As dúvidas a respeito da quantidade e da qualidade do sexo acabam assombrando muitos casais, principalmente por aqueles que passam por uma baixa na frequência.
Os relacionamentos afetivos e amorosos costumam movimentar nossas vidas, e dentro da intimidade dos casais adultos, as relações sexuais são comuns. Mas pouco se fala sobre os momentos de baixa frequência sexual, aqueles períodos em que o casal ou uma das partes não se sente confortável ou não tem desejo para a intimidade.
Esses períodos são extremamente naturais, principalmente em casais que estão juntos há muitos anos, passando por situações financeiras, profissionais e afetivas que podem sim abalar a libido e o desejo. Mas a pergunta que não quer calar é: afinal, é possível manter um casamento sem sexo?
A resposta para essa pergunta é muito simples: depende. Sim, manter um casamento ou relacionamento sem intimidade sexual é uma possibilidade – e existe com mais frequência do que muitos imaginam –, mas não pode afetar a intimidade afetiva. Tudo vai depender do casal em questão, das necessidades e dos desejos de cada um, assim como do nível de envolvimento e de parceria que as pessoas têm.
Casamento sem sexo existe
Muitos casais conseguem ficar anos sem manter relações sexuais sem que isso necessariamente afete outros âmbitos da vida, mas isso ocorre por uma sucessão de fatores. Por exemplo, em alguns casos, as pessoas já possuem naturalmente uma baixa libido, e não se importam em permanecer longos hiatos sem manter relações íntimas, sendo um processo natural do casal, que não afeta e não impacta negativamente a vida a dois.
Em outros casos, o casal possui um envolvimento tão profundo, uma parceria de vida realmente saudável, realizações em outros âmbitos da vida, como na paternidade e/ou maternidade, no quesito profissional e até na vida social, que essa parte íntima acaba não afetando o casamento, sendo possível não ter uma frequência, ou até mesmo nem fazer sexo.
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Também existem aqueles casamentos que não são monogâmicos, e quando um está com libido em baixa, não se importa em deixar que o outro mantenha relações sexuais com terceiros. Ou até existem os trisais ou relacionamentos poliamorosos, de fato, a infinidade de envolvimentos amorosos existe.
Meu parceiro não quer sexo, e agora?
Bom, em primeiro lugar, é preciso lembrar que as relações sexuais só podem ocorrer com o consentimento expresso do parceiro ou parceira, e isso vale também para os casamentos de longa data. Dito isso, existem sim alguns casos em que uma das partes não está afim de manter a intimidade em dia, enquanto a outra quer.
O primeiro passo, de acordo com especialistas da área, é buscar o diálogo e o equilíbrio no relacionamento. Investigar o que pode causar esse afastamento de uma das partes, descobrir se existem coisas que podem melhorar (não apenas na vida sexual, outros âmbitos da vida impactam diretamente na vontade de transar) e estar aberto para a conversa. Nem sempre as coisas que serão ditas são confortáveis, mas se o casal planeja ficar junto, esse pode ser um bom começo.
Em casos onde um fator externo afeta a vida íntima, traçar um plano que possa resolver a situação a curto, médio e longo prazo, pode ser uma saída. Por exemplo, não estão afim de transar porque a vida financeira está abalada. Comecem a cortar gastos e tracem uma meta para solucionar o problema e juntar dinheiro futuramente, buscando o equilíbrio econômico. Ou estão passando por uma reforma em casa e a libido está abaixo de zero: separem um momento a dois, às vezes pagar uma noite em um hotel ou até mesmo compreender esse processo e esperar que ele se encerre.
Vale lembrar que até mesmo a forma como você trata seu parceiro ou parceira no dia-a-dia pode afetar a libido. Ser mais gentil e respeitoso, dividir igualmente as tarefas de casa, ajudar na educação das crianças ou equilibrar o cuidado de familiares, por exemplo. Existem muitos problemas que impactam na vida sexual, por isso o diálogo pode ser a melhor saída. Consultar um especialista ou frequentar terapia de casal também costuma ajudar.