É através de histórias infantis que as crianças começam a ter contato com o mundo do imaginário e conseguem dar asas a fantasia. Também é através do primeiro contato com leituras e histórias infantis que as crianças passam a desenvolver inúmeras habilidades físicas e mentais.
Entre as habilidades que destacamos, estão a criatividade, a linguagem e a empatia. Quando as crianças que leem ou ouvem histórias passam a ter contato com esse tipo de atividade, elas terminam desempenhando outras funções até sociais, como animar outros amiguinhos e irmãos, ensinar, etc.
Além de tudo, ler histórias infantis para crianças antes de dormir faz com que se crie um elo ainda mais profundo entre pais e filhos. A atividade vai além de acalmar a criança e prepará-la para dormir, mas termina fortalecendo os laços de afeto.
Alguns benefícios da leitura de histórias infantis
![17 histórias infantis para ajudar a dormir: benefícios da leitura e interpretação](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/06/17-historias-infantis-para-ajudar-a-dormir-imagem-1.jpg.webp)
Promove a criatividade: quando a criança lê ou escuta uma história, ela passa a desenvolver os personagens com uma grande riqueza de detalhes;
Otimismo: boa parte das histórias possuem um final feliz. Quando uma criança entra em contato com essas histórias, ela passa a ser mais otimista;
- Biografias: Warwick Estevam Kerr: o brasileiro que criou abelhas assassinas e transformou a apicultura
Cultura: através da leitura ou da escuta de histórias, muitas crianças aprendem sobre diversas culturas e sobre respeitar cada uma delas;
Solução de problemas: em todas as histórias sempre existe um problema central. A criança passa a entender que com as devidas atitudes, ela pode chegar a solucionar algum tipo de conflito.
Veja algumas histórias infantis que selecionamos para você ler para seu filho:
A Bela Adormecida
Em um reino muito longe, existia um rei e uma rainha que estavam muito contentes, pois aguardavam a chegada de sua primeira filha.
Um dia, a rainha deu à luz à linda menina, que recebeu o nome Aurora. No dia do batismo, os pais fizeram uma festa e convidaram as fadas do lugar. Cada uma delas ofereceu como presente uma dádiva, uma bênção.
Entretanto, uma fada não foi convidada, e ela ficou muito zangada. Assim, no dia da festa, resolveu aparecer de surpresa e lançou um feitiço na pequena menina, dizendo que quando completasse 15 anos picaria o dedo em uma roca de fiar e morreria.
Todos ficaram muito assustados. Mas uma das fadas boas ainda não tinha concedido sua bênção e conseguiu alterar a maldição dizendo:
— Eu não posso desfazer completamente o encantamento, mas posso mudá-lo. Assim, Aurora picará o dedo na roca, mas não morrerá. Ela irá dormir por cem anos e só despertará com o beijo de um príncipe.
Os pais de Aurora ficaram aflitos e mandaram destruir todas as rocas do reino. O tempo passou e tudo parecia calmo.
Até no dia do aniversário de 15 anos da princesa, ela resolve dar uma volta pelos arredores do castelo e adentrar a floresta.
Lá encontra uma cabana e decide entrar. Eis que encontra um objeto que nuca tinha visto antes, uma roca!
Aurora então, muito curiosa, coloca o dedo na agulha e se pica, caindo em sono profundo.
Uma das fadas boas que passava pelo lugar, entra na cabana e vê a garota adormecida. Ela então a leva para o castelo e a deita em sua cama. O feitiço acaba adormecendo todos os habitantes do castelo também.
Os anos passam e a floresta toma conta do lugar. A história da bela adormecida fica conhecida por todos como uma lenda e muito príncipes tentam chegar até lá, sem sucesso.
Até que, passados cem anos, um príncipe corajoso consegue passar todos os obstáculos e encontrar a moça dormindo. Ele a beija e ela desperta, assim como todos do castelo.
Os dois se apaixonam e se casam, vivendo felizes para sempre.
Nessa história temos a ideia da transição para uma nova fase da vida. Quando a personagem principal passa um longo período de tempo dormindo, o significado mais favorável é que ela estaria crescendo psicologicamente, ou seja, amadurecendo.
A princesa somente acorda quando está preparada para enfrentar um novo desafio, que é a vida adulta. Ao encontrar-se com o lado masculino, que simboliza a psique, ela passa a ter contato com outras situações que exigirão novos esforços de sua parte.
A princesa e a ervilha
Há muitos anos, havia um príncipe que morava com seu pai em um reino muito distante. O moço andava triste, pois procurava em todo o canto, mas não encontrava uma princesa para se casar.
Assim, em uma noite fria e chuvosa, bateu à porta de seu castelo uma moça muito bonita. Ela estava encharcada e dizia ser uma princesa que havia ficado presa na tempestade, sem conseguir voltar para seu reino. Por isso, a jovem pedia ajuda e abrigo por aquela noite.
O rei, que a recebeu, ficou cismado se ela era mesmo uma princesa. Então, para ter certeza, preparou um aposento com sete colchões, um sobre o outro, e embaixo deles colocou uma pequena ervilha.
