Duas irmãs gêmeas separadas no nascimento e reunidas após 13 anos têm sua história contada em um livro intitulado “Irmãs em algum lugar: uma história sobre adoção, identidade e o significado”, escrito por Erika Hayasaki e lançado em 11 de outubro.
As irmãs, Isabella Solimene e Ha Nguyen, nasceram no Vietnã em 1998. Devido às circunstâncias precárias, sua mãe não pôde criá-las, resultando em desnutrição para ambas. Na esperança de proporcionar uma vida melhor, a mãe entregou Ha à sua irmã, tia da menina, enquanto Isabella foi levada a um orfanato, onde permaneceu por quatro anos antes de ser adotada por um casal rico e branco em Chicago, nos Estados Unidos.
As vidas das duas irmãs se desenvolveram separadamente até que a mãe de Isabella se interessou por estudos especializados em psicologia de gêmeos e decidiu embarcar em uma missão para reunir as meninas.
Ela viajou para o Vietnã e começou sua busca, conversando com funcionários do orfanato em busca de pistas sobre a irmã que permanecera no país. Depois de uma extensa busca, ela conseguiu localizar Ha e, aos 13 anos, Isabella foi levada ao Vietnã, onde finalmente reencontrou sua irmã.
![Após 13 anos, gêmeas vietnamitas separadas no nascimento se reencontram](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/06/Screenshot_280.jpg.webp)
No início, o reencontro foi descrito como “estranho”, já que elas não conseguiam se comunicar devido à barreira do idioma, mas ao longo do tempo, elas conseguiram encontrar coisas em comum.
O livro relata que Ha foi criada em uma vila humilde com escassez de eletricidade na região costeira do Vietnã, enquanto Isabella cresceu em um subúrbio rico de Chicago, tendo cinco irmãos.
Desde os primeiros anos de suas vidas, as duas meninas foram informadas de que tinham uma irmã gêmea, mas achavam que seria impossível se conhecerem devido à distância entre os países em que viviam.
No momento do reencontro, as irmãs descobriram não apenas semelhanças físicas, mas também o amor pelo futebol. Isabella compartilhou em seu blog: “Ha e eu passamos nosso primeiro dia juntas no parque de diversões VinPearl. Fizemos muitas coisas divertidas, desde um passeio de carrossel até toboáguas, piscinas de ondas e rios lentos. Mas o mais legal foi jogar futebol na praia do Mar da China Meridional. Descobrimos que não importa o idioma que você fala quando joga futebol. Não conseguir nos comunicar tem sido difícil, mas conseguimos estabelecer uma conexão mesmo assim”.
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Isabella também descreveu suas impressões ao visitar o local onde Ha vivia: “Senti uma profunda tristeza quando a vi em casa pela primeira vez. Era uma casinha de cimento com apenas uma cama e um mosquiteiro para protegê-la da malária. Você se pergunta: como duas pessoas tão parecidas podem estar vivendo duas vidas tão diferentes? A zona rural do Vietnã não poderia ser mais diferente dos subúrbios de Chicago. A casa dela fica entre campos de arroz e estradas de terra. Estar no campo me ensinou que as pessoas podem ser felizes sem as posses mundanas, mas também me ensinou que as pessoas que vivem lá têm muito menos oportunidades”.
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Após o fim da viagem, a mãe de Isabella ajudou a pagar a matrícula de Ha em uma escola particular de elite no Vietnã, onde ela aprendeu inglês. Ela também forneceu a Ha um celular, laptop e uma conexão estável com a internet para que pudessem se comunicar. Em 2016, Ha mudou-se para os Estados Unidos para passar mais tempo com Isabella, indo morar com a família dela e concluindo o Ensino Médio em Chicago.
Posteriormente, as irmãs frequentaram a mesma faculdade por quatro anos. Atualmente, elas continuam próximas e ambas vivem nos Estados Unidos.
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