Jade foi a modelo escolhida para usar peça inspirada em elementos da cultura africana.
Jade Picon e a marca Arezzo estão sendo duramente criticadas nas redes sociais, após a influenciadora estrelar uma campanha voltada para a ancestralidade de mulheres negras. Além da ex-BBB, a atriz Clara Buarque também fez parte do projeto, no entanto, sem ganhar a mesma visibilidade que a intérprete de “Chiara”.
Em uma das postagens feitas pelo perfil oficial da marca, é possível ver uma chuva de críticas. “Uma branca representando a ancestralidade de mulheres pretas, meu Deus”, escreveu uma internauta. “Que maluquice é essa?”, perguntou outra. “Coleção inspirada (ou em homenagem) as mulheres africanas né… Sei… Com a Jade Picon”, falou uma terceira pessoa.
A idealização da campanha e a escolha por Jade Picon foram feitas pelo diretor criativo Giovanni Bianco, bastante conhecido por trabalhos com Madonna, Ivete Sangalo, Anitta, Ludmilla e outros artistas. À frente da coleção está a empresa Meninos Rei, que chegou a explicar a referência dos designers.
“Nos inspiramos no nosso DNA ancestral, nosso berço, a África e a ligação de irmandade que existe entre nossos povos, através das belezas na nossa cidade, Salvador/Bahia”.
Em um vídeo estrelado por Jade, a Arezzo mostra as estampas da nova coleção e explica: “A moda é um ciclo, e pensando nos 50 anos da Arezzo, trouxemos a nossa queridinha dos anos 70 totalmente repaginada e reinterpretada pelos artistas Meninos Rei, com elementos africanos e formas geométricas que fazem parte do DNA dos Meninos, e agora, também da nossa Anabela”, escreveram na legenda.
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O fato é que o destaque dado pela Arezzo à Jade Picon não caiu bem para o público. Algumas pessoas chegaram a pedir um boicote a marca.
“Isso é muito grave! Esses influenciadores não deveriam fazer mais nada com essa marca”, falou uma pessoa. “A gente não sabe se fica com pena, manda uma DM explicando o erro ou faz um boicote para ver se eles entendem o erro”, disse outro.
A campanha acabou se revelando um fracasso, e a apropriação cultural, assim como a falta de representatividade acabaram sendo os principais temas debatidos. Embora racismo reverso não exista, ainda existem os que usam as redes para falar sobre o assunto, como se fosse direito da influenciadora protagonizar a campanha.
É certo utilizar brancos em cultura africana?
A primeira foto da campanha foi publicada há pouco mais de uma semana no Instagram da Arezzo. No clique, Jade Picon segura a sandália e veste roupas com a estampa da marca baiana. Na legenda, a Arezzo enfatiza que o Meninos Rei levou para o Brasil as texturas africanas. “Os estilistas Menino Reis trouxeram elementos da cultura africana em cores vibrantes e textura marcante, com a proposta de criar uma sandália que traduza os códigos da marca: ousadia, autenticidade, beleza e representatividade!“.
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![Jade Picon é criticada por campanha inspirada em cultura africana](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2022/09/2-Jade-Picon-e-criticada-por-campanha-inspirada-em-cultura-africana.jpg)
No entanto, o que era para ser só mais uma campanha para a primavera / verão da Arezzo, virou uma grande dor de cabeça para a empresa de calçados. Isso porque, seguindo pela lógica de ter feito parceria com uma marca que fala sobre ancestralidade e cultura negra, muitos seguidores entenderam que colocar uma influencer branca para estrelar a campanha foi completamente sem coerência.
Ainda na campanha, a neta de Chico Buarque, Clara Buarque, também foi modelo das peças, além de Sheila Bawar e Malia, mas elas não tiveram tanta evidência quanto as fotos que publicaram de Jade Picon. No Twitter, diversos usuários criticaram a presença da jovem de 21 anos, branca, de olhos azuis e que não teria nada a ver com cultura negra.