A moça foi levada ao quarto e estranhou aquela cama tão diferente, mas não questionou, pois estava muito cansada. Ainda assim, não conseguiu dormir direito.
Na manhã seguinte, o rei e o príncipe perguntaram à jovem como passou a noite e a moça respondeu:
— Agradeço muito a estadia, mas infelizmente não consegui ter uma noite de sono tranquilo. Senti alguma coisa me incomodando a noite inteira.
Com essa resposta, se teve a confirmação de que tratava de uma princesa verdadeira. Assim, o príncipe se apaixonou, pedindo sua mão em casamento. A princesa aceitou e eles viveram felizes para sempre.
Essa história nos remete à busca por alguém que possa ver para além do mundo material. Neste caso, o príncipe buscava alguém puro de coração e nobre de alma para ser sua companheira, que está simbolizada pela princesa.
Somente quando a jovem consegue sentir a ervilha embaixo de seus colchões, ela passa a entender a “essência” da vida, que simboliza tudo aquilo que não é possível ver com os olhos, mas que somente podemos sentir com os nossos corações.
Os colchões nessa história simbolizam as inúmeras camadas que a vida tem, a nível material, e que terminam sendo distrações vãs e supérfluas.
Branca de neve
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Há muito tempo, morava em um castelo uma rainha que estava bordando em frente a uma janela. Ao ver a paisagem coberta de neve, espetou o dedo na agulha.
Ela então fez um pedido: que tivesse uma filha branca como a neve, com os lábios vermelhos como o sangue os cabelos pretos como o a madeira de ébano.
Pouco tempo depois a rainha engravidou e teve uma linda menina com as características que havia desejado.
Mas infelizmente, ela morreu depois do nascimento de Branca, que ficou aos cuidados do pai.
Passado um tempo, o rei se casou novamente. A madrasta era uma mulher linda e vaidosa que tinha muito ciúmes e inveja da beleza da menina.
Por isso, ela consultava um espelho encantado e perguntava sempre:
— Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?
O espelho respondia que não, que a rainha era a mulher mais bonita de todo o reino.
Mas um dia, ao perguntar ao espelho, a resposta foi diferente. Ele disse:
— Ó minha rainha, você não é mais a mulher mais bonita do reino, pois Branca de Neve é a mais bela.
Então a malvada madrasta decide que Branca deveria morrer. Ela ordena que um caçador leve a menina até a floresta e arranque seu coração, trazendo-o como prova.
O caçador obedece à ordem, mas chegando na floresta, sente pena da menina e diz para ela fugir. Ele então mata um veado e pega seu coração para levar à rainha.
A partir desse momento, Branca de Neve passou a viver na floresta. Um dia, muito cansada, ela entra em uma casa e adormece em uma das camas. Os donos da casa eram sete anões e ficaram encantados ao vê-la dormindo.
Num susto, Branca acorda e faz amizade com eles. Ela passa a cuidar da casa, enquanto os homenzinhos trabalham.
Certa noite, a rainha descobre que sua enteada ainda estava viva, ao perguntar para o espelho. A malvada então se disfarça de velha camponesa e vai até Branca de Neve para lhe oferecer uma maçã envenenada. Ao morder a fruta, Branca cai em sono profundo.
Os anões, ao verem a jovem desacordada, a colocam em um caixão de cristal no meio da floresta.
Uma bela tarde, um príncipe que caminhava pelo lugar, vê a linda moça na caixa de cristal. Ele então a beija e ela acorda. Os dois se casam e vivem felizes para sempre.
Sendo um dos contos mais conhecidos de todos os tempos, a história nos apresenta a ideia de que em determinados momentos, devemos buscar a nossa própria transformação interior. Quando ela vai à floresta é como se ela estivesse adentrando em si mesma para tentar buscar respostas sozinha, longe do castelo e de sua madrasta.
Somente assim, a jovem consegue ganhar autonomia longe de sua zona de conforto. Na floresta, ela faz amizade com sete anões, que podem significar que ela estaria buscando recursos psicológicos para conseguir superar os momentos difíceis.
Ao adormecer, ela estaria explorando e assimilando as novas habilidades aprendidas, as quais ela usará futuramente em outros momentos.
Cinderela
Em um reino muito distante, existia um jovem casal que teve uma bela filha, a Cinderela. Eles moravam em uma casa muito bonita e eram felizes.
Mas um dia, a mãe morreu. Passado um tempo, o pai se casou novamente com uma senhora muito vaidosa que tinha duas filhas.
Quando o pai de Cinderela morreu, a madrasta e suas filhas passaram a tratar Cinderela como se fosse uma criada. Elas a obrigaram a fazer todo o serviço doméstico, dormir no sótão e se vestir com trapos.
Cinderela sofria muito, mas realizava as tarefas.
Certo dia, o vilarejo todo estava em polvorosa. Foi anunciado que o rei daria um baile para que o príncipe escolhesse aquela que se casaria com ele e se tornaria uma princesa.
