Nossa maior chance de evoluir espiritualmente está nos familiares, que nos dão a maior chance de crescimento, de ação, de modificação, aprendizado e desenvolvimento.
Uma das palavras mais fortes e reconfortantes do nosso vocabulário é família, nela encontramos estrutura, apoio, aconchego, compreensão e amor. Mas nem sempre é assim, nem tudo é perfeição. Há quem diga que “parente é serpente”, que não existe família ideal ou que nasceu na família errada mas, na verdade, o destino nunca erra o endereço e nascemos na família a que pertencemos, onde há até aquelas pessoas com quem temos menos afinidade, mas que nos auxiliarão em nossa evolução.
A palavra família vem do latim famulus e significa grupo de escravos ou servos pertencentes ao mesmo patrão. Bem diferente do conceito que temos hoje, afinal a família, ao longo do tempo, veio se ajustando, modernizando, evoluindo, conforme o desenvolvimento da sociedade, por isso digo que a família é tão generosa e receptiva que se molda às necessidades dos seus entes queridos e, mesmo assim, nós nos enraivecemos, batemos pé e gritamos: “odeio a minha família”.
Muito já ouvi: “tenho vergonha da minha mãe”, “não gosto do meu pai”, “meus irmãos são uns carrascos”, mas infelizmente todos estes que podemos odiar um dia, muitas vezes, até com razão, estarão conosco pela eternidade, pois com eles dividimos algo intransferível: nosso DNA. Nosso DNA está presente em cada um deles, seja no sorriso da mãe, no olhar do pai, nas mãos do irmão, ele está nos unindo de alguma forma, e isso não podemos negar, não podemos negar nosso “sangue”.
Por mais difícil que seja a aceitação, esses entes serão os mais próximos que você terá para o resto da vida, com os quais está interligado por causa de uma necessidade que todos temos, que se chama “karma”.
Na família, reside nosso maior “karma”
Karma, em sânscrito, quer dizer “ação”. Como muitos pensam, não é ruim nem nunca o foi, pois o “karma” é a oportunidade de aprender, de evoluir, de passar por uma etapa, por isso nascemos na família certa, estamos ligados além do DNA por afinidades e rejeições, porque na família está nosso maior “karma”. Em outras palavras, nossa maior chance de evoluir espiritualmente está nos familiares, que nos dão a maior chance de crescimento, de ação, de modificação, aprendizado e desenvolvimento.
Podemos notar duas situações na família, onde estão aqueles com quem temos afinidade e aqueles que rechaçamos, com quem não conseguimos conviver de jeito nenhum. A afinidade ocorre quando a relação é harmônica, feliz, fácil, sem cobranças, com entendimento, tolerância, enquanto o “karma” se dá quando a relação é conturbada, conflitante, insuportável. E é destes que devemos nos aproximar, de quem guardamos mágoa, não conseguimos perdoar. É com essas pessoas e da experiências vividas com elas que devemos resgatar nosso “karma”, reverter esse tsunami de sentimentos ruins, aprender, amar e compreender para o nosso próprio desenvolvimento.
Deus, na sua bondade infinita, colocou-nos em uma família para aprendermos a amar aqueles com quem um dia tivemos dívidas e desentendimentos. Mas Ele não nos deixou sozinhos, ao nosso lado, dentro da família, também inseriu anjos para amenizar nosso sofrimento e nos permitir evoluir, resgatando esses débitos com aqueles que tanto nos magoam.
Esses anjos em forma de filhos, noras, genros, pai, irmãos, mãe, tios, primos estão ao nosso dispor para nos compreender, amar e fazer com que nosso “karma” não seja tão pesado.
Quando somos crianças, não temos voz ativa, temos de nos moldar à vontade de nossos pais ou tutores, mas quando crescemos, cercamo-nos de quem nos faz feliz, da família que escolhemos, dos amigos, do marido ou da esposa, da família do companheiro. Estamos criando laços que escolhemos para nossa vida, e isso não quer dizer que estamos livres do “karma”, pois ele continua nos ensinando a evoluir.
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Resumindo: em nossa vivência, aprendemos mais e mais, seja pelo amor ou pela dor, mas aprendendo, seja com gosto ou a duras penas, por isso devemos aproveitar ao máximo as experiências que o Universo nos envia, com tolerância, capacidade de amar e empatia, porque a lição será dada, de qualquer forma, você terá de aprender nesta ou na próxima, então o que está em jogo é a sua capacidade de adaptação diante das adversidades.
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