Confira abaixo a biografia completa de Jair Messias Bolsonaro, o militar aposentado, ex-presidente do Brasil.
Jair Bolsonaro é um ex-militar, capitão reserva e também político brasileiro, que ingressou na política no final dos anos 1980. Ele foi o 38º presidente do Brasil, sendo eleito com 55,13% dos votos em 2018, permanecendo no poder de 2019 a 2022, e não foi reeleito ao cargo de presidente, derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Infância
Jair Messias Bolsonaro nasceu no dia 21 de março de 1955, em Campinas, no interior de São Paulo. Ele é descendente de famílias italianas, filho de Perci Geraldo Bolsonaro e de Olinda Bonturi. Seus pais tiveram no total seis filhos, e ao longo da vida a família morou em diferentes cidades. Segundo o Brasil Escola, eles se estabeleceram por alguns anos em Eldorado Paulista, uma cidade do Vale do Ribeira, onde seu pai era administrador de fazendas e dentista.
Carreira militar
Na década de 1970, Jair Bolsonaro iniciou sua carreira militar, ao ingressar na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. Ele permaneceu na cidade por alguns meses antes de entrar na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende, no Rio de Janeiro. Cursou também a Brigada de Paraquedismo no Rio, e concluiu seus estudos e o curso de paraquedismo no mesmo ano, em 1977.
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Em 1983, formou-se no curso de Educação Física do Exército e se tornou mestre em paraquedismo. Assim, Bolsonaro atuou como paraquedista das Forças Armadas na década de 1970 e conseguiu a patente de capitão. Porém, depois de se envolver em algumas polêmicas, o militar foi para a reserva. Uma das polêmicas foi uma entrevista publicada na revista Veja, no qual Jair Bolsonaro denunciava, sem consentimentos dos seus superiores, a quantidade de militares que abandonaram a carreira por conta do baixo salário. O capitão pegou 15 dias de prisão por conta disso.
Carreira política
Jair Messias Bolsonaro ingressou na carreira política em novembro de 1988, quando foi eleito para o cargo de vereador da cidade do Rio de Janeiro, pelo Partido Democrata Cristão (PDC), no entanto, ficou pouco tempo, pois, em 1990, foi eleito deputado federal. Ele renunciou ao mandato de vereador e tomou posse na Câmara dos Deputados em 1991, vivenciando acontecimentos históricos, como o impeachment do presidente Fernando Collor.
Em 1993, Bolsonaro participou da fundação do Partido Progressista Reformador (PPR). No ano seguinte, ele foi reeleito deputado federal, e na sua candidatura, a sua plataforma de campanha incluía a luta pelas seguintes propostas: defesa do controle da natalidade; melhoria salarial para os militares e o fim da estabilidade dos servidores, por exemplo.
Em 1998, Jair Bolsonaro, que já estava no seu terceiro mandato, resolveu se candidatar ao cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Já em 2002, ele foi eleito novamente para o cargo de deputado federal do Rio de Janeiro pelo PPB, mas no mesmo ano, se filiou ao PTB. No início de 2005, Bolsonaro deixou o partido e filiou-se ao PFL. Em abril, deixou o PFL e entrou para o Partido Progressista (PP).
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Em 2006, além de ser eleito para o quinto mandato, Bolsonaro também assumiu a titularidade das comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania, de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Em 2014, foi reeleito para o sétimo mandato, e em 2016, filiou-se ao PSC, mudando para o Partido Social Liberal (PSL) somente em 2018.
Enquanto trabalhava na política, Bolsonaro apresentou mais de 150 projetos na Câmara dos Deputados, sendo que apenas dois foram aprovados: um que autorizava o uso de fosfoetanolamina para o tratamento de câncer, embora a eficácia fosse questionada pela comunidade científica por falta de comprovação, e outro que autorizava a redução no imposto do IPI para equipamentos de informática.
Ainda em 2018, Jair Bolsonaro se candidatou à Presidência da República e usou das redes sociais como forte aliada, fazendo discursos sobre combate à corrupção, conservação dos costumes da família e recuperação da economia. Durante a campanha, o político sofreu um atentado em Juiz de Fora, enquanto passava pela multidão fazendo campanha eleitoral, levando um golpe de faca na região do abdômen.
Bolsonaro foi levado com urgência para a Casa de Misericórdia, onde precisou ficar internado por uns dias, passou por uma cirurgia, mas se recuperou. Depois da cirurgia, o político foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O autor do crime, Adélio Bispo, foi preso pela Polícia Federal.
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Depois do atentado, sua campanha ficou ainda mais forte, e no dia 7 de outubro daquele ano, no primeiro turno das eleições, o ex-militar ficou em primeiro lugar, disputando o segundo turno com o petista Fernando Haddad. No dia 28 de outubro, Bolsonaro foi escolhido como presidente do Brasil, ao lado do vice, o general Hamilton Mourão.
Presidência do Brasil
Jair Bolsonaro assumiu a presidência do Brasil no dia 1º de janeiro de 2019, em uma cerimônia especial no Palácio do Planalto, onde recebeu a faixa presidencial das mãos do ex-presidente Michel Temer. No início do seu mandato, Bolsonaro se envolveu em uma série de polêmicas com ministros e com as Forças Armadas.
De acordo com o Brasil Escola, durante o governo do ex-militar, o Brasil apresentou um crescimento econômico irregular: em 2019, foi de 1,9%; em 2020, o PIB recuou 3,9% e, em 2021, aumentou para 4,6%. Esse índice de crescimento de 2019 e 2021, no entanto, não foi transmitido para a população, pois o desemprego subiu de 11,9% para 14,4%. O custo de vida também aumentou consideravelmente durante seu governo, bem como a inflação, impactando diretamente na renda dos trabalhadores.
A chegada da pandemia da COVID-19, no começo de 2020, também causou grande impacto em seu governo, além da morte de milhares de pessoas ao longo dos anos de 2020 e 2021. Durante o ápice da doença, Jair Bolsonaro fez diversas declarações controversas sobre o uso da máscara, vacinação e o fechamento do comércio, por exemplo, fazendo com que ele recebesse pouco apoio. Por conta da sua atuação durante a pandemia, Bolsonaro teve seu governo questionado e investigado pela CPI da Covid, em 2021, mas foi absolvido de qualquer culpa.
No dia 24 de julho de 2022, Jair Bolsonaro anunciou sua candidatura à reeleição à Presidência da República, com o objetivo de ficar os próximos quatro anos e tendo como vice o general Braga Neto. No dia 2 de outubro, ele foi eleito para o segundo turno, porém, perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com apenas 49,1% dos votos contra 50,9%.
O ex-militar não quis participar da cerimônia de posse de Lula, para entregar a faixa ao novo presidente, e viajou para Miami, nos Estados Unidos. Apesar da pandemia, da guerra na Ucrânia e outros problemas durante o governo, Bolsonaro saiu da presidência com uma economia equilibrada, administrada pelo Ministro Paulo Guedes.
Vida pessoal
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Jair Messias Bolsonaro, entre 1993 a 2001, foi casado com a vereadora Rogéria Nantes Nunes, com quem teve três filhos: Carlos Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro, que também seguem carreira política como o pai. Depois, o ex-militar também foi casado com Ana Cristina Vale, com quem teve um filho, Jair Renan Valle Bolsonaro. Atualmente, ele está casado com Michelle Bolsonaro desde 2013, com quem tem uma filha, Letícia Firmo.