Então todas as moças escolheram seus melhores vestidos para o evento. Menos Cinderela, que foi impedida pela madrasta de ir ao baile. Enquanto isso, suas “irmãs” estavam animadas provando vestidos caros.
Cinderela ficou muito triste e começou a chorar. Mas nesse momento, apareceu uma fada-madrinha que a ajudou. A moça ganhou um maravilhoso vestido azul-celeste cheio de brilhos. Seu cabelo também ficou incrível e ela estava pronta para o baile.
Além disso, a fada transformou uma abóbora em carruagem e um ratinho em cocheiro.
Cinderela podia, enfim, ir ao baile. Mas tinha um detalhe: ela deveria voltar para casa até meia-noite, que era quando o feitiço seria quebrado.
E assim a jovem se encaminhou à festa. Lá chegando, conheceu o príncipe, que ficou encantado. Os dois dançaram a noite toda.
Cinderela perdeu a noção do tempo e quando olhou o relógio, percebeu que faltavam poucos minutos para a meia-noite.
Então ela saiu correndo, apressada para chegar em casa.
O príncipe foi atrás dela, mas ela já tinha ido embora. Na pressa, Cinderela deixou cair um sapatinho de cristal.
O belo príncipe guardou o sapato com cuidado e no dia seguinte teve uma ideia para reencontrar sua amada.
Ele visitou todas as moças da região e as fez provar o calçado. O pé que se encaixasse seria o da nova princesa.
Então, quando o príncipe chegou na casa de Cinderela, suas irmãs já estavam prontas para vestir o sapatinho de cristal, mas obviamente ele não serviu.
O príncipe já estava indo embora, mas ao ver Cinderela, pediu que ela também experimentasse o sapato. Assim foi feito. Ao ver que o sapato era de Cinderela, ele ficou muito feliz e a levou para seu palácio, se casando com ela.
E então a jovem se tornou uma linda princesa e eles viveram felizes para sempre.
O conto de Cinderela também é conhecido por “Gata Borralheira” e seu significado vem atravessando os séculos nos mostrando o valor da superação.
Após ser severamente injustiçada e punida por suas irmãs e madrasta, a jovem passa a criar uma realidade paralela para si, na tentativa de transformar sua vida e sair do ambiente tóxico que vive.
A fada-madrinha pode ser entendida como um aspecto dela própria, que através da criatividade, consegue conquistar a tão sonhada autonomia.
A princesa e o sapo
Era uma vez uma jovem princesa que adorava brincar com sua bola dourada. Um dia, ela brincava próximo do lago real quando, sem querer, deixou o lindo objeto cair na água.
Ela ficou muito triste, pois não queria entrar no lago para resgatar a bola e molhar seu belo vestido.
Vendo a frustração da garota, um sapo que estava por perto disse:
— Ó princesa, porque está tão triste?
E ela respondeu:
— Minha bola de ouro caiu no lago e não posso pegá-la.
— Então deixe que eu pegue para você! Mas depois você deve me dar um beijo! – falou o sapo.
A jovem pensou um pouco, mas aceitou o combinado e prometeu cumprir a palavra.
Mas depois que a bola foi entregue, ela saiu correndo sem olhar para trás. O sapo ficou decepcionado e passou a cobrar a jovem sempre que a encontrava.
Um dia, já cansado, ele toma uma atitude. O sapo vai até o rei e explica o ocorrido, dizendo que sua filha não estava cumprindo com o combinado.
O rei chama a princesa, conversa com ela e diz que não devemos prometer coisas que não queremos cumprir.
Assim, a princesa toma coragem e beija o sapinho, que vira em um lindo príncipe. Ele então explica que uma feiticeira lhe transformou em sapo e que o encanto só seria quebrado com um beijo de princesa.
A partir de então, os dois ficam amigos e depois se apaixonam. Mais tarde eles se casam e vivem felizes para sempre.
Nessa história, podemos ver vários elementos que sinalizam que a protagonista está crescendo e amadurecendo, como também a grande importância de cumprir com a palavra e realizar o que foi proposto.
Obviamente, existem vários compromissos que, em algum momento, não conseguiremos realizar, mas quando nos comprometemos com algo ou alguém, é necessário ser bastante sincero para concluir a tarefa sem esperar algo em troca.
Outra lição que podemos tirar da história é que não devemos usar as pessoas para obter algum tipo de ganho particular. Tudo o que se faz por outro, deve ser feito de maneira sincera e desimpedida.
A Bela e a Fera
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Bela era uma moça muito gentil que vivia com seu pai, um simples comerciante.
Próximo de sua casa, morava em um castelo uma criatura um pouco esquisita. Era um príncipe que havia sido transformado por uma bruxa em uma Fera. Ele era coberto de pelos e tinha a aparência de um urso ou animal semelhante.
Tal encantamento só seria quebrado com um beijo sincero.
O pai de Bela um dia precisa viajar e pergunta se a filha gostaria que ele trouxesse algum presente. Ela lhe pede apenas que traga uma rosa.
