O líder tibetano Dalai Lama (87) está sendo criticado após um vídeo seu beijando uma criança e perguntá-la se “quer chupar sua língua” ser divulgado na web. Um de seus críticos é a atriz Juliana Paes (44).
De acordo com o site g1, o caso aconteceu em 28 de fevereiro deste ano, no templo onde vive Dalai Lama, no subúrbio da cidade de Dharamsala, no distrito de Kangra, na Índia.
Na gravação, o religioso beija uma criança na boca e pergunta a ela se “quer chupar sua língua”. Em seguida, o menino mostra a língua para o líder budista e ambos se afastam.
Ao viralizar na web, Juliana Paes se manifestou em Instagram oficial com uma nota de repúdio acusando o líder espiritual do Tibete de abusar de um menor.
Na legenda, ela começa sua crítica com o significado de idolatria. “A palavra é: idolatria. O culto a um ídolo. Ídolo, por sua vez, é uma figura venerada, objeto de adoração. Ou uma ideia falsa, uma ilusão. A idolatria, o endeusamento dos homens, é sempre uma coisa perigosa. Independentemente do que eles pregam”, iniciou a ex- global.
A atriz continua seu relato sobre o vídeo que está sendo viralizado com o “ídolo” abusando de uma criança, sem qualquer pudor. Ela acrescenta que o “grande líder religioso” utiliza de seu poder e sua influência para satisfazer seus desejos mais sórdidos.
Mesmo com o pedido de desculpas do tibetano, Juliana Paes reafirma que não consegue entender a postura do homem após forçar que uma criança “chupar a sua língua”. Para ela não há desculpas, não há ação bondosa que apague o ato nojento.
Ainda na postagem, ela enfatiza que não irá compartilhar imagens ou o vídeo da cena para preservar a criança.
“As cenas são nojentas e assustadoras. Mas esse episódio terrível nos leva à reflexão de quantas outras vezes já vimos ídolos se quebrarem desta forma. Poderíamos fazer uma lista de personalidades, das mais variadas denominações religiosas, que com o tempo se revelaram o oposto do que pregavam. Esse episódio terrível nos lembra de que devemos ter nossa fé, podemos depositar nossa confiança, mas jamais entregar a nossa alma a alguém”, finaliza Juliana.
Entenda a polêmica
Na ocasião, uma criança se aproxima de Dalai Lama e pergunta se pode abraçá-lo, como resposta budista pede um beijo na bochecha, o garotinho então dá um beijo no local indicado e abraça o líder. Em seguida, o homem aponta para os próprios lábios e pedindo agora, um beijo na boca, novamente o menino faz o que o religioso pede e dá um “selinho”.
Depois disso, o líder encosta sua testa na testa do garoto e pede para que ele “chupe minha língua”. Então a criança coloca a língua para fora e ambos se afastam. Quem presencia a cena dá risada, pois segundo os costumes do Tibete, colocar a língua para fora é considerado um tipo de cumprimento.
!["Abusando de uma criança": Juliana Paes critica Dalai Lama após vídeo polêmico](https://osegredo.com.br/wp-content/uploads/2023/04/IMAGEM-1-Abusando-de-uma-crianca-Juliana-Paes-critica-Dalai-Lama-apos-video-polemico-1.jpg.webp)
O vídeo foi divulgado apenas agora, e está gerando muitas críticas ao religioso por considerarem sua atitude imprópria e perturbadora.
Após a repercussão negativa, os representantes do líder budista pediram desculpas afirmando que Dalai Lama sente muito que suas ações possam ter causado danos à família e ao menino. No entanto, este não é o primeiro episódio na qual o religioso se envolve em polêmicas.
Em uma entrevista para o jornal BBC, em 2019, ao ser indagado se a próxima santidade do budismo poderia ser uma mulher, Dalai Lama rindo, respondeu que a próxima “Dalai Lama” deveria ser mais atraente do que ele. Na época, após sua fala polêmica à pergunta da BBC, representantes precisaram pedir desculpas.
Alegando que o senso aguçado do líder entra em contradição entre o mundo materialista e globalizado. Suas ideias são complexas e espirituais sobre a reencarnação que estão no cerne da tradição budista tibetana.
Contudo, às vezes ele faz comentários improvisados, que podem ser considerados divertidos em um contexto cultural, mas perdem o humor quando traduzidos para outro.
Vale destacar que para o budismo tibetano, o líder religioso é também o chefe de Estado conhecido pelo título de Dalai Lama. Esse representante divino é a reencarnação do primeiro líder nascido em 1391. Atualmente, Tenzin Gyatso (87) é a 14ª reencarnação do primeiro Dalai Lama.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, população LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.