Luciano Huck, 51 anos, criticou os turistas que optaram por visitar os destroços do Titanic no Atlântico Norte usando um submersível, chamando-os de “idiotas”.
O apresentador expressou seu fascínio pela história, mas ressaltou que ele pessoalmente não aceitaria esse desafio, principalmente devido à falta de equipamentos adequados para garantir a segurança da tripulação. Suas declarações foram feitas no podcast PodPah.
Huck comentou: “Fico imaginando como o idiota, idiota, paga 250 mil dólares (aproximadamente R$ 1,2 milhão na cotação atual) para entrar naquela lata de sardinha. É meio mórbido, porque o cara vai pro espaço, eu entendo, tem uma mega tecnologia, o cara vai decolar um foguete, bilhões de dólares investidos, tecnologia que você vai usar em outras coisas… O cara entrar num negócio redondo, do tamanho de um bote inflável, tem nem cadeira para sentar, aí desce com um joystick, uma janelinha, pra ver um navio que morreu 1.600 pessoas, não tem como aquela energia ser boa, você vai ver o Titanic lá embaixo, que morreu um monte de gente, vê o filme”, declarou.
Huck enfatizou que essa história é “inacreditável”. “Onde vai à vaidade humana? A reflexão que faço um pouco disso é que você pode ter o dinheiro e o poder que quiser, é a natureza que manda. Não dá pra você achar que pode enfrentar o mar”, concluiu.
O que aconteceu:
O submersível, apelidado de “Titan”, realizou uma descida no domingo, 18 de junho, com o objetivo de explorar os destroços do Titanic, localizados no Atlântico Norte.
No entanto, aproximadamente uma hora e 45 minutos após a submersão, o barco de apoio na superfície, o quebra-gelo Polar Prince, perdeu contato com o submersível, de acordo com informações da Guarda Costeira dos EUA.
A expedição contava com um piloto e quatro passageiros, incluindo Stockton Rush, presidente da Ocean Gate; Hamish Harding, um bilionário de 59 anos e presidente da empresa de aviação Action Aviation; Shahzada e Suleman Dawood, respectivamente um empresário paquistanês e seu filho; e Paul-Henry Nargeolet, o capitão do submersível e renomado especialista no naufrágio do Titanic, segundo relatos do The Guardian.
O desaparecimento do submersível ocorreu a aproximadamente 700 quilômetros ao sul de São João da Terra Nova, capital da província canadense de Terra Nova e Labrador, conforme relatado pelas autoridades canadenses. Essa região é conhecida por ser o local onde o Titanic afundou em 1912.
Entre os desaparecidos está o bilionário Hamish Harding, de 58 anos. Antes da expedição, ele compartilhou nas redes sociais sua empolgação por fazer parte desse grupo de “exploradores lendários”.
O Titanic partiu do porto de Southampton, na Inglaterra, com destino a Nova York, nos Estados Unidos, em 10 de abril de 1912, uma quarta-feira. Em 14 de abril do mesmo ano, o navio colidiu com um iceberg e naufragou.
Do total de mais de 2.200 pessoas a bordo, 1.514 perderam a vida no desastre.
O navio Carpathia, que estava em rota de Nova York para Liverpool, recebeu o pedido de socorro do Titanic por rádio e resgatou 710 sobreviventes.
Mesmo após mais de um século desde a tragédia, poucos dos 1.514 falecidos foram identificados. Segundo as autoridades, isso se deve, em parte, ao fato de muitos passageiros terem utilizado nomes falsos ao embarcarem no Titanic.