O pintor do estado do Paraná alega ser o fã número um de Suzane von Richthofen, que premeditou o assassinato dos próprios pais em 2002.
Em entrevista ao jornalista Ullisses Campbel, o pintor Bruno Watermann (38) se intitulou fã nº 1 da condenada Suzane von Richthofen, que premeditou o assassinato dos pais, Manfred e Marísia. O homem afirma que é apaixonado pela mulher desde que apareceu pela primeira vez na televisão.
O homem mora na cidade de Carlópolis, a 362 km de Curitiba, no estado do Paraná. A paixão pela assassina é tanta que Ullisses tatuou o nome da criminosa em sua pele, com a data de nascimento dela, a data do crime e o signo de Suzane.
O pintor afirma que seu maior sonho é visitá-la em Angatuba, no interior de São Paulo, e lhe entregar um buquê de flores.
Não bastasse toda a sua devoção, Watermann batizou sua filha de Suzane, e seu filho de Daniel, o nome do ex-namorado da mandante do crime, que também foi condenado pelo homicídio. Ainda na entrevista, o homem alega que a loucura dela é idêntica a dela.
Mas afirma que não tem vontade de assassinar seus próprios pais. Devido a sua obsessão, os progenitores de Ullisses se afastaram dele ao saber que o filho era fã nº 1 da assassina.
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O pintor ainda afirma que, se Suzane o chamasse para participar de um homicídio, como o assassinato dos pais dela, Ullisses toparia com a condição de que ela o amasse com a mesma intensidade que ele a ama.
Segundo o homem, ele entende a situação de Daniel ao aceitar participar do crime e finaliza a entrevista se declarando para Suzane, afirmando que a ama de todo o coração.
Relembre o caso
De acordo com o site CNN, Suzane von Richthofen planejou o assassinato de seus pais, Manfred e Marísia Von Richthofen, em 31 de outubro de 2002.
O crime foi planejado para parecer um latrocínio, ou seja, crime de roubo seguido de morte. A farsa não se manteve por muito tempo. Em 8 de novembro de 2002, logo Suzane e Daniel Cravinhos, seu namorado, e Cristian Cravinhos, seu cunhado, confessaram o crime.
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Na época, Suzane tinha quase 19 anos e era estudante de direito. Os três planejaram o assassinato do casal dentro da própria casa, na zona sul de São Paulo. O motivo do crime foi porque os pais não aprovaram o namoro dos jovens e faziam pressão para que Suzanne terminasse o romance com Daniel.
Suzanne foi condenada a 39 anos de prisão, Cristian Cravinhos foi penalizado a 38 anos e seis meses de prisão pela participação no assassinato. Já Daniel tinha sido condenado a 38 anos e 11 meses de prisão. Em agosto de 2014, a 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté decidiu pela progressão do regime semiaberto que permitiu saídas temporárias aos três detentos.
Na época, a detenta já tinha cumprido 12 anos da sentença e tinha um excelente comportamento dentro da prisão. Em 16 de junho de 2016, a Justiça autoriza Suzane a voltar a estudar em um curso superior. Contudo, por falta de recursos financeiros ela não efetivou a matrícula.
Em 2018, a Justiça de São Paulo negou um pedido de progressão da detenção para regime aberto, alegando que os testes psicológicos da detenta apresentaram traços de infantilidade, egocentrismo e narcisismo.
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Segundo a Folha de São Paulo, em setembro de 2021, após cumprir 20 anos de sua condenação, o desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan, da 5ª Câmara de Direito Criminal, concedeu para Suzane o direito de cursar faculdade de farmácia em Taubaté, interior de São Paulo.
Na época, cumpria o regime semiaberto na penitenciária feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé (SP), a 9 km de Taubaté.
Em 2020, foram produzidos dois filmes retratando a história de Suzane Richthofen e dos irmãos Cravinhos, “A menina que matou os pais” e “O menino que matou meus pais”. As produções desse segmento baseado em crimes reais estão ganhando evidência cada vez mais em solo brasileiro.