Ele parte para sua viagem e, quando estava voltando, é surpreendido por uma tempestade. Então o sujeito vê o castelo da Fera e corre para se abrigar.
Ele toca a campainha, mas ninguém atende. Entretanto, a porta estava aberta e ele entra no castelo. Ao ver a lareira acessa, se aquece e acaba adormecendo na sala.
No dia seguinte, o pai de Bela se prepara para ir embora e, ao chegar no quintal do castelo, vê uma plantação de rosas.
Depois de colher algumas flores para Bela, e ainda com as rosas na mão, o homem se depara com a Fera, que estava muito brava e diz que vai matá-lo.
O homem explica o que aconteceu e pede para se despedir da filha, pedido que é concedido.
Quando chega em casa, ele conta para a moça o ocorrido e ela diz que irá até o castelo conversar com a Fera.
Assim é feito. Chegando ao castelo, a Fera se encanta por Bela e sugere que ela more com ele, assim deixará seu pai em paz.
Bela então vai morar com a Fera. No começo, os dois mantém certa distância, depois se tornam mais próximos. Até que um dia a Fera se apaixona pela jovem e a pede em casamento.
Ela recusa e pede que vá até à casa de seu pai para uma visita, prometendo voltar em uma semana.
Ela então faz a visita ao pai e demora mais do que o combinado para voltar. Quando retorna, vê Fera desfalecida no chão, quase morta.
Nesse momento, a moça se dá conta de que também amava Fera e a beija. Dessa forma, o feitiço é desfeito e Fera retorna à sua antiga forma de príncipe.
Os dois se casam e vivem felizes para sempre.
Uma linda história de amor que nos faz entender que a construção de uma relação nem sempre passa pelo “amor à primeira vista”, algo que é muito diferente aos demais contos de fadas.
Bela passa a conhecer a Fera aos poucos, conforme ambos vão convivendo no palácio. Somente através da convivência, ela consegue ver que por trás da aparência desprezível da Fera, ele é um ser humano bastante encantador.
De acordo com a história, a lição que podemos tirar é que não devemos julgar as pessoas por sua aparência.
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Rapunzel
Era uma vez um casal muito pobre que morava em casa humilde. Eles estavam esperando um bebê.
Tinham como vizinha uma senhora muito estranha, diziam que era uma bruxa.
Certo dia, a mulher grávida acordou com muita vontade de comer as hortaliças que sua vizinha cultivava na horta.
Então, o marido tomou coragem e pegou algumas hortaliças sem pedir para a velha senhora.
Quando a bruxa viu o homem pegando suas verduras, ela ficou furiosa. Ele então explica que eram para sua mulher, que estava grávida e com desejo.
A vizinha fica contente com a revelação e diz que ele poderia levar quantas verduras quisesse, contanto que entregasse a criança assim que nascesse.
O trato é feito. Quando a mulher deu à luz, o marido entregou a menina para a vizinha.
A bruxa dá o nome de Rapunzel para a criança e cuida dela até os 12 anos, quando a prende em uma alta torre no meio da floresta.
A menina vive sozinha na torre e deixa seus cabelos crescerem. Para diminuir sua solidão, ela vivia cantando uma doce melodia que ecoava pela floresta.
Os longos cabelos de Rapunzel foram trançados e serviam de corda para que a bruxa subisse na torre de vez em quando.
Sempre que a bruxa chegava à torre, ela gritava:
— Jogue as tranças, Rapunzel!
Um dia, um príncipe que cavalgava por perto e já tinha ouvido o canto de Rapunzel, viu a cena da velha subindo pelos cabelos da moça. Ele fica curioso e, passado algum tempo, decide também gritar:
— Jogue as tranças, Rapunzel!
A moça joga o cabelo e o rapaz sobe ao seu quarto. Ela se assusta, mas depois eles ficam amigos.
As visitas do príncipe se tornam frequentes, até que eles se apaixonam.
Mas a bruxa acaba descobrindo as visitas do príncipe e, numa crise de maldade, corta os cabelos da filha adotiva e a abandona na floresta.
O príncipe vai visitar sua amada e sobe pelos cabelos (que continuaram servindo como corda). Mas ao chegar lá em cima, a bruxa o atira pela janela. Ele cai e fica gravemente ferido, perdendo ainda a visão.
Então o príncipe passa a andar cego e sem rumo pela mata. Ao ouvir o canto de Rapunzel, reconhece sua voz e vai até ela.
Os dois se abraçam e as lágrimas da amada caem sobre seus olhos, lhe devolvendo a visão.
Assim, eles se casam e vivem felizes para sempre.
Esse conto faz parte, segundo o site Cultura Genial, da compilação feita pelos irmãos Grimm, que recolheram inúmeros contos da cultura popular alemã no século XIX.
Nele, Rapunzel é uma jovem que fica aprisionada em uma torre e que passa a usar seus cabelos como a única forma de se conectar e conhecer o mundo exterior.
