitários, direitos de imagem e outras parcerias.
Ainda de acordo com o Marca, o jogador mais bem pago do mundo é Cristiano Ronaldo, que recentemente se transferiu para o Al-Nassr, na Arábia Saudita, onde recebe 75 milhões de euros (R$ 396 milhões) por temporada. Comparando esses números com a renda de Marta, percebe-se que o português ganha 188 vezes mais do que a atleta brasileira.
Superação
No entanto, apesar das diferenças salariais, Marta continua a superar desafios e inspirar outras jogadoras. Um exemplo é a jogadora Kerolin Nicoli, que participará da Copa do Mundo Feminina pelo Brasil. Kerolin compartilhou uma história emocionante em um documentário, revelando que, após passar por um período afastada do futebol devido a uma acusação de doping, Marta foi fundamental para que ela tivesse novas oportunidades na seleção brasileira
Em uma entrevista ao Players Tribune Brasil, Kerolin contou que, durante uma convocação para amistosos contra a Argentina no final de 2021, foi informada de que Marta havia intercedido em seu favor: “A gente tava comendo e tal e ela falou: ‘Cê sabe, né?’ e eu falei: ‘O que?’ e ela: ‘Que eu tenho um dedinho na sua convocação’. Eu falei ‘Mentira!’ e Marta: ‘Sim, eu fui lá e falei: ‘Pia, olha essa menina com carinho, aconteceu isso, isso e isso'”.
Essa história de superação e apoio mútuo entre as jogadoras mostra o quanto Marta é não apenas uma grande atleta, mas também uma influência positiva e inspiradora para o futebol feminino no Brasil e no mundo.