No último fim de semana, centenas de adeptos se reuniram no centro de Boston, EUA, em um hotel da rede Marriott para a 17ª edição do SatanCon, considerada a maior reunião de satanistas do mundo.
Participantes de diversas partes dos EUA e do exterior estiveram presentes e participaram de vários rituais, incluindo o “desbatismo” realizado na Little Black Chapel, um templo criado dentro do hotel para as cerimônias.
Um vídeo viralizado nas redes sociais mostrou uma mulher, que atuava como sacerdotisa, rasgando páginas de uma Bíblia no altar.
Confira:
O “desbatismo” é um ritual simbólico em que os satanistas rejeitam os ritos religiosos aos quais foram submetidos quando crianças. O movimento é liderado pelo Satanic Temple, que é reconhecido como uma religião pelo governo dos EUA e possui ministros e congregações na América do Norte, Europa e Austrália.
Os membros do Satanic Temple afirmam que não acreditam em Lúcifer ou em um Inferno literal. Ao invés disso, veem Satanás como uma metáfora para questionar a autoridade e fundamentar suas crenças na ciência. O senso de comunidade em torno desses valores compartilhados é o que caracteriza o movimento satanista como uma religião, de acordo com seus seguidores.
![Maior evento satanista do mundo reúne centenas de adeptos em hotel de Boston](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/05/Screenshot_3-7.jpg.webp)
Durante rituais, os adeptos utilizam símbolos de Satanás, incluindo a celebração de casamentos e a adoção de novos nomes. Isso pode envolver ter uma cruz de néon invertida em um altar e proclamar: “Salve Satã!”.
Para muitos cristãos, essas práticas são consideradas uma “blasfêmia grave”. Nas redes sociais, vários cristãos defendem a maneira severa como os países islâmicos lidam com satanistas e outras formas de “blasfêmia”.
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Dex Desjardins, porta-voz do The Satanic Temple, concorda que muitas das imagens do movimento são inerentemente blasfemas. No entanto, os satanistas afirmam que respeitam o direito de cada pessoa escolher sua própria fé e não têm a intenção de incomodar os outros.
Enquanto isso, manifestantes cristãos de várias denominações se reuniram do lado de fora do hotel, segurando cartazes condenando o movimento religioso.
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