Podemos entender que a história é um pedido de liberdade e também de amor, já que mesmo com a protagonista presa em uma torre, ela consegue chamar a atenção do príncipe através de seu canto. Ela usou a arte para poder se expressar e sair de sua prisão.
Em um primeiro momento, é ele quem a salva de sua prisão, mas depois, Rapunzel consegue restaurar a visão de seu amado com suas lágrimas cheias de amor.
Cachinhos dourados
Numa floresta muito distante, caminhava despreocupada uma menininha de cabelos loiros e cacheados.
A menina era bastante curiosa e ao avistar uma casa, logo entrou para ver como era. Cachinhos dourados, como era conhecida, não sabia que aquela casa era de uma família de ursos. Os moradores tinham saído para passear e deixaram suas tigelas com mingau esfriando em cima da mesa.
Quando Cachinhos viu os pratos com mingau, provou um por um. O primeiro estava frio, o segundo quase queimou sua língua de tão quente. Já o terceiro ela comeu tudo, pois estava morno e muito gostoso.
Depois, a menina viu três cadeiras. A primeira era desconfortável e dura, a segunda muito grande, e a última era do seu tamanho. Mas ao sentar nela, acabou quebrando-a.
Cansada, Cachinhos vai então até os quartos da casa e experimenta as três camas. Novamente, a primeira cama não serviu pra ela, pois era muito dura. A segunda era mole demais. A terceira caminha era perfeita, então ela se aconchegou e dormiu profundamente nela.
Quando voltaram do passeio, mamãe ursa, papai urso e o filhinho urso, viram que seus mingaus haviam sido mexidos. O ursinho ficou triste porque não tinha mais alimento em sua tigela.
Em seguida, viram suas cadeiras fora de lugar e mais uma vez o ursinho se chateou porque a sua estava quebrada.
Os três correram então para os quartos. Mamãe e papai urso viram que suas camas estavam reviradas e o filhinho começou a chorar ao ver que tinha uma garotinha dormindo em sua cama.
Ao ouvir a confusão, Cachinhos despertou e, envergonhada, disse que nunca mais entraria na casa dos outros sem ser convidada.
Uma das interpretações para esse conto é o crescimento, ou seja, a saída da infância. É através das metáforas que se apresentam no conto, que a menina começa a vivenciar o papel dos pais e se sente confortável em ocupar o espaço de filha.
Mesmo sabendo que ela já não é mais uma criancinha, a menina tenta sentar-se em uma cadeira pequeninha, o que faz com que ela se quebre. Quando sua família chega, a menina acorda e entende que precisa viver uma nova fase de sua vida.
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Patinho feio
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Era uma vez uma pata que tinha botado cinco ovinhos. Ela esperava ansiosa seus filhos nascerem.
Um dia, as cascas começam a se quebrar e os filhotes foram saindo um por um. Todos eram muito bonitos, mas o último era um pouco esquisito.
Então a pata olhou para ele e disse:
— Que patinho estranho! Tão diferente, não acredito que é meu filho!
Os irmãos também rejeitaram o patinho, assim como toda a bicharada do lugar.
O pato foi crescendo muito triste e solitário, pois sentia que ninguém gostava dele.
Assim, tem a ideia de sair daquele lugar para buscar a felicidade.
Ele encontra um homem que o leva para casa, mas lá havia um gato e eles não se deram bem.
Depois ele continua sua busca e chega em um lago, onde avista várias aves lindas nadando, contentes. Eram cisnes!
As aves olham para ele e o convidam para se juntar a elas. O patinho, ainda meio surpreso, vai até lá. Quando chega, percebe que aquelas aves maravilhosas eram parecidas com ele. Ao olhar seu reflexo nas águas, vê que ele era igual a elas mesmo! Ele não era um pato, ele era um cisne!
E assim, ao encontrar sua verdadeira família, o patinho (que não era pato!) vive feliz para sempre.
De autoria de Hans Christian Andersen, o conto nos mostra que existem várias situações na vida que exigem a nossa aceitação e o sentimento de pertencimento.
O patinho, que nasceu em uma família que não o reconhecia como um dos seus, decide trilhar sozinho uma jornada que o leva ao autoconhecimento, onde finalmente ele termina sendo acolhido.
Outra lição que podemos tirar é a importância que damos às pessoas que nos valorizam, e que precisamos nos afastar de situações e pessoas que nos tiram a autoestima e sugam nossas energias.
João e o pé de feijão
Era uma vez um garotinho muito pobre. Seu nome era João e ele vivia com a mãe em uma casa simples afastada da cidade.
Os dois estavam passando por dificuldades e não tinham mais o que comer. A única coisa que tinham era uma vaca, mas ela não dava leite, pois estava muito velha.
Um dia a mãe de João disse para ele levar o animal para a cidade e tentar vendê-lo, só assim poderiam ter algum dinheiro naquele mês.
O menino então obedeceu sua mãe e saiu com a vaca. No meio do caminho, porém, ele encontrou um sujeito bem misterioso que lhe ofereceu um punhado de feijões em troca da vaca. O homem disse que os grãos eram mágicos e que deveriam ser plantados naquele dia.
