Há quanto tempo você não sente o seu coração disparar, a mão transpirar, sua barriga ruindo como se tivesse um ninho de borboletas tentando escapar de dentro de você?
Aquele medo que surge frente ao novo, ao inesperado, a epifania que estremece cada célula e te prepara para uma nova etapa da vida.
Diga-me, quando foi a última vez que se sentiu assim?
Esquecemos as maravilhas do novo!
Lutamos tanto pela estabilidade e pelo controle, que ao passar do tempo perdemos a espontaneidade, chegamos até a pensar que o universo desistiu de nos surpreender. E nesta busca pelo empoderamento social (carreira, dinheiro, sucesso, status, likes, seguidores, poder) permitimos que nossos verdadeiros sonhos, expectativas e desejos fossem anestesiados.
Esquecemos as cores da espontaneidade!
Nunca estivemos tão alienados! Trabalhamos, compramos, pagamos, corremos, falamos, desejamos, lutamos, mas sem saber o porquê, muitas vezes, nem encontramos o sentido entre estas ações, acordamos diariamente sem motivações, investimos em ser o que nunca sonhamos, somos mobilizados e adestrados a cumprir obrigações e tarefas sociais, muitas delas necessárias, mas ninguém alcança a paz e felicidade interior neste estado de coma em que vivemos. Nunca teremos um mundo melhor, sem nos tornarmos o melhor para o nosso mundo?
Esquecemos o propósito!
Faça um teste, por uma semana, veja suas redes sociais, observe o movimento humano, a quantidade de rancor, raiva, medo, inveja, ironias, agressões, acidez, autoritarismo, e antes mesmo que você responda que a opinião alheia não representa a sua, todo seu ser já consumiu aquele conteúdo, é disso que nos alimentamos diariamente, ao dormir e acordar. E muitas vezes assumimos o papel de especialista de todos os assuntos, sem imaginar que palavras não se apagam, e sempre encontram morada em outra alma. Não nos importamos mais com a verdade e com o outro. Doa a quem doer, não é mesmo? Salve a Amazônia, Salve a Somália. Eu digo: Salve a si mesmo! Se você não estiver vivo e consciente, nada poderá fazer!
Esquecemos quem somos!
E assim doutrinamos a nossa alma a não querer e nem ousar ir além, e o caminho que antes parecia impossível se torna rota diária da sua vida, a direção de IR CONTRA A SI MESMO.
Então, se você algum dia achou que o mundo estava contra você, ele não agiu sozinho! Certamente, ele se aliou a você nesta batalha.
Esquecemos a nossa direção!
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