Gal Costa, que faleceu aos 77 anos, vivia em um dos bairros mais tranquilos e nobres da capital paulista.
No último dia 9 de novembro, o Brasil lamentou a morte de Gal Costa. Aos 77 anos, a cantora faleceu em sua casa, no Jardim Europa, São Paulo.
Gal, que conquistou milhares de fãs em suas décadas de carreira, escolheu morar em um dos bairros mais ricos e tranquilos da capital. A rua de Gal Costa é abastecida com diversas casas grandes com muros altos, além de muitas árvores e verde, tornando o local um ambiente muito propício para quem ama estar em contato com a natureza.
No entanto, não é qualquer pessoa que pode morar na região escolhida por Gal Costa. De acordo com informações apuradas pelo Terra, as casas na região custam a partir de R$ 3 milhões.
Gal Costa certamente tinha uma ótima condição financeira, fruto do sucesso que conquistou com o seu trabalho ao longo dos anos. No entanto, apesar da riqueza, ela não esbanjava. Tinha uma casa cara, mas que priorizava o conforto.
A mansão da cantora possui uma arquitetura moderna e sem ornamentos. Para deixar os curiosos do lado de fora, o portão da casa é de ferro e é acompanhado de um muro de pedras. A casa simples mas elegante, era um reflexo da personalidade da dona, que tinha muito a ser apreciado, mas não apreciava a superexposição.
Para Gal Costa, o seu lar era como o seu templo. Portanto, revistas e publicações nas redes sociais não eram algo a ser cogitado.
Cantora de renome do portão para fora, dentro de sua casa ela se contentava em ser namorada de Wilma e mãe de Gabriel, de 17 anos.
A casa, que agora será cuidada por seus familiares, tinha uma importância especial para a cantora. Nascida em Salvador e morando no Rio durante muitos anos, Gal vivia na casa na capital paulista de 2012.
Filme sobre Gal Costa
Um filme sobre a vida de Gal Costa está em produção desde antes de sua morte. Protagonizado por Sophie Charlotte, “Meu nome é Gal” terá como foco acompanhar a trajerória de sucesso da cantora, desde o início na Bahia, a mudança para o Rio e posteriormente para São Paulo, em 1996, até o início dos anos 1970, quando Gilberto Gil (Dan Pereira) e Caetano Veloso (Rodrigo Lelis), que se uniram a ela no movimento tropicalista, são presos e acabam encontram exílio na Europa.
O filme já estava todo filmado quando a cantora morreu, no último dia 9. Gal fazia questão de participar da criação da sua história para o cinema e, segundo publicado pela Veja Rio, ela chegou a mandar uma mensagem para as diretoras do longa dizendo que o seu filme tinha que ser bonito, não poderia ser “mais ou menos”.
Dandara Ferreira, amiga de Gal Costa e codiretora do longa-metragem ao lado Lô Politi, soube assim que a amiga faleceu que a obra que já estava praticamente finalizava precisaria de uma ressignificação, muito mais profunda.
Por conta disso, todo o filme será revisto em busca de melhorias e complementações.
O ápice do longa, que também conta com nomes como Camila Márdila (como Dedé Gadelha, primeira mulher de Caetano), George Sauma (Waly Salomão) e Luis Lobianco (o empresário Guilherme Araújo), acontecerá com o lançamento do álbum “Fa-tal —Gal a todo vapor”, em 1971.
O objetivo de Dandara agora é oferecer um novo desfecho para a obra. Ela comentou que muitas coisas aconteceram na vida da cantora nos últimos 50 anos, e que a equipe precisa encontrar um final alegre, focado na sua música que impactou a tantas pessoas.