João aceita a troca e volta satisfeito e confiante para a casa.
Mas quando sua mãe descobriu que o filho tinha vendido a vaca por uns simples feijões, não acreditou na história de que eram mágicos e os atirou pela janela, furiosa.
João ficou muito triste e foi dormir contrariado.
Acontece que no meio da noite algo incrível aconteceu. As sementinhas brotaram e um pé de feijão gigantesco cresceu no quintal.
Ao acordar, João quase não acreditou, ele achou que ainda estava sonhando. Mas era real!
O menino então não pensou duas vezes, saiu correndo em direção à árvore e começou a subir.
A escalada não foi fácil e ele sentiu medo, pois era uma árvore muito alta que chegava até o céu.
Quando João finalmente chegou no topo ele percebeu que estava entre as nuvens. O garoto então desceu e se deparou com um lugar muito diferente onde havia um enorme castelo.
Assim, ele se aproximou do castelo com cuidado e encontrou uma senhora. Eles conversaram e ela contou que ali morava um gigante malvado, então escondeu o menino no castelo enquanto o gigante dormia.
Depois de dormir muito, o gigante acordou e, apesar de ainda estar com sono, estava morrendo de fome! Ele tinha um ótimo olfato e logo sentiu cheiro de criança.
Mas a mulher fez uma grande refeição para ele, o que o deixou mais calmo. Assim, satisfeito, ele pediu que a sua galinha encantada botasse ovos de ouro para ele e que sua harpa tocasse música sozinha.
Enquanto isso, João assistia fascinado a tudo aquilo.
O gigante, que era muito preguiçoso, dormiu novamente. João então aproveitou o momento e, enquanto a senhora estava fazendo outras tarefas, pegou a galinha e a harpa e fugiu em direção ao pé de feijão.
O gigante percebeu e foi atrás do menino, mas a essa altura, ele estava longe e já descia pela árvore.
João consegue descer bem rápido e o gigante também começa a descer, mas quando o garoto chega, corta a grande árvore.
O gigante então cai de lá de cima, estatelado no chão e não levanta mais.
João agora com a galinha dos ovos de ouro consegue ganhar dinheiro e ter prosperidade. Sua mãe fica feliz!
A senhora que era empregada do gigante se torna a dona do castelo e também vive feliz no céu.
Nessa história, somos apresentados a João, que é um menino que está em busca de novas experiências e se deixa guiar por sua própria intuição.
Ele compra algumas sementes de feijão de um desconhecido, que garante ao menino que a planta crescerá o suficiente para ser capaz de levá-lo a um mundo completamente novo, e até então, desconhecido.
Realmente a planta cresce muito e João se vê obrigado a escalá-la para descobrir o que lhe espera. A situação exige que ele enfrente seus medos para conseguir conquistar seus objetivos.
Chegando ao final do pé de feijão, ele encontra um “gigante”, que simboliza, nessa história, alguns aspectos de sua própria identidade, como a vaidade e o egoísmo. Obtendo êxito, João volta para sua casa e traz consigo as riquezas que conseguiu conquistar durante o processo.
Na história, podemos observar sobre a separação entre mães e filhos, e a necessidade que as crianças tenham autonomia.
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O leão e o ratinho
Era uma vez um leão. Um dia, ele dormia profunda mente na selva quando começou a sentir cosquinhas e percebeu que um grupo de ratinhos estava a correr em cima dele.
Então o leão acordou e, assustados, os ratinhos correram para o meio da mata.
Mas um deles não conseguiu escapar e acabou preso entre as patas do enorme rei da floresta.
Com medo, o ratinho implorou:
— Ó seu leão, por favor, não me coma! Eu te peço!
O leão pensou e perguntou:
— Mas porque eu não deveria comê-lo?
O rato respondeu:
— Quem sabe se um dia você precisar de mim, eu posso ajudá-lo!
Então o leão soltou o ratinho, que seguiu feliz para junto de seus amigos.
O tempo passou e um dia o leão foi capturado por um grupo de homens maus, que o prenderam em uma rede.
O mesmo ratinho, que estava por perto, ouviu os gritos de socorro do leão e foi até lá. Então, lembrando-se que leão havia poupado sua vida, o pequeno roedor mastigou e mastigou a corda, conseguindo cortá-la e libertar o leão.
Os dois ficaram amigos a partir de então.
Criada por Esopo, um escritor da Grécia Antiga, a história nos conta sobre a solidariedade, a confiança e a amizade.
Não importa o tamanho que tenhamos, todas as pessoas têm habilidades únicas que nos fazem ser especiais.
Pinóquio
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Era uma vez um bondoso marceneiro que vivia sozinho. Ele era simpático e gostava de crianças. Seu nome era Gepeto.
Um dia, cansado de se sentir solitário, Gepeto resolve construir um boneco de madeira para lhe fazer companhia e lhe dá o nome de Pinóquio.
