O padre Marcelo Leite, que celebrou a missa de sétimo dia de Rita Lee, disse, durante a cerimônia, que o maior fã da cantora foi Deus. A missa aconteceu hoje na Paróquia São Pedro e São Paulo, na capital paulista.
“O maior fã da Rita, sabe quem foi e quem é? Deus. Deus é o maior fã dela, porque foi quem a criou e viu que sua obra deu frutos, que sua obra manifestou através da música muitos ensinamentos”, afirmou.
“Ela continuará cantando à glória de Deus. Agora, de uma maneira diferente. […] Com aquilo que ela levou para o céu. Com certeza ela levou muitos ensinamentos e se apresentou diante de Deus cantando, como ela sempre fez. Procurando sempre manifestar a alegria, procurando trazer algo que pudesse valorizar o ser humano. É isso que conta”, completou.
Na missa, ele disse que Jesus era uma ovelha negra em referência à música da cantora. “Gosto muito [desta música], porque quem não tem uma ovelha negra na família? Jesus era a ovelha negra. O povo de Israel queria só saber dos milagres, dos prodígios, mas não queria saber da palavra. Não queriam entender o que aconteceu. E ele foi crucificado. Não é uma ovelha negra? É. É deixado de lado, é separado, não é compreendido.”
O padre ainda se dirigiu a Roberto de Carvalho ao lembrar a composição de “Mania de Você”. “‘Mania de Você’, né, Roberto? Que vocês compuseram num momento até muito bom, num momento de felicidade, de conjugalidade. É algo importante, porque os casais de hoje não querem conjugar. E ‘Mania de Você’ é isso. Essa conjugalidade tão necessária para os casais. Porque parece que é só num momento, mas é sempre, todo dia.” No Fantástico, Roberto contou que “Mania de Você” foi composta por ele e Rita na cama, após ambos “consumarem uma paixão louca”.
O sacerdote ainda mencionou as músicas “Chega Mais” e “Pagu”. “A Rita tinha uma consciência do que era ser mulher. Do que era valorizar a mulher. Porque ela era forte. Uma mulher que soube entender, no seu tempo, qual era sua missão”, disse.
Padre elegeu música preferida
O padre Marcelo Leite elegeu a música “Ovelha Negra” como sua favorita da cantora. “A Rita não vai morrer nunca no nosso coração. Ela vai estar sempre presente, sempre vamos nos lembrar das
músicas. […] A Rita era uma mulher profunda, muito meditativa”, disse o religioso.
O religioso também contou que foi convidado por um dos membros da família para conduzir a cerimônia e que não houve nenhum pedido especial, além de que a missa fosse cantada no estilo gregoriano.