Inundado com várias “histórias de sucesso”, o OnlyFans acabou atraindo inúmeras mulheres no mundo inteiro com a falsa promessa de fazer dinheiro rápido. Várias influencers e mulheres que até então não tinham pensado nesse tipo de conteúdo, passaram a criar material sexualmente explícito para o consumo de seus “fãs”, geralmente do sexo masculino.
Com o dinheiro arrecadado, as mulheres terminam encarando esse mundo como um trabalho, pagando seus aluguéis, faculdade, às vezes dando suporte financeiro para familiares ou até fazendo desse tipo de conteúdo a fonte primária de renda, em meio à instabilidade econômica que atinge o mundo inteiro, especialmente após a pandemia de Covid-19, onde muitas perderam seus empregos e encontraram na plataforma uma maneira rápida e direta de sobreviverem.
Contudo, muitas mulheres passaram a expor o estresse e a exaustão mental de criar conteúdo para essa plataforma. Não fosse suficiente a questão de pensar como reter seus “fãs”, essas mulheres também descrevem em fóruns na internet que precisam responder os homens diariamente e independente da hora, caso contrário, eles perdem o interesse e elas deixam de ganhar inscritos, e consequentemente, dinheiro.
![Influencer descobre que padrasto é seu fã número 1 no OnlyFans: “Seguidor desde o início”](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/05/Influencer-descobre-que-padrasto-e-seu-fa-numero-1-no-OnlyFans-Seguidor-desde-o-inicio-imagem-1-.jpg.webp)
Para vários “fãs”, uma foto da modelo nua ou uma sessão de strip-tease já não são o suficiente, então, eles como pagadores, se sentem no direito de exigirem e as ameaçam com o cancelamento de suas assinaturas, conseguindo o que querem. Na internet existem inúmeros relatos de mulheres dizendo que foram pressionadas a fazerem algo contra a vontade para manterem os “fãs” pagando.
Não sendo suficiente a questão da pressão para criarem conteúdos, muitas mulheres também reclamam de sofrer violência psicológica, de terem sido hackeadas, estalqueadas, chantageadas e até perseguidas por homens que pagavam pelo conteúdo.
Claudia (nome fictício) teve uma experiência que ela considerou traumática. Em entrevista à jornalista Julie Bindel do jornal The Spectator, ela revelou que passou a trabalhar com esse tipo de conteúdo após perder seu emprego e não ter renda fixa. Como obteve um bom engajamento na plataforma, ela passou a ter um cliente “fã número 1”, que pagava altos valores e pedia um conteúdo personalizado.
Ela só soube que todos os registros que ela fez viraram memes na internet e foram enviados até para ex-empregadores, após um ex-chefe de RH entrar em contato com ela para alertar da situação.
Claudia pediu intervenção da plataforma, mas eles se negaram a ajudá-la alegando que não têm responsabilidade, nem controle. No final, ela acabou cancelando sua assinatura.
![Influencer descobre que padrasto é seu fã número 1 no OnlyFans: “Seguidor desde o início”](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/05/Influencer-descobre-que-padrasto-e-seu-fa-numero-1-no-OnlyFans-Seguidor-desde-o-inicio-imagem-2.jpg.webp)
O perigo de ter o conteúdo exposto não é só no mercado de trabalho. Familiares podem descobrir e isso gerar ainda mais constrangimento.
Grace (nome fictício), uma irlandesa entrevistada pela jornalista Joy Bryant do site Extra.Ie, relatou que já viu algumas conhecidas precisando mudar de endereço e cidade após terem sido descobertas na plataforma por familiares.
“Elas podem ser expulsas de casa, são alvos de fofoca, demitidas de seus trabalhos. Já tive amiga que teve o conteúdo vazado em grupos de Whatsapp da cidade”, comentou a jovem.
![Influencer descobre que padrasto é seu fã número 1 no OnlyFans: “Seguidor desde o início”](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/05/Influencer-descobre-que-padrasto-e-seu-fa-numero-1-no-OnlyFans-Seguidor-desde-o-inicio-imagem-3.jpg.webp)
Às vezes, os fãs são pessoas do convívio dessas mulheres, como foi o caso da australiana Taila Maddison. Ela passou a suspeitar de seu “fã número 1” após ele começar a fazer pedidos específicos.
Em entrevista ao Daily Mail, a jovem disse que o homem gastou aproximadamente R$ 12 mil para acessar seu conteúdo e enviava mensagens para ela todos os dias.
“Quando comecei no site, tinha esse cliente e ele dizia que compraria tudo o que eu mandasse para ele. Foi meu seguidor desde o começo. Falávamos todos os dias e ele sempre me pedia coisas bastante específicas”, relata a jovem.
Quando ela recebeu uma notificação em suas redes sociais sobre seu fã número um estar entre seus contatos telefônicos, ela ficou apavorada. Depois de reduzir os suspeitos a seis homens, ela decidiu confrontar o padrasto, após seguir seu “pressentimento”.
Taila disse que conhecia o homem desde que ela tinha 11 anos e desde então, ele era casado com sua mãe. Ao descobrir a identidade do principal comprador de conteúdo, ela alertou a mãe sobre a situação que acabou pedindo o divórcio.
“O pior é que fiquei com trauma. Meu padrasto me viu fazendo sexo com meu namorado por dois meses”, contou a jovem em uma rede social.
Com a situação exposta, tanto Taila quanto todos os seus familiares bloquearam o ex-padrasto e desde então, ninguém mais ouviu falar dele.