O marceneiro ficou trabalhando o dia todo e só foi dormir depois que o boneco estava pronto. Assim, durante a noite, uma linda Fada Azul aparece para Pinóquio e lhe dá vida. Ela diz:
– Você agora poderá falar e andar. Seu criador, o Gepeto, ficará feliz ao ver que finalmente terá companhia.
Pinóquio fica surpreso e pergunta se ele será um menino de verdade, mas a Fada diz que não, que ele só se transformará em um humano se for bondoso como seu pai.
Para ajudar o pobre garoto de madeira, a Fada faz surgir um grilo falante, que servirá como sua consciência, ajudando a tomar melhores decisões.
Quando Gepeto acordou, mal conseguia acreditar que o boneco de madeira agora falava! o homem então adotou Pinóquio como seu filho e o matriculou em uma escola.
Mas Pinóquio não queria ir à escola, ele queria brincar e se divertir. O menino então se envolve em muitas aventuras e confusões, ele mente para seu pai, o que faz seu nariz crescer.
A Fada Azul aparece e lhe salva de muitos apuros. Mas, um dia, depois de passar por muitos desafios, Pinóquio acaba sendo atirado ao mar e é engolido por uma enorme baleia.
Surpreendentemente, o garoto encontra Gepeto dentro da baleia, Seu pai havia saído para procurar o filho e também caiu no mar.
Os dois se ajudam e finalmente conseguem sair de dentro da baleia. E então, como recompensa, a Fada Azul transforma o boneco de madeira em um menino de verdade. Pai e filho vivem felizes para sempre.
Escrita pelo italiano Carlo Collodi, na metade do século XIX, a história original termina sendo bastante diferente à história mundialmente conhecida através da Disney.
Podemos ver que a história nos mostra a importância de sempre dizer a verdade, independentemente da situação, já que cada mentira, pode levar a outra mentira para que a história se sustente.
Na história também podemos ver o quão forte é o amor de um pai a seu filho, mesmo ele sendo de sangue ou adotado.
A galinha ruiva
Certa vez, uma galinha com as penas vermelhas decidiu que faria um bolo de milho delicioso. Assim, convidou os outros animais, seus vizinhos, para ajudá-la na preparação.
Mas, surpreendentemente, nenhum deles quis ajudar. O gato disse que estava muito cansado, o cachorro, ocupado. A vaca só queria brincar e o porco não deu nem explicação.
Chateada, a galinha ruiva fez todo o trabalho. Ela colheu o milho, fez o bolo e colocou a mesa.
Quando sentiram o cheirinho de bolo pronto, todos os animais correram até lá para provar. Mas a galinha disse:
– Agora que está pronto vocês querem comer? Não, não! Só eu e meus pintinhos que vamos comer, pois eu fiz o bolo sozinha.
Essa história nos mostra a importância do trabalho em equipe, e como a falta desse tipo de união pode nos levar a finais difíceis.
A galinha ruiva tinha muita determinação e não demonstrava preguiça para realizar suas tarefas, o que a leva a fazer um bolo completamente sozinha, sem a ajuda de suas amigas.
Logo que o bolo fica pronto, todos querem comer o alimento e a galinha passa a se sentir bastante injustiçada. Como ninguém a ajudou a fazer o bolo, ninguém teria o direito de comê-lo.
A raposa e as uvas
Uma raposa que passava por um campo, viu uma parreira com uvas bem suculentas. Ela salivou de vontade e decidiu que iria apanhá-las para comer.
Mas ao chegar mais perto, percebeu que as frutas estavam bem altas. Ela pulou e pulou para tentar alcançá-las mas foi em vão. A raposa tentou de todas as formas comer as uvas e não conseguiu.
Um pássaro que voava por perto viu a situação. A raposa quando percebeu sua presença, disse, com desdém:
– Tudo bem, eu não queria mesmo, estavam verdes.
Outra fábula de Esopo, mas essa nos conta sobre entender o que há por trás das intenções das pessoas.
A raposa tentou buscar inúmeras maneiras de comer as uvas, mas ao não conseguir alcançá-las, ela achou que ao desmerecer as frutas faria uma boa ação.
O que podemos aprender é que precisamos reconhecer nossas vulnerabilidades e incapacidades, como aceitar a ajuda dos demais.
A vendedora de fósforos
Era uma vez uma garota muito pobre. Ela andava pelas ruas a noite tremendo de frio, pois nevava e o clima era congelante, pois a história se passa no hemisfério norte.
Era natal e a pobre menina estava descalça e desamparada.
Ela vestia um avental e tinha nos bolsos algumas caixas de fósforos. As pessoas passavam e ela tentava vender as caixinhas, dizendo “Querem comprar fósforos? Fósforos de qualidade e com bom preço!”
As pessoas mal olhavam e, num misto de culpa e desinteresse, se afastavam.
Sem dinheiro e morrendo de fome, ela ficava encantada ao olhar para as luzes da cidades, decorada para as festividades de natal. Ela também sentia o aroma das comidas saindo das casas e salivava pensando em um banquete.
