As duas conseguiram finalmente reunir na Irlanda, depois que Tasha, a cachorrinha, viajou quase três mil quilômetros com a ajuda de voluntários.
A força da união se mostra, principalmente em momentos de urgência, um dos elos mais fortes, seja no mundo dos seres humanos, seja no de quaisquer outros animais. Como explicar, por exemplo, que os tutores e seus animais de estimação sabem muito bem o que o outro sente antes mesmo que possam exprimir ou demonstrar de alguma forma?
Provavelmente a convivência, ou a vontade de saber mais sobre aquela pessoa ou aquele animal, fazem com que essas pontes se criem ao longo da existência. Com a guerra na Ucrânia, mais de 4,1 milhões de pessoas saíram de seu país em busca de refúgio em outros mais seguros, e entre os principais problemas em se abandonar tudo em fuga, é justamente o transporte de animais domésticos.
Em busca da salvação, muitas pessoas acabam saindo de casa com a roupa do corpo, os familiares mais próximos e dinheiro, torcendo para que consigam cruzar as fronteiras para um outro lugar que possa fornecer paz e tranquilidade. Porém, durante essas fugas, em comboios ou mesmo a pé, muitos moradores precisam abandonar seus animais de estimação, que acabam à própria sorte em seus países de origem, sem ter quem forneça alimentação e cuidado, na maioria das vezes.
Segundo reportagem do tabloide britânico Mirror, Violetta, de 86 anos, foi uma dessas pessoas que, fugindo do conflito ucraniano com a Rússia, acabou deixando para trás sua companheira de 12 anos, Tasha. Foram seis semanas separadas até que finalmente conseguiram se reencontrar na Irlanda, graças ao apoio de voluntários ao longo desses quase 3 mil quilômetros que se colocava entre a duas.
![Forçadas a se separar pela guerra, ucraniana de 86 anos reencontra cachorrinha e se emociona!](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/04/2-Forcadas-a-se-separar-pela-guerra-ucraniana-de-86-anos-reencontra-cachorrinha-e-se-emociona.jpg)
Há seis semanas, Violetta e sua família conseguiram finalmente sair de Odessa, na Ucrânia, e ela fez questão de levar consigo Tasha, uma labradora preta que estava na família durante os últimos 12 anos. Seus esforços em carregar a cachorrinha acabaram se mostrando falhos, e ela precisou deixar a amiga, que foi acolhida por uma família na Romênia, que prometeu ajudar a reunir as duas futuramente.
Desde que se separaram, completos estranhos se ofereceram para ajudar as duas nesse complexo reencontro, levando Tasha por cerca de 3 mil quilômetros, até que ela estivesse novamente em segurança com Violetta. Ela e sua família tinham sido muito bem recebidos em Co Clare, e mesmo que o objetivo de sair em segurança da Ucrânia tivesse sido cumprido, a única coisa que a senhora conseguia falar era sobre sua amiga de quatro patas.
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Foi uma funcionária da caridade chamada Debbie Deegan, de Dublin, que assumiu esse compromisso de fazer com que as duas voltassem a se encontrar. “Violetta estava bastante estressada com a coisa toda e, quando chegaram à Romênia, não conseguiram cuidar da cachorrinha, então acabaram a entregando a uma família romena”, explicou a mulher.
Mas isso foi apenas pensando no bem maior de Tasha, ainda que tivesse deixado Violetta com o coração completamente partido por ter deixado sua melhor amiga para trás. Depois que eles batalharam para cruzar a fronteira da Romênia, um amigo russo que atualmente mora nos Estados Unidos conseguiu fazer com que Violetta e Debbie se conhecessem, primeiro passo essencial para que o reencontro pudesse ser proporcionado.
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Debbie é fundadora da instituição de caridade To Children With Love, e acabou auxiliando a família assim que chegou à Irlanda. Violetta, seu filho e sua nora precisaram sair da Ucrânia para a Moldávia, em seguida foram para a Romênia, Áustria, e apenas depois conseguiram chegar ao país de Debbie, no início de março deste ano. “Eles basicamente estavam com as roupas nas costas”, disse a voluntária, que ressaltou que a única coisa que a idosa conseguia falar era sobre ter deixado Tasha para trás.
Foi a neta ucraniana de Violetta, que saiu da América para encontrar a família, quem ajudou a fazer contato com os romenos que ficaram com a labradora. Depois de contatarem uma empresa de viagens em busca de ajuda, o principal risco era precisar ir várias vezes à fronteira, sem nenhum tipo de proteção, para tentar achar um transporte para Tasha.
A empresa se comprometeu a levar Tasha para o Reino Unido, mas antes a família teve que comprovar que a cadela estava com o passaporte, as vacinas e o chip em dia. Depois disso, foi preciso um último esforço para levá-la até a Irlanda, e Debbie publicou uma mensagem em um site de ajuda ucraniano, sendo contatada por Lisa Kay, que se ofereceu para cuidar da cachorrinha em sua fazenda perto de Birmingham temporariamente.
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Um amigo de Debbie, John D’Arcy, de Waterford, se ofereceu para buscar Tasha na Inglaterra, e foi ele, junto com um adestrador de cães, que ajudaram na última viagem longe de sua dona. Assim que reencontrou sua melhor amiga, a única coisa que Violetta sabia fazer era pedir desculpas à cachorrinha, algo que a mulher interpretou como “diferente”. As duas finalmente estão juntas, sãs e salvas.