Os melhores momentos não têm filtros, poses, máscaras. Não são falsos, não precisam de ser. Ninguém tem critério sobre o que sabe melhor para nós, o que nos dá vida, nos faz sentir elétricos, com mais alma.
O que parece melhor normalmente não tem conteúdo. Não tem garra, não dá adrenalina.
Hoje o Mundo parece tão fotogénico demais, que até os concertos estão lotados com pessoas com ecrãs em vez de olhos.
Ignoramos os sentidos e sentimentos, para colocarmos armaduras em forma de gadgets, colocando um vidro que serve de montra para a nossa felicidade forçada e fingida.
Vejo as meninas mais novas, e elas têm como ideal de vida mulheres que falam e se vestem como bonecas, modelos perfeitos do que os homens desejam, do que as outras mulheres invejam, mas alguma vez se perguntaram: “é ser assim que me faz feliz?”
Talvez seja medo do desconhecido, do diferente. Porque normalmente quem é autêntico é visto como excêntrico, exagerado, parecendo querer chamar a atenção, quando na verdade aquilo não é para parecer bem, mas a expressão perfeita do que lhe faz sentir bem.
E é isso que devemos parecer: quem realmente queremos ser, que na verdade é quem somos e quem nos estamos a tornar, pela magia do querer.
Aquele que embarca na entusiasmante viagem do autoconhecimento, percorre a ponte de quem é e de quem se quer tornar, e percebe que ambas as coisas fazem parte do mesmo.
Por isso para quê fingir? O presente e o futuro devem estar interligados, sem modas nem tendências, porque a personalidade própria deve ser o teu objetivo de vida, e não uma fase.
Fases passam, roupas e fotografias são descartáveis pela memória. Mas ninguém se vai esquecer da sua própria felicidade num determinado momento da sua história, especialmente se a tiver levado consigo para o presente.
Felicidade é sem filtros, porque não é pré-imposta pela sociedade, encaixada num esquema, num software, num programa. Felicidade não é programada, planeada – é sentida, vivida, é uma força maior que transparece através de ti.