Ela quase voltou para casa, mas achou melhor não, pois não havia vendido nenhuma caixa de fósforos. E também em sua casa não encontraria comida e não conseguiria se aquecer.
Ela estava congelando de frio e pensou que talvez se riscasse um fósforo pudesse ficar mais quente, nem que fosse por um curto instante.
Sem pensar demais a garota acendeu um fósforo. O brilho do fogo lhe deixou maravilhada e por um tempinho ela teve se imaginou na frente de uma lareira.
Mas não tardou e o calor se dissipou e ela percebeu que estava no mesmo lugar, sentada na neve congelante.
Riscou outro fósforo e teve a ilusão de estar em uma mesa de jantar, com uma grande ceia de coisas deliciosas. Quase sentiu o cheiro da carne assada.
Mas novamente , depois que o fogo se apagou, ela se deparou com a dura realidade.
Quando riscou mais um fósforo, ela agora se viu em uma sala com uma linda árvore de natal com muito presentes. Era uma árvore ainda mais bonita do que a que tinha visto pela janela de uma casa chique.
A árvore estava repleta de luzes, mas de um momento para o outro as luzes pareciam subir aos céus e sumir.
A menina então começou a prestar atenção no céu. Um cometa surgiu e ela pensou “Alguém pode ter acabado de virar estrela!”. Esse pensamento veio pois sua querida avó, que tinha morrido, uma vez disse que quando uma estrela risca o céu é porque alguma alma está deixando a Terra.
A menina então riscou mais um fósforo com os dedos congelados e logo apareceu sua amada avózinha, que estava reluzente e serena. A neta ficou muito feliz e disse: “Vovó! Que surpresa! Quero ir com você! Não quero que vá embora…”
Então avó e neta subiram ao céu, num lugar sem frio, fome ou tristeza.
No dia seguinte o pequeno corpo da garota foi encontrado, ela estava toda encolhida, sem se mexer.Tinha nas mãos muitos fósforos apagados. Muitas pessoas que na noite anterior a ignoraram, agora disseram: Pobrezinha! Acho que ela tentou se esquentar.
A menina deixou a Terra na noite de natal, congelada pelo frio e pela fome, com a ilusão de ter passado momentos bons e de ter encontrado sua querida avó.
Outro conto de Hans Andersen, mas bastante triste. Apesar de ter sido escrita há muitos anos, ela ainda continua nos trazendo importantes lições, como a necessidade de solidariedade, sobre a desigualdade social, a falta de afeto que impera nas sociedades e a hipocrisia das pessoas.
Uma menina passa a vender fósforos na véspera de Natal, mas é sumariamente ignorada por todas as pessoas que ela tenta abordar. Devido ao frio e a fome, a menina morre na manhã seguinte e todas as pessoas que a ignoraram na noite anterior, ficam comovidas com seu falecimento.
A galinha dos ovos de ouro
![17 histórias infantis para ajudar a dormir: benefícios da leitura e interpretação](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/06/17-historias-infantis-para-ajudar-a-dormir-imagem-6.jpg.webp)
Um casal vivia em uma fazenda e tinha a sorte de ter em seu galinheiro uma galinha que botava ovos de ouro de todos os dias. Mesmo assim, gananciosos, eles resolveram ver o que tinha dentro da galinha, achando que teria uma fortuna muito maior no seu corpo.
Então resolveram matá-la e já conseguir todo o ouro de uma única vez. Mas ao abrirem a barriga da galinha viram que ela como qualquer outra, normal.
E assim os dois não enriqueceram e, pior, perderam a galinha que lhes dava todo dia um ovo de ouro.
Nessa história podemos entender como funciona a ganância e a ignorância. Quando um casal não valoriza a galinha que tem, eles não conseguem perceber a sorte que tinham.
Por se deixarem levar pela ambição, ambos terminam a história com um final triste.
A rosa orgulhosa
Era uma vez uma rosa que tinha muito orgulho da sua beleza. Apesar disso, ela ficava revoltada por ter crescido ao lado de um cacto que achava tão feio. Todos os dias, a rosa criticava a aparência do cacto e ele ficava quieto. As outras plantas no jardim tentavam chamar a rosa à razão, mas ela estava tão encantada pela própria beleza que nem se importava.
Quando o verão chegou, o poço do jardim secou e não havia mais água para as plantas. Foi então que a rosa começou a murchar. Ela viu um pardal mergulhando o bico no cacto para pegar um pouco de água. Mesmo envergonhada, ela perguntou ao cacto se também poderia beber um pouco de água. O cacto concordou prontamente e os dois enfrentaram o verão difícil juntos, como amigos.
A história, que é bastante popular na Inglaterra, fala sobre ver além das aparências e que devemos aprender a não julgar, nem humilhar os outros, já que nunca saberemos quando a ajuda dessas pessoas pode ser crucial em nossas vidas.
Ela também nos mostra a necessidade de saber perdoar quem nos fez mal: sempre há oportunidade em transformar um inimigo em amigo.