Influenciadora foi presa após ser pega andando nua pela piscina de hotel.
Nikita Dragun, YouTuber, maquiadora e modelo trans, foi presa no último dia 7 de novembro depois de ser presa depois de ser pega andando nua pela piscina de um hotel de luxo em Miami e jogando água nos funcionários do local.
Uma polêmica veio à tona após ser revelado que Dragun foi colocada em uma cela masculina. Um membro da equipe da influencer chamado Jack Ketsoyan emitiu um comunicado à Page Six dizendo que acha a atitude “extremamente perturbadora e perigosa”, uma vez que ela é “legalmente mulher”.
“Esta decisão tomada pelo Departamento Correcional do Condado de Miami-Dade viola diretamente seu protocolo, que exige que os presos transgêneros sejam classificados e alojados com base nas necessidades de segurança e identidade de gênero”, ainda acrescentou Ketsoyan.
De acordo com informações da Page Six, os seguranças do hotel teriam dito para a influencer de 26 anos vestir as roupas novamente, ainda no hotel. Como uma forme de protesto, ela teria jogado água nos profissionais.
No momento em que a polícia chegou ao hotel, ela retornou ao seu quarto, onde começou a tocar música alta.
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Os policiais bateram em sua porta, e ela os cumprimentou, mas quanto eles lhe repreenderam para seguir as regras do local para não ser expulsa, Nikita teria batido a porta. A prisão aconteceu quando a influencer supostamente abriu a porta e disse aos policiais: “Você quer mais?” antes de jogar uma garrafa de água neles.
Com a atitude, ela acabou sendo autuada por agressão contra um policial, contravenção e conduta desordeira.
Detenta trans processa presídio ao ser presa junto a homens nos EUA
Casos de pessoas trans sendo presas em celas destinadas ao sexo de seu nascimento estão sendo noticiados com uma certa frequência nos últimos tempos.
Há algum tempo, contamos por aqui sobre o caso de Christina Lusk, uma mulher trans de 56 anos, que entrou com ação judicial alegando discriminação pelo Departamento Estadual de Correções (DOC).
A mulher, que cumpre pena até 2024 na Minnesota Correctional Facility, em Moose Lake, no estado de Minnesota, se identifica como mulher, mas pontuou que o DOC não reconheceu sua identidade de gênero uma vez que a colocou numa prisão para homens.
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A detenta, que está adiando sua cirurgia de redesignação sexual, declarou que foi vítima de discriminação e sexualmente pelos presos do sexo masculino.
No processo, é pedida uma indenização no valor de US$ 50 mil (aproximadamente R$ 257 mil), além de “injunção obrigatória permanente”, exigindo que Lusk, que é legalmente reconhecida como mulher, seja tratada como tal e consiga transferência.
Lusk começou a fazer uso de hormônios em 2009 e teve seu nome mudado em 2018. Antes de ser presa, devido a um incidente envolvendo drogas, ela estava prestes a agendar sua vaginoplastia.
Na prisão, o diretor médico do DOC, James Amsterdam, avaliou o caso de Lusk e decidiu que ela não deveria receber cirurgia genital, mas “poderia prosseguir após a liberação”, de acordo com o processo.
Lusk mostrou insatisfação quanto ao parecer do professional, e apresentou uma uma queixa ao DOC, falando que havia sido diagnosticada com disforia de gênero grave, e que inclusive já havia tentando suicídio quatro vezes. A detenta ainda acrescentou que tinha cartas de apoio do seu médico principal, especialista em gênero, terapeuta, bem como de seu psiquiatra.
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O processo também alega que o DOC decide onde os detentos devem ficar com base na genitália, ao invés de uma base médica ou legal, e afirma se trata de uma violação da “Lei de Direitos Humanos de Minnesota, a Constituição de Minnesota e a Lei [federal] de Eliminação de Estupro em Prisões”.