O filme “Águas que Corroem” apresenta uma abordagem impactante sobre temas como violência sexual, provincianismo e tráfico de drogas. Jennifer McGowan, a diretora, foge dos clichês do gênero, evitando assassinos em série sedentos por sangue e rituais satânicos. Ela prioriza a narrativa em si, explorando-a de maneira inteligente.
A experiência de ser mulher em um mundo construído para homens não é fácil. Mesmo as pessoas mais liberais têm pensamentos estereotipados. O desafio é saber até onde as pessoas conseguem reprimir seus piores instintos e onde estão aqueles que os alimentam.
Filme “Águas que Corroem” revela maestria da diretora Jennifer McGowan
McGowan mostra sua habilidade em fazer do filme “Águas que Corroem” um de seus melhores trabalhos. A história se passa em uma cidade rural do Kentucky, dominada gradualmente pelo comércio de opioides.
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A protagonista, Sawyer, uma universitária em busca de oportunidades profissionais, acaba se perdendo em uma floresta devido a um erro do GPS. Nesse cenário hostil, com árvores nuas e folhas secas pelo inverno rigoroso, Sawyer é abordada por Hollister e Buck, dois criminosos que começam a assediá-la.
No entanto, eles subestimam a determinação e força da jovem. A partir desse momento, o filme se vale do terror psicológico para explorar o destino de Sawyer, enquanto ela luta contra seus agressores.
Reviravoltas surpreendentes que mantêm o público em suspense
O que torna o filme “Águas que Corroem” realmente interessante é a habilidade de McGowan em adicionar camadas de tensão à história principal, com subtramas que, mesmo sendo desenvolvidas dentro do suspense, não enfraquecem o argumento original. Pelo contrário, elas o enriquecem e justificam o conflito central do roteiro escrito por Julie Lipson.
Desde as reviravoltas iniciais, fica claro que a personagem de Sawyer, interpretada brilhantemente por Hermione Corfield, é quem controlará o jogo, evidenciando a abordagem feminista adotada pela diretora. A jornada dos vilões Hollister e Buck é gradualmente destruída, enquanto Sawyer enfrenta Lowell, o fabricante de metanfetamina interpretado por Jay Paulson.
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A relação entre eles se torna complexa e simbiótica, envolvendo uma síndrome de Estocolmo realista e compreensível, considerando as circunstâncias da personagem. Além disso, o xerife O’Doyle, interpretado por Sean O’Bryan, desempenha um papel crucial como o principal antagonista, completando o arco de psicopatia refinada que conecta os cinco personagens.
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É gratificante assistir a um filme que aborda questões importantes sem cair no panfletarismo como uma ferramenta para manipular o público.
O filme “Águas que Corroem” é repleto de metáforas corrosivas, como explicado por Lowell em uma cena que revela sua atividade ilegal. Ele serve como um alerta para as mulheres, encorajando-as a enfrentar desafios imprevisíveis, assim como um riacho que flui em direção ao desconhecido. Apesar de aparentemente inofensivo, nunca se sabe o que está escondido sob sua superfície.
Um turbilhão de emoções que varia entre tensão, alegria, tristeza e surpresa
Em conclusão, “Filme: Águas que Corroem”, dirigido por Jennifer McGowan em 2018, é uma obra impactante que aborda temas como empoderamento feminino, violência sexual, provincianismo e tráfico de drogas. Com elementos de drama, suspense e policial, o filme oferece uma narrativa poderosa e envolvente que desafia os clichês do gênero.
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Disponível para assistir na Netflix, essa produção oferece uma experiência cinematográfica envolvente e reflexiva, destacando o talento da diretora e do elenco em explorar questões relevantes da sociedade atual. Prepare-se para ser emocionado e confrontado por essa poderosa história que coloca as águas turbulentas do feminismo em evidência.
“Águas que Corroem” é um filme que adiciona camadas de tensão à história central, apresentando subtramas que enriquecem a trama principal. A personagem de Sawyer, interpretada de forma admirável por Hermione Corfield, emerge como uma figura corajosa e determinada, combatendo agressores e desafiando as expectativas impostas pela sociedade.
Ao abordar temas sensíveis e promover a reflexão, o filme consegue equilibrar sua mensagem feminista sem cair no panfletarismo. Ao invés disso, ele oferece uma experiência cinematográfica impactante, mantendo o público engajado do início ao fim.
Por fim, o “Filme: Águas que Corroem” é uma produção que vale a pena ser assistida. Com seu elenco talentoso, direção habilidosa e narrativa poderosa, ele deixa uma impressão duradoura ao abordar questões relevantes e inspirar reflexões sobre empoderamento feminino e superação. Prepare-se para ser envolvido por esse filme cativante, que oferece uma visão única e necessária sobre as complexidades do mundo contemporâneo.