Depois do divórcio, Holly decidiu apostar no cohousing, passando a viver com outras mães solo e economizando muito dinheiro.
Muitas famílias sonham com a casa própria, com a segurança e a estabilidade que uma moradia pode oferecer. Mas, muitas vezes, é quase impossível conseguir comprar um imóvel, principalmente se a sua renda não for alta e seus gastos somarem um montante elevado.
Para resolver esse problema, muitas pessoas têm apostado no cohounsing, dividindo o espaço com outras famílias, reduzindo assim o valor entre todos os moradores, além de criar uma pequena comunidade. Uma alternativa que Holly Harper encontrou ajudando também outras mulheres que estavam na mesma situação.
Segundo relatou ao Insider, Holly era mãe solo, trabalhava como autônoma e vivia numa cidade cujo custo de vida era muito alto, mas conseguiu ser proprietária de um imóvel logo depois do divórcio, e apostou no cohousing. Ela encontrou outras mães solo com necessidades similares às suas, então hoje elas moram em quatro, com cinco filhos a tiracolo.
De acordo com Holly, dividir a casa com as outras mães mudou completamente sua vida, reduzindo os gastos, mas também melhorando sua saúde emocional, além de criar um espaço de interação social. Como elas dividem o espaço e pertences, acabam tendo acesso a utensílios, móveis e outras coisas que não teriam caso morassem sozinhas.
A mãe ainda revela que o imóvel foi construído em 1927, com pé direito alto e pisos de pinho originais, e como o antigo proprietário cuidou muito bem da casa, ela teve apenas de investir em alguns reparos naturais que o tempo proporcionou. Mesmo assim, ela reforça que ao dividir todos os gastos, não sentiu que o dinheiro gasto chegou a afetar suas despesas.
Além de economizar dinheiro, as mães também fizeram um acordo judicial, que estipula que todas devem contribuir mensalmente para um “fundo de emergência”, mas como o valor é diluído entre as três, acaba passando despercebido. Holly revela que teria de arcar com mais de R$ 100 mil em reparos, se morasse sozinha, mas todas se responsabilizaram pelas obras ao longo dos anos.
Viver em comunidade, para Holly, passa a sensação de ser uma rainha, principalmente porque não apenas o ambiente é compartilhado, mas também os pertences. As quatro mulheres têm os próprios gostos e hobbies, assim como as cinco crianças, e quando o interesse é mútuo, acabam investindo mais recursos.
Com um espaço de armazenamento para todas, uma espécie de “quarto da bagunça”, elas possuem tudo o que desejam: máquina de costura, sacos de dormir, jogos, eletrodomésticos usados com menos frequência, entre outros. Além disso, uma das mães é treinadora de crossfit, o que faz com que todas as mulheres tenham à disposição não apenas uma profissional, mas também todos os equipamentos que possam imaginar.
As crianças vivem um sonho, de acordo com a mãe. Primeiro, porque cada uma tem o próprio quarto, onde podem exercitar a individualidade, além de ter preservada a intimidade. Mas as cinco também têm acesso a uma brinquedoteca construída pelas mulheres, com livros e inúmeros brinquedos o que, se morassem separadamente, seria impossível.
Como também valorizam a descoberta e interação ao ar livre, todos contam com um trampolim, slackline, bicicletas, scooters, redes, trenós, pranchas de stand-up paddle, equipamentos de camping e piscina inflável. O universo lúdico, a exploração e qualquer manifestação criativa são rapidamente atendidas no espaço que possuem, com equipamentos de jardinagem, itens de culinária e até de marcenaria e pintura.
As famílias vivem em abundância gastando pouco, experimentando de tudo um pouco, o que fez com que também mudassem a forma de encarar o mundo. Toda vez que Holly sai para comprar algo que deseja, pensa se aquele item pode ser, de alguma forma, para todos os habitantes da sua pequena comunidade.