A esquizofrenia é um transtorno mental complexo que afeta a cognição, as emoções e o comportamento das pessoas.
Caracterizada por sintomas como alucinações, delírios, pensamento desorganizado e sintomas negativos como apatia e afeto embotado, a esquizofrenia tem um impacto significativo na vida dos indivíduos afetados, assim como em suas famílias e comunidades.
Essa condição não é apenas um desafio para os pacientes, mas também para a sociedade como um todo. Com uma prevalência global considerável, a esquizofrenia pode manifestar-se de maneiras variadas e afetar pessoas de todas as idades.
Compreender seus sintomas, causas e opções de tratamento é crucial para abordar o impacto que a esquizofrenia pode ter na vida das pessoas, além de promover uma conscientização mais ampla sobre a importância do suporte, tratamento adequado e combate ao estigma associado a essa condição.
De acordo com a Wikipédia, fatores ambientais e genéticos podem estar interligados no diagnóstico da esquizofrenia. Enquanto fator ambiental, é possível observar que com o crescimento de drogas ilícitas nos centros urbanos, idade dos pais, má nutrição durante a gravidez e até mesmo algumas infecções podem ser considerados fatores de risco.
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Já o fator genético se dá devido a uma série de variações genéticas. É estimado que a esquizofrenia afete entre 0,3 e 0,7% da população mundial em algum momento da vida. Somente em 2013, pelo menos 23,6 milhões de casos foram registrados no mundo inteiro.
Estigma relacionado à esquizofrenia
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O estigma relacionado à esquizofrenia é uma barreira significativa para aqueles que vivem com a condição, muitas vezes resultando em discriminação, isolamento social e dificuldade de acesso aos serviços de saúde mental.
O desconhecimento sobre a natureza da esquizofrenia e a perpetuação de estereótipos prejudiciais podem contribuir para a marginalização das pessoas afetadas. Esse estigma pode afetar negativamente a autoestima, a recuperação e a qualidade de vida dos indivíduos com esquizofrenia, bem como impactar suas interações sociais e oportunidades de emprego e educação.
A conscientização desempenha um papel fundamental na quebra desse estigma. Iniciativas educacionais, campanhas de sensibilização e disseminação de informações precisas sobre a esquizofrenia são essenciais para desafiar as percepções errôneas e promover uma compreensão mais compassiva da condição.
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Ao aprender sobre os fatores biológicos, genéticos e ambientais que contribuem para a esquizofrenia, bem como os avanços na pesquisa e tratamento, a sociedade pode começar a desfazer os mitos que cercam essa doença mental.
Diversas organizações e grupos de apoio estão trabalhando para aumentar a conscientização sobre a esquizofrenia e reduzir o estigma associado a ela. Esses esforços incluem compartilhar histórias de superação, oferecer informações precisas e acessíveis ao público em geral e promover diálogos abertos sobre saúde mental.
A conscientização não apenas ajuda a criar um ambiente mais inclusivo e solidário para as pessoas com esquizofrenia, mas também contribui para uma sociedade mais informada e empática em relação às questões de saúde mental em geral.
Sintomas da esquizofrenia
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De acordo com o site Saúde, da editora Abril, a esquizofrenia é um transtorno caracterizado por uma ampla gama de sintomas que podem afetar diversos aspectos da vida de um indivíduo. Esses sintomas são frequentemente agrupados em duas categorias principais: sintomas positivos e sintomas negativos.
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Sintomas positivos
Os sintomas positivos incluem fenômenos que não são típicos em indivíduos saudáveis, como alucinações, que são percepções sensoriais sem estímulos externos reais, e delírios, que são crenças falsas e irrealistas que não são influenciadas pela lógica ou pela evidência. O pensamento desorganizado também é um sintoma positivo, caracterizado por dificuldades em manter um fluxo lógico e coerente de pensamentos.
Sintomas negativos
Por outro lado, os sintomas negativos envolvem a diminuição ou perda de funções que são geralmente presentes em pessoas saudáveis. Isso inclui a apatia, que se manifesta como uma falta de motivação e interesse em atividades, bem como o afeto embotado, no qual as expressões emocionais são reduzidas. Alogia é outra característica negativa, resultando em uma diminuição na quantidade de fala espontânea e respostas verbais curtas.
Além dessas categorias, existem subtipos de esquizofrenia que podem diferir em termos de sintomas predominantes.
Subtipos de esquizofrenia
O subtipo paranoide envolve delírios de perseguição ou grandeza, enquanto o subtipo desorganizado pode apresentar comportamento e fala desorganizados. A esquizofrenia catatônica é marcada por alterações nos movimentos voluntários do indivíduo, podendo incluir imobilidade ou agitação excessiva.
Também são sintomas:
- Dificuldades no aprendizado desde a infância;
- Apatia;
- Pouca vontade de trabalhar, estudar ou interagir com os outros;
- Não reagir diante de situações felizes ou tristes;
- Vozes que surgem na cabeça e outras alterações nos órgãos do sentido;
- Mania de perseguição inexplicável.
Como se dá o diagnóstico da esquizofrenia?
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O diagnóstico e a avaliação da esquizofrenia envolvem um processo abrangente e bastante delicado que requer a consideração cautelosa dos sintomas, histórico médico e fatores individuais. Identificar a esquizofrenia é fundamental para proporcionar tratamento e suporte adequados aos indivíduos afetados.
O diagnóstico clínico da esquizofrenia baseia-se em critérios estabelecidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), como informa a Wikipédia. Os sintomas positivos, sintomas negativos e a duração dos sintomas são fatores cruciais para o diagnóstico. No entanto, é importante também descartar outras condições médicas ou psiquiátricas que possam estar contribuindo para os sintomas.
A avaliação multidisciplinar é essencial para uma compreensão completa das necessidades do paciente. Além da avaliação clínica, a colaboração entre psiquiatras, psicólogos e outros profissionais de saúde mental é fundamental.
Entrevistas detalhadas com o paciente e, se possível, com membros da família ou cuidadores, podem fornecer pontos valiosos sobre o histórico do paciente e a gravidade dos sintomas. O processo de diagnóstico também inclui descartar outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes à esquizofrenia, como transtornos do humor, transtorno bipolar ou transtornos de ansiedade.
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Uma avaliação completa pode ajudar a distinguir a esquizofrenia de outras doenças mentais, garantindo um diagnóstico mais preciso e direcionado. O diagnóstico precoce da esquizofrenia é crucial para iniciar o tratamento o mais cedo possível, melhorando as perspectivas de recuperação e qualidade de vida.
Com uma abordagem holística que considera os aspectos médicos, emocionais e psicossociais, os profissionais de saúde podem fornecer um tratamento personalizado que atenda às necessidades individuais de cada paciente.
De acordo com o psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, Wagner Gattaz, a demora no diagnóstico, os preconceitos e estigmas podem retardar e prejudicar o diagnóstico do paciente.
“Há uma demora de sete anos entre os primeiros sinais e a detecção do transtorno”, sinaliza o psiquiatra Wagner Gattaz, em entrevista à Veja Saúde. Quando o diagnóstico é feito de maneira rápida, o tratamento torna-se mais efetivo e há um prognóstico favorável a futuro.
Estar atento à mudança brusca de algumas características, como a perda repentina de vontade frente a algo que trazia prazer ou despertava interesse ou a sensação exagerada de perseguição, principalmente no público mais jovem, é um indicativo para buscar ajuda médica profissional.
Tratamento
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Os remédios usados durante o tratamento, atualmente conhecidos como de segunda geração, provocam menos reações adversas graves aos pacientes, já que interferem menos em substâncias cruciais, como a serotonina.
Somente um médico psiquiatra pode avaliar o caso. Se não surtir efeito, então outras incursões terapêuticas são prescritas, já com alguns medicamentos da chamada primeira geração.
Ainda assim, caso ambas não tenham o efeito esperado, outros remédios podem ser prescritos, como a clozapina, que é considerada como pioneira no tratamento da esquizofrenia.
Devido a que esse medicamento pode afetar a produção de glóbulos brancos, é necessário fazer antes um exame de sangue, para que somente depois, o médico psiquiatra indique o medicamento sem maiores riscos colaterais.
Entretanto, conforme explica o site Veja Saúde, no exterior já existem outros medicamentos com versão aprovada e que estão na última fase de testes. Uma pesquisa assinada por especialistas de uma universidade Sueca, com apoio do laboratório Janssen, observou que os fármacos injetáveis reduzem a mortalidade dessa população em até 33%, frente aos remédios tomados diariamente.
Além dos fármacos, também é necessário que o paciente conte com o apoio terapêutico de psicólogos especialistas no tratamento da esquizofrenia. A terapia cognitivo-comportamental é uma das mais indicadas, já que ajuda a entender as emoções e o pensamento, além de ajudar a identificar os potenciais gatinhos que podem desencadear surtos.
Contudo, o abuso de drogas ilícitas ou lícitas podem desencadear quadros mais severos.
“O estresse e o uso de drogas como o álcool e a maconha são dois dos principais disparadores dos novos episódios de paranoia”, explica o psiquiatra Helio Elkis, coordenador do Programa de Esquizofrenia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
No entanto, é necessário que a sociedade se conscientize da necessidade do devido acolhimento aos pacientes com esquizofrenia e se livre dos preconceitos e estigmas contra essas pessoas.
Quando o distúrbio está bem controlado, é possível ter uma vida normal, mas é importante também ter o devido suporte familiar e até mesmo da comunidade, para que todo o tratamento faça efeito e o paciente adquira uma melhora de vida